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O espanto da diretora ao ouvir a notícia dura pouco, a mulher logo age ordenando que todas os lobinhos vão para o esconderijo secreto, que fica atrás da cozinha do lugar. Dois funcionários do orfanato levam as crianças enquanto Yoongi corre para o quarto do Taehyung para leva-lo para o esconderijo. Por sorte, Seokjin está com o humano e os dois caminham tranquilamente pelo corredor.

— Vocês precisam se esconder. Sem perguntas. — O detetive fala rápido. — Me sigam em silêncio. Jinnie, pega o Taehyung no colo pra agilizar.

A urgência do alfa é o que faz Seokjin seguir as instruções sem questionar. Não é preciso dizer que tem algo de muito errado acontecendo.

O caminho para o refeitório com tanta rapidez e de forma tão silenciosa que Taehyung mal tem tempo de processar tudo que está acontecendo. Seu corpo não está acostumado com esse excesso de velocidade que os lobos tem, então ele quase cai de tontura quando é colocado no chão pelo Jin.

O ômega volta a pegar o humano no colo para ele não acabar caindo.

— Venham, venham.— A diretora do orfanato chama. — Yoongi-ssi, tem um esconderijo na minha sala. Ele fica embaixo da estante de livros, é só arrasta-la para direita que você vai conseguir acessar.

Ela estava esperando os dois para entrar no esconderijo secreto, que fica atrás da cozinha, na sala onde são guardadas as comidas. O lugar foi tão bem projetado que Seokjin só descobriu que tinha de fato um esconderijo quando entrou nele.

— Preciso fazer o mínimo barulho possível. — A mulher sibilou chamando a atenção de todos no local. — Coloquem os seus fones, já treinamos esse tipo de coisa.

Os órfãos do orfanato recebem treinamento anti pânico para situações como essa, então desde o mais novinho até o mais velho já sabiam como colocar os fone anti ruídos e assim não seriam surprendidos por barulhos altos repentinos.

Jin cuidadosamente colocou o humano sentado em uma das toalhas que a diretora acabou de estender. O ômega levantou para pegar um dos fones na caixa e com muito cuidado colocou o objeto na cabeça do humano, protegendo as orelhas dele.

Notando que o humano estava tremendo, Seokjin segurou as mãos dele e fez carinho nelas com os polegares.

— Vai ficar tudo bem. — O ômega sibilou tentando passar confiança para o mais novo. — O seu hyung, o Gi, vai conseguir lidar com a situação.

Taehyung rapidamente assentiu, mas o medo é gigante, o pressentimento ruim só piora e ele não para de pensar na noite em que perdeu seus pais adotivos. É como se ele estivesse revivendo um pesadelo.

— Eu posso te abraçar?— Taehyung sibilou também. Lágrimas caem de seus olhos para o desespero do ômega. — Eu tô com medo.

Jin não tarda em envolver o corpo do humano com seu abraço, acariciando as costas dele. Outro lobinho, um menino de seis anos, também está nitidamente assustado com tudo, então o ômega puxa com delicadeza para o abraço também.

O médico juntamente com os outros dois funcionários cercam os órfãos num abraço coletivo e quentinho repleto de carinho nos rostos chorosos.

Jin não pode mentir, ele também está com vontade de chorar. Yoongi está lá fora até então sozinho certamente fazendo o possível e impossível para manter o perigo longe do esconderijo.

Se ouvir nada é ruim, ouvir disparos é absurdamente pior. O som é bem abafado, mas ainda consegue ser ouvido de dentro do esconderijo.

Apenas os adultos conseguem ouvir os tiros por estarem sem fone, então eles precisam fazer um extremo esforço para não demonstrar qualquer desconfotp, qualquer sinal de que as coisas estão piores do que nunca.

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