Capitulo 15

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Os dias estavam se passando. E cada vez mais, pessoas iam embora das celas para sabe-se lá aonde. Estava cansada de viver infurnada dentro da cela. Uma coisa positiva era Lucas. Olhei para ele por alguns minutos, o mesmo estava encostado na parede, em cima do colchão dormindo. Não quero me apaixonar por ele. Aliás nem posso. Dizem que quando pessoas de raças opostas se apaixonam... Nada corre bem. Só acontece morte e o casal nem consegue ficar perto um do outro por causa de certa magia negra (coisa que eu não acredito). Mas, eu estava começando a ter uma queda por ele. Ele era sempre tão legal comigo, me animava nos dias que eu estava para baixo, me dava conselhos quando podia, era verdadeiro comigo. E ele é tão lindo que... É impossível não gostar dele. Mercedes mudou bastante até aqui. Não era arrogante, mandona e não agia mais como prostituta de esquina. Melinda estava como sempre, porém mais preocupada com tudo. Nós precisamos fugir. Foi um pequeno pensamento que surgiu no fundo da minha mente. Precisamos sair daqui e tirar todos os que estão presos também. Olhei para a cela a minha frente, e vi que Mercedes estava acordada.

_Mercedes...!- Sussurrei. Ela olhou para mim lentamente.

_Você já teve aulas de luta?- Perguntei ainda a sussurrar. Ela me examinou por uns segundos e acenou positivamente. Certo.

_Você cansou não é? Eu também. Estou maluca para sair deste inferno. Eu estive pensando em algumas coisas.- Falou ela colando o rosto nas grades. Eu sorri.

_Eu também.- Eu disse. Ela se voltou para Melinda, que dormia tranquilamente no chão.

_Acorde Lucas ok? Acordarei Melinda e bolaremos um plano.- Acenei e fui em direção do mesmo.

_Lucas...?- Chamei o sacudindo de leve e o mesmo acordou aos poucos

_O que foi?- Perguntou ele murmurando.

_Precisamos bolar um plano.

(...)

Melinda, Lucas, Mercedes e eu conversamos tão baixo que nem os guardas nos escutavam. Nossa audição era muito boa, então conseguimos falar numa boa. Dá proxima vez que abrissem qualquer uma das duas grades, usariamos nossa força extrema para paralisa-los, nossa rapidez para sair da cela, tirar os outros e fugir. Não sei por que não pensamos nisso antes. Parece uma coisa tão boba. Tão ridícula. Mas, por causa de toda a pressão não conseguíamos pensar direito.
Foi aí que ouvimos. O barulho do portão da frente ser aberto. Olhamos uns para os outros. Lucas pegou minha mão e deu um pequeno aperto. Estava na hora de reagir.
Dois guardas apareceram, um alto e cabeludo, outro gordinho e careca. Viraram para a cela de Mercedes e Melinda.

_É a vez de vocês.- Disse o gordo. Ambos riram e abriram a cela. Em questão de milésimos de segundos, Mercedes e Melinda se levantaram. Os dois seguranças, acharam graça.

_Estão achando que podem nos intimidar? Não se achem tanto. Olhem só meu bebê aqui.- Disse o mais alto, mostrando uma metralhadora.- Meu bebê faz um estrago em...- Ele não terminou a frase. Mercedes saiu da cela e quebrou-lhe o braço.

_Hm... Ta.- Ela disse o encarando.
_Ei! Você.- O gordinho disse apontando uma pistola para ela. Mercedes apenas riu. Foi quando Melinda também saiu da cela e jogou a arma longe. A mesma entrou dentro de nossa cela e Lucas a recolheu do chão.

_Isto é por terem feito tudo isso conosco!- Melinda disse antes de quebrar o pescoço do careca.

_Pronto. Acabamos com eles.- Melinda disse abraçando Mercedes.

_Ta... Agora, vocês podem tirar-nos daqui?- Perguntei me levantando junto com Lucas. O cara mais alto gemia de dor no chão enquanto com a outra mão  tentava pegar a arma ao seu lado.

_Gente.- Sussurrei e apontei para o homem jogado no chão. Melinda e Mercedes olharam para o mesmo, depois para mim e para Lucas.

_Pode deixar. Seu sofrimento acaba agora.- Mercedes pegou a arma e apontou para a cabeça do homem.- Headshot Men.- E atirou-lhe na cabeça.

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