Capítulo 17

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Após Mercedes supostamente dormir, me afastei do lago e fui para a floresta vigiar. Sentei em um tronco lá e começei a observar. Já estava de noite e dali eu conseguia ver as lindas estrelas que brilhavam no céu.

_Lindo né?- Perguntou Lucas se sentando ao meu lado e olhando para cima.

_Sim... Muito.- Falei ainda olhando as estrelas.- Será que Mercedes já se foi? Você sabe... Será que ela não está realmente dormindo?- Falei, finalmente olhando para ele. Ele se virou para mim. Seus olhos demonstraram o medo que sentia.

_Eu não sei. Talvez sim. Talvez não.- Ele disse franzindo a testa e olhando para a floresta. Com o brilho da lua refletindo em Lucas, ele parecia tão perfeito. Tão surreal.

_Passamos por tanta coisa até aqui.- Ele riu de leve.- Hum... Ei... Eu queria agradecer por não ter dito nada a ninguém sobre mim. Você sabe, sobre eu ser...- Então eu o cortei.

_Tudo bem. Eu pensei que seria melhor. Mesmo Melinda sendo minha melhor amiga e Mercedes também ter se tornado minha amiga, poderia ter sido um risco. Poderia sair da boca delas em algum momento e ter te prejudicado.- Falei séria e olhando em seus olhos. Ficamos olhando um para o outro por alguns segundos. Intensos segundos. Pareciamos pedaços de imã. Um atraia o outro com uma força que nem um dos dois podia compreender.

_Também concordo...- Lucas disse se aproximando cada vez mais. Pareciamos hipnotizados, nossos rostos estavam cerca de dois centímetros afastados um do outro. Nossos lábios muito próximos.

_Há tanto tempo que eu queria fazer isso.- E então ele colou seus lábios nos meus. Ele colocou as mãos em meu rosto e eu colocando a mão em sua nuca. Senti algo dentro de mim. Era como se meu corpo tivesse acendido apenas pelo seu toque. Eu me aproximei mais e ele aceitou isso como um convite, colocando sua língua sobre minha boca. Minhas mãos foram para seu cabelo, o qual puxei de leve. Ele deu um pequeno gemido e pegou meu lábio inferior puxando de leve com os dentes e indo para meu pescoço distribuindo beijos por toda a área. Era um sentimento tão bom. Nunca pensei que poderia sentir algo tão forte.
Então ouvimos um grito. Fala sério! Tinha mesmo que ser agora? Nos afastamos na mesma hora e olhamos para floresta. Mais gritos saiam de lá. Pulamos do tronco e corremos em direção aos gritos.
Quando lá chegamos, nos deparamos com a floresta a pegar fogo e...

_Lobisomens?- Lucas falou como se tivesse lido meus pensamentos.- Como assim?

Melinda correu em nossa direção deseperada e a chorar, seus olhos estavam vermelhos e ela parecia querer gritar para todos verem e sentirem sua dor.

_Mercedes não quer acordar!- Ela gritou. Eu e Lucas nos entreolhamos. Ela se foi. Mercedes morreu. Meus olhos lacrimejaram e não consegui dizer a Melinda o que realmente aconteceu, porém tenho certeza que ela sabe. Só se recusa a acreditar. Assim como eu também.

_Ela... Não está dormindo Melin.- Disse Lucas colocando as mãos em seus ombros... Pera aí... Que apelido é esse? Espera... Não era hora de fazer piada.
Então ouvimos outro grito e nos viramos, deparando com a cena horrível de um lobo estraçalhando o corpo de Mercedes. NÃO! Raiva preencheu cada centímetro do meu corpo e tomou conta do mesmo. Ela não merecia aquilo. Serrei meus punhos e quando vi, estava correndo em direção do lobisomem sem nem mesmo pensar nas consequências.

_PARE! PARE AGORA MESMO!- Gritei para ele. O lobo se virou em minha direção. Nada mais se restava do corpo de Mercedes. Nada mais estava inteiro. Tínhamos a completa certeza agora, que ela se foi. E seu corpo também.

_OLHA SÓ O QUE FEZ? NÃO IMPORTA SE ELA ESTAVA MORTA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ!- Falei gritando e gesticulando para o lobo. Ele apenas me olhou como se me achasse uma retardada. Eu estava completamente maluca.- OLHA O QUE VOCÊ FEZ PARA O CORPO DELA! OLHE!- Eu estava tomada de raiva, que estava a gritar com um lobisomem. Ele rosnou e pulou em cima de mim. Eu deveria ter sentido medo, mas a raiva não deixava. Dei-lhe um chute no focinho, no qual ele ficou tonto gritou e se afastou. Porém, logo olhou para mim de novo com mais raiva e veio em minha direção. Ele pulou em cima de mim e arranhou meu braço. Ai! O mesmo agora estava a sangrar e a arder também. Peguei uma de suas patas e a torci fazendo ele recuar apenas um pouco. Era como se eu tivesse quebrado todos os dedos de sua mão. Ele não iria desistir? E foi quando... Ele mordeu minha perna.

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