Sete

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— Tem uma viatura logo a frente — Adam diminui a velocidade.

— Se eles nos pararem vão me reconhecer.

— Vamos torcer para a sorte está do nosso lado.

— Eles estão falando com alguns motoristas.

— Tente ser discreta, eles vão reparar se estiver nervosa.

— Eu vou é desmaiar de nervoso, eles estão tão perto.

— Ele está vindo na nossa direção — o policial caminha na direção do carro.

— Se eu for presa por favor me viste na cadeia.

— Eu também vou ser acusado e preso, Nastya.

— Aquilo é um motorista fugindo? O policial foi até a viatura.

— Eles vão perseguir o cara, tivemos sorte — Adam respira aliviado.

— Então acelera que eu quero sair daqui.

— Se não aparecer mais nenhuma viatura, poderemos chegar ainda hoje.

— Quando chegaramos lá não vai ser fácil, muita gente me conhece e é difícil se esconder.

— Por isso vamos precisar mudar a sua aparência.

— Eu vou mudar um pouco o meu penteado, vou andar menos maquiada e com um novo estilo de roupa. Todos me conhecem pelas perucas, e a forma exagerada de me arrumar, ninguém conhece a Nastya simples com o cabelo natural.

— Eu te acho tão bonita assim ao natural.

— Me arrumar é algo que eu gosto também, mas não todos os dias, as vezes eu só quero algo leve e menos trabalhoso.

— Você é linda de todas as formas — ele para o carro para abastecer.

Nastya fica dentro do carro, não queria correr risco, ela ainda era uma fugitiva. Ela ficava pensando no futuro, ele estavam no calor do momento e cheios de adrenalina, mas como seria depois de passar esse início, afinal ela não conhecia ele tão bem, não sabia se ele era ciumento ou obsessivo. Adam entra no carro, ele tinha comprado algumas coisas na loja de conveniências, a morena tira uma garrafa de água da sacola.

Quando eles finalmente chegam na cidade, ela fala aonde fica a casa, era de uma senhora que só queria dinheiro na mão e nada de perguntas, isso era ótimo para um casal na situação deles. A casa era pequena e simples, nada comparado ao luxo que ela estava acostumada, mas era o local mais seguro no momento.

— Ela disse que está tudo certo com a água.

— Então vou tomar um banho — ela pega roupa limpa.

— Eu vou com você então — ele sorri.

— Melhor eu ir sozinha, meu amor — ela o beija.

Nastya estava pensando, ela estava baixando muito a guarda, sendo muito sentimental, ela sempre foi uma mulher forte, e agora se sentia como uma donzela indefesa, Adam jamais poderia ser uma fraqueza, ela precisava ter toda a sua força para não ser pega, a cadeia não era para ela. Ela não conseguia se entregar totalmente, o medo de amar e ser apunhalada era maior, ela poderia simplesmente deixar a paixão passar, e entregá-la na primeira oportunidade.

— Você não falou nada durante o jantar, sei que macarrão instantâneo não é a melhor opção, mas é o que temos no momento.

— Eu só estou cansada da fuga, é melhor você e eu dormimos juntinhos — ela força um sorriso.

...

— Eu tenho que sacar dinheiro antes que descubram todas as minhas contas.

— Mesmo que não estejam em seu nome, é muito perigoso tentar sacar.

— Se eu não fizer isso vamos ter problemas, fugas não nada baratas — ela tenta sair, mas ele segura o braço dela.

— Não posso te deixar sair assim, Nastya.

— Homem nenhum manda em mim — ela se solta.

— Eu não quero mandar em você, eu quero que você fique na merda dessa casa, longe de todo o perigo que te ronda.

— Se está com medo de ser preso, é só ir embora e me deixar, eu nunca precisei de ninguém — ela bate a porta ao sair.

Adam atira um copo contra parede, ele sabia que as coisas estavam boas demais para ser verdade, mas estava começando a sentir algo, e não conseguiria deixar Nastya. Ele resolve sair para andar, isso poderia lhe ajudar com o estresse, assim não quebraria mais coisas. As vezes ele pensava na possibilidade de está sendo usado, somente para que ela não fosse presa, mas ele estava tão obssecado, não conseguia pensar na possibilidade de ir embora, ele queria está com ela e isso o fazia se questionar, quando ele deixou sua sanidade ir embora assim.

— Tem algo errado? — perguntou o cara do bar.

— Se apaixonar é uma droga, pelo menos da forma que está acontecendo é.

— Acredito que não seja a primeira vez — ele abre um sorriso sincero.

— Eu tive um amor tranquilo e saudável, mas agora eu não estou me reconhecendo, nunca tive sentimentos tão estranhos.

— Você realmente quer está com essa pessoa?

— Eu fiz coisas que jamais faria por outra pessoa, abri mão da minha carreira.

— Talvez você só precise de uma dose — ele lhe serve.

— Ou talvez de uma terapia — ele vira de uma vez na boca.

Nastya tinha conseguido o dinheiro, eles ainda não tinham rastreado aquela conta, então ela agora tinha recursos para a fuga. A morena aproveita para mudar o visual, ela muda o penteado para uma trança, e suas roupas agora eram mais simples, calça jeans e camisetas. Quanto mais simples menos notada, e isso era importante sendo uma foragida, então agora seus acessórios também eram simples, correntinhas delicadas e brincos pequenos, nada de batom vermelho ou joias que chamassem atenção naquele lugar simples.

— Mudou o visual, Nastya? — Adam chega um pouco bêbado.

— Eu sempre mudo quando necessário, por isso não me pegam.

— Acho que vou me deitar — ele entra no quarto e ela o segue.

— Que tal fazermos outra coisa? — ela apoia as mãos no peito dele.

— Pensei que não precisasse de mim para nada — ele a puxa contra o seu corpo.

— Você é tão frágil assim? Pensei que gostasse de mim.

— Acho que a bebida está acabando com o meu orgulho.

— Você não precisa se fazer de difícil — ela o beija.

— Eu não deveria cair nesse seu jogo, Nastya.

— Admita que você gosta disso — ela o empurra na e fica por cima.

— Acho que não deveria, mas gosto desse jogo — ele a beija.

...

Em breve um novo capítulo
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