Atração fatal - Age Gap

Bônus Part. 4

— Você escondeu que está grávida de mim.

— E você iria assumir essa criança? Você nem sequer quis um relacionamento sério comigo.

— Eu tenho que entrar para a faculdade, não posso ficar e trabalhar para sustentar essa criança.

— Na hora de fazer você não pensou — ela vira de costas para ele.

— Você sabia muito bem que não era nada sério.

— Me desculpe se nada saiu como você planejou, mas vou entregar a criança para adoção, assim ela não atrapalha os seus planos.

— Não tente jogar a culpa em mim, você não tomou o remédio corretamente.

— E a camisinha que você nunca quis usar? Dando a desculpa que sem é melhor.

— Nenhuma namorada minha engravidou.

— Eu que fui uma burra, poderia ter pego alguma doença.

— Você acha que isso é o fim para nós dois?

— Não tem como voltar atrás, você tomou sua decisão.

— Eu tenho medo de desistir dos meus sonhos.

— Você não precisa desistir deles, mas criar um filho não é fácil.

— Eu preciso ir embora, sinto muito se não fui o que você merecia — ele sai do quarto.

Sarah se senta na cama e chora, sua mãe entra no quarto e a abraça, ela sabia qual tinha sido a decisão de Nik, e agora sua filha precisava de seu apoio. O tempo passou e dia da cesariana chegou, Sarah estava com medo de da a luz, sua família estava ao seu lado todo tempo, Aisha também a estava apoiando. Ela tinha decidido entregar o bebê para Aisha, ela cuidaria do bebê como se fosse dela, e Nastya e Adam a ajudaria.

Nastya estava com a filha, quando o bebê nasce Sarah não o olha, era um menino, ela não queria se apegar e acabar desistindo de entregá-lo. Ela segura o choro, sua mãe sente uma terrível dor, ela se lembra de quando deu a luz a sua primeira filha, ela teve tanto medo, e agora sua filha estava passando pelo mesmo.

— O nosso neto é lindo — os três o olhavam pelo vidro, Stefan estava com a irmã no quarto.

— Eu perguntei se ela gostaria de da um nome.

— E o que a Sarah disse? — indaga Aisha.

— Ela gostaria que o nome dele fosse Samuel — Ela retira uma pulseira do bolso — Assim ele também vai usar uma pulseira com a letra S.

— Papai, tem algo de errado com a Sarah, o médico está com ela — Stefan aparece perturbado com algo.

— O que aconteceu com a sua irmã? — indaga Adam.

— Ela estava fraca e desmaiou, eles estão tentando fazer algo.

— Ela teve uma complicação durante o parto, mas não pensei que poderia piorar — Nastya estava preocupada com a filha.

— Eu vou pedir por informações — diz Aisha.

— Eu vou com você — Stefan a segue.

— A nossa filha não pode morrer, Adam.

— Ela vai ficar bem, não se preocupe — ele a abraça.

— Não querem nos da informação, os médicos estão com a Sarah eles a levaram.

— Eu preciso saber como está minha filha, Aisha.

— Só podemos aguardar por respostas, Nastya.

...

— Como está a minha filha? — Nastya busca desesperadamente por respostas.

— O quadro dela teve uma piora, as próximas horas serão cruciais.

— Eu não posso perder a minha menina.

— O que podemos fazer nesse momento? — indaga Adam.

— Apenas aguardar, ela está tento o melhor tratamento, mas agora só podemos aguardar para saber com ela vai reagir.

— Isso tudo é culpa do seu filho, Aisha — ela sai do hospital.

— Eu deveria ter orientado melhor o Nik.

— Não se culpe, os nossos filhos sabiam o que estavam fazendo, e infelizmente tiveram complicações no parto, mas ninguém tinha como prever isso — ele sai atrás de  Nastya.

— O Nik sabe sobre a minha irmã? — indaga Stefan.

— Eu enviei uma mensagem, mas ele não me respondeu.

— Talvez ele volte, afinal somos todos amigos de infância.

— O Nik está tentando viver em outra realidade, ele finge que nada está acontecendo, assim não se sente culpado.

— Ele sempre foi um pouco assim, não é?

— O meu filho é bastante imaturo, ele queria aproveitar, mas não queria ter responsabilidade alguma.

— Quanto a relação deles eu não imaginava, eles foram tão discretos que nunca reparei.

— Nem eu que sou a mãe sabia, só descobri quando o Adam foi na minha casa.

— Se a minha irmã sobreviver, será que ela ainda vai entregar o bebê?

— A Sarah está num momento difícil, mesmo com o nosso apoio não é fácil ser mãe nessa idade.

— Ainda mais quando o pai do bebê não está presente.

— Independente do que aconteça, eu vou cuidar dessa criança. Sei como é difícil ser mãe solteira, fiquei viúva muito cedo, e não vou deixar sua irmã sozinha.

Aisha era uma boa mulher, apesar do seu parentesco com Joseph, eles não se pareciam em nada. Nastya se sentia culpada, elas eram amigas e ela lhe escondia um grande segredo, mas com os últimos acontecimentos isso ficou enterrado, elas tinham um neto em comum, e um grande problema com seus filhos.

Nastya se sentia um pouco exausta, ela queria uma vida tranquila, sua juventude já tinha sido muito agitada, estava chegando nos seus cinquenta anos, e esperava não ter mais problemas, só que aparentemente os problemas a perseguiam. A morena estava sentada num banco, Adam ao seu lado esperando ela está pronta para falar, ela não estava preparada para perder sua filha.

— Lembra o quanto foi difícil? No começo eu não quis aceitar a gravidez.

— Você ainda tinha o trauma da primeira gestação.

— Me fez bem fazer as pazes com a minha filha.

— Vai ficar tudo bem, a Sarah ainda vai abrir os olhos, Nastya.

— Eu tenho medo de isso nunca acontecer.

— Sempre estarei ao seu lado, meu amor — ele a abraça.

As horas pareciam não ter fim, todos estavam com medo da resposta do médico, ela poderia reagir ao tratamento, ou simplesmente não acordar mais. A avó de Sarah tinha contado, que tinha sido difícil fazer ela se alimentar bem, ela estava num estado de tristeza profunda, e isso foi a deixando fraca, até que no dia do parto as coisas se complicaram.

— Espero que o médico nos de boas notícias — diz Aisha.

— Aonde está a Sarah? — Nastya que estava ao lado do marido, levanta a cabeça para olhar na direção da voz.

— Nik? Pensei que você não voltaria — diz sua mãe.

— Sei que a Sarah está em entre a vida e a morte, eu fui um idiota, mas não quero perdê-la.

— Ali está o médico — diz Adam ansioso.

— Quais são as notícias sobre a minha irmã, doutor?

— Esperávamos que a paciente reagisse ao tratamento, mas infelizmente ela está em coma.

— Não — o grito dolorido de Nastya ecoa, ela cai de joelhos e Adam a ampara.