Atração fatal - Age Gap

Bônus Part.5

— Trouxe o Samuel para ficar com os avós.

— O meu neto é tão bonito — Nastya o pega nos braços.

— Uma pena que a nossa filha não está aqui, se ela estivesse acordada veria ele crescer.

— Já fazem quase quatro anos, ainda não consigo me conformar.

— O Nik nunca mais voltou, ele está quase terminando a faculdade, ele disse que tem uma vaga de emprego garantida aqui, a empresa em que ele fez estágio tem uma filial aqui.

— Ainda assim ele nunca veio conhecer o filho.

— Vocês estão falando do meu papai?

— É melhor não falarmos desse assunto — Aisha olha na direção do pequeno.

— Sim, é só o desespero falando alto, eu queria a minha aqui comigo — desabafa Nastya.

— Em algum momento ela vai acordar, e vamos todos apresentá-la para o Samuel.

Eles não sabiam qual seria a decisão final de Sarah, caso ela acordasse depois de quase quatro anos, como ela estava em coma, o processo de adoção não foi feito, Aisha era apenas a responsável legal de Samuel, mas caso sua mãe não acordasse ela passaria a ser sua mãe adotiva. Nik não tinha dito nada, ele estava focado em terminar a faculdade, faltavam alguns meses para ele se formar.

— Como está o Stefan? Na última vez você disse que ele estava namorando.

— Ele começou a namorar uma garota da faculdade, nos falamos por vídeo chamada — diz Nastya.

— No começo foi difícil, mas o convensemos que o melhor era estudar, assim ele não se atormentava pensando na irmã.

— Vocês fizeram certo, Adam. A Beca também está na faculdade, ela sente falta da amiga.

— Ainda não acredito que se passou tanto tempo — a morena suspira.

— Pouco tempo atrás os quatro eram bebês — Aisha sorri.

— Nem parece que tem tanto tempo, eu me lembro de está grávida.

— Quando você chegou eu estava sozinha, mas ganhei dois grandes amigos.

O tempo passa e a cada dia Nastya perdia a esperança, Adam tentava lhe consolar, mas ela só ficaria feliz se a filha acordasse. Depois de tantas coisas que passaram, Joseph a perseguindo, a polícia atrás dos dois, parecia que finalmente estava tudo bem, mas então sua filha passou a sofrer. A filha mais velha de Nastya tinha se casado, ela vivia feliz em outra cidade, Stefan estava na faculdade, mas Sarah estava numa cama desacordada, ela era a única que não tinha tido um final feliz.

Nastya estava feliz por seus dois filhos, mas só estaria completa quando os três estivessem bem, ela só se mantia firme pela sua família, ela não achava justo com Adam e seus filhos, mesmo que fosse impossível esconder seu sofrimento, ela queria está sendo presente na vida deles. Todo dia a morena ia a academia, ela descontava suas frustrações nos exercícios, e isso ajudava a manter sua mente ocupada.

— Nik — ela o olha surpresa, não esperava encontrar o pai de seu neto.

— Eu vim para ficar, eu fui um idiota, e não cuidei do meu filho e nem da Sarah.

— Talvez ela nunca acorde, mas você pode tentar outra vez com o Samuel — ela diz com certo peso, dizer aquilo lhe doía.

...

— Olá, eu sou o Nik — ele se abaixa na altura do menino.

— Sou Samuel — ele diz com sua voz infantil.

— Você sabia sou seu pai? — ele acaricia o rosto do menino.

— Meu papai? — ele olha para as avós.

— O Nik é seu pai, Samuel — diz Aisha com um sorriso no rosto.

— Então você vai me levar para passear?

— Esse menino é tão esperto, e se parece com a Sarah — ele pega o filho no colo.

— Que tal você o levar ao parque? Assim vocês passam um tempo juntos — sugere Aisha.

— Ele não te conhece, então é bom que vocês passem tempo juntos — diz Nastya.

— Eu vou levá-lo ao parque, quero conhecer o meu filho, mesmo que tenha perdido mais de três anos.

— Eba, eu vou brincar com os meus amigos — Samuel comemora.

— Então vamos calçar seu sapato e passar protetor solar — Aisha o pega.

— O Samuel é um amor, só não de nada com amendoim a ele, e não o deixe sem o boné no sol, vai da tudo certo.

— Obrigado, você está sendo melhor do que eu merecia, Nastya.

— Eu só quero o melhor para o meu neto.

— O Sam está pronto, aqui nessa mochila tem as coisas dele.

— Então vamos ter um dia de pai e filho — ele pega o menino nos braços.

Nik vai para o parque com Sam, ele não o conhecia então estava nervoso, o menino poderia acabar o estranhando, afinal por mais sociável que fosse, ele não estava acostumado com sua presença, e seria normal ele pedir pelas avós. Ele o leva no balanço, Sam tinha o cabelo do pai, e o sorriso da mãe, Nik sentia uma certa tristeza ao olhá-lo. Ele lembrava que Sarah estava em coma, e se ela não acordasse ele não poderia pedir perdão.

Ele não esperava que ela o aceitasse, ele a tinha abandonado grávida, mas queria ao menos ter um bom convívio. Nik quaria criar seu filho, mesmo que ela não quisesse ser a mãe dele, ela estaria por perto, já que suas famílias estavam conectadas, então se o convívio fosse ruim seria desagradável para o menino, e ele não queria prejudicá-lo ainda mais.

Os dois passam um longo dia no parque, Sam e Nik comem cachorro quente juntos, e depois voltam para casa. Nik iria ficar na casa da mãe, e trabalhar perto, então ele seria presente na vida do filho. Ele tinha pedido para trabalhar naquela filial, se ficasse em outra estaria longe, e seria injusto tiarar Sam do convívio com a avó, ela tinha o criado até ali e sido como uma mãe.

Ele chega com o menino dormindo em seus braços, ele estava cansado após brincar tanto, Aisha o pega e leva para o quarto, ela lhe daria um banho quando ele acordasse. Nik toma um longo banho, ele estava cansado e nem tinha descansado da viagem, mas tinha sido tão bom está com Sam. Ele se culpava por ter demorado tanto, ele poderia ter feito diferente, certamente sua mãe e os avós maternos de Samuel, ajudariam  com o menino para que eles estudassem, se ele abandonou o filho foi por egoísmo mesmo, e isso ele reconhecia.

— Eu vou cuidar do meu filho, mãe — ele segura as mãos dela.

— Você finalmente tomou a atitude correta.

— Mesmo que seja tarde, eu deveria ter feito isso antes.

— Então seja o melhor pai para o Sam — ela o abraça.

— Prometo que vou amá-lo muito, e vou ser o melhor pai para ele.