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O DIA ainda continua e você acaba sentindo verdadeiramente as dores de uma bolada no rosto. Seu nariz possuía leves sangramentos e seu braço estava fodidamenteroxo quando caiu por cima, mas aquilo valeria a pena.
Não tinha visto mais ninguém, muito menos Raoni. Ele passou o dia fora dos dormitórios, mesmo após um jogo cansativo de 50 minutos.
Naquele momento, ( nome ) estava no refeitório sozinha. O jogo tinha sido mais cedo e já estava quase anoitecendo, não tinha sequer encontrado Raoni, alguma outra dupla ou até mesmo Ego: e aquilo martelava sua cabeça.
Enquanto estava no campo de futebol, você enxergava tudo preto e branco. Não tinha diferencial nenhum e até mesmo passou no médico para examinar sua visão: porém, sempre quando ideias encaixavam em sua mente, tudo voltava às cores e um ponto branco mostrava onde seria o gol.
Sua mente divaga sozinho e seu corpo também. Você sequer se lembra direito de como fez o segundo gol da sua equipe, sentindo uma sensação estranha e avassaladora usufruir de seu próprio ser.
É como se tivesse uma segunda voz sussurrando no seu ouvido sempre que você jogava futebol.
A porta do refeitório se abre, revelando uma figura desconhecida por você. Ele não parecia ser nenhum dos rapazes de outros países, mas também parecia extremamente familiar.
Esse garoto estava no banco observando seu jogo, certo?
Aparentemente ele não estava sozinho, acompanhado de outro rapaz que parecia muito feliz ao te ver, correndo em sua direção e arrastando o outro garoto de cabelos pretos.
─── Que porra é essa? ─── a situação é cômica quando o garoto de cabelo curto senta a sua frente, esticando seu corpo inteiro e olhando no fundo dos seus olhos. ─── Quem são vocês?
─── Prazer ( nome )-chan! ─── o garoto exclama, feliz. ─── Sou Bachira, eu vi seu jogo hoje mais cedo e foi fantástico! Me fala, você também tem um monstro contigo?
( nome ) acaba colocando o garfo e a faca de lado, um ponto de interrogação aparecendo em sua cabeça. Bachira? Ele não estava no clube do Lavinho?
─── Desculpa interromper seu jantar, ( sobrenome ) ─── a outra voz sussurra, envergonhada. ─── Sou Isagi Yoichi! Vimos seu jogo hoje mais cedo e ficamos impressionados com sua técnica.
