Na companhia do silêncio

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O som da flauta que nunca viu um publico
tudo que em mim não possui olhos
um doce perfume que entra pela sua janela
o sinal próximo da sua boca
aquele canivete que você marcou muitas vezes
o lugar que pra sempre guarda na memória
a identidade de lugares não conhecidos
a sombra daquela arvore que em você revela tantas coisas
a porta que quando a fecha você esta nu
um objeto que você guarda depois de olha lo
e fica ali sem pensar em nada
as lembranças que surgem das pessoas que não estão mais
o ritmo do seu coração quando sentiu quem o escolheu
um sonho que de súbito o acordou

toda a felicidade dos momentos antes de serem concretos
a lágrima que derrubou depois de um prazer solitário
as mãos que tocam e modificam
ilusões veladas de quando anda na linha
todas as imagens do antes e do agora
os clarões do seu passado e o mundo futuro
as mensagens perdidas além de você mesmo
duvidas da dissociação do seu plano perfeito
o maior silêncio que um dia cometemos.


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