Cap 4

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O telefone ficou em silêncio por algum momento, nós dois tínhamos muito orgulho para alguém dar o primeiro passo até que

-Desculpa filha- Meu pai disse e eu suspirei

-Me desculpa também, eu não deveria me exaltar sempre que algo não sai do jeito que eu queria- Disse sentindo uma frustração dentro do meu peito

-Tudo bem- Meu pai respondeu- Eu não deveria ter estragado nosso final de semana.

-Você não fez nada, é que...

-É que você queria que fosse nosso final de semana. Eu sou um péssimo pai

-Não pai, você não é um péssimo pai, só é idiota as vezes- Eu disse de uma vez

-Sua mãe dizia igual.- Meu pai falou e eu pigarrei do outro lado da linha- Ah, desculpa. Bom o que eu posso fazer é ir para o Rio e ficarmos só nós juntinhos-Eu sorri, mas lembrei

-E a dinda? A vovó? A Carol?

-Elas que se virem, elas veem vocês sempre, eu não.

-Você faria isso?- Eu perguntei animada

-Por você eu faria tudo

-Te amo papaizinho, muito!

-Te amo minha Nena- Vou arrumar as coisas e estou indo para aí.- Beijos.

Desliguei o telefone e meu irmão entrou homens quarto.

-E aí pretinha, se resolveu com o papai?- Ele disse sentando na cama comigo

-Sim, ele vai vir para cá- Eu sorri e meu irmão fez uma careta- O que foi?

-Ele tá vindo pra cá?

-Sim ué, tá surdo caralho.

-Não, não tô surdo, mas vocês estão loucos.

-Ué pq?- Eu levantei encarando ele de braço cruzado em pé

-Minha mãe porra, como você vai me colocar os dois na mesma casa? Me diz.

-PUTA QUE PARIU- Eu gritei desesperada, como não tinha pensando nisso- Eu tô fudida

-Tá mesmo, pq eu não quero nem ver quando ela descobrir

-Descobrir o que?- Minha mãe disse entrando no quarto. FUDEU, eu era uma mulher morta agora

O próximo "nós"Onde histórias criam vida. Descubra agora