Inimizades Entre Reinos- Princesa Leonor e Infanta Sofia

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LEONOR

- Vamos todos descer para a área externa principal. Os alunos do Colégio Santa Maria de Los Rosales já estão à caminho, no nosso ônibus. Devem chegar em cerca de 15 minutos. - uma das inúmeras Orientadoras informou, após o sinal de término do café da manhã ter tocado.

- Alguém me lembra de nunca mais deixar de me exercitar durante os recessos, por favor! Meu corpo todo tá doendo das aulas esportivas e físicas que tivemos durante essa semana. Eu não aguento mais! E Leonor nem me lembrou de ir pra academia! É um sábado de manhã, e eu só queria dormir!- minha amiga e colega de quarto, Olívia, reclamava, ofegante, enquanto caminhávamos em direção as escadas.

Haviamos voltado de recesso no domingo, dia 16 e, daqui há 2 semanas, teriamos nossas provas finais e entregas e apresentações de trabalho.
Essa semana foi a última que tivemos aulas e, por isso, faremos.a Vestimenta de Togas hoje à tarde, tradição da escola sempre que o último ano conclui o período de estudos.

- Alguém realmente usa a academia desse colégio? Tipo, se você andar por esse labirinto todo, sem contar os jardins e bosques...já é um exercício gigantesco! Mais eficiente do que duas horas de esteira. - Ayla comentou, e tidos nós rimos.

- Ai gente, tô mal... a gente só vai ter essa semana pra estudar. Depois são as provas e...acabou... - Claire falava, em um tom melancólico, instantes antes de um dos nspetores pedir para que todos fizessem silêncio, e formassem uma fila, já que, até então, todos estavam andando com seus respectivos grupos de amizade, o que causava uma desorganização, em vista que não éramos os únicos na escola, e apenas o último ano iria receber os alunos da escola da minha irmã.

O assunto foi interrompido, mas não era como se não estivéssemos falando dele todos os dias.
"Vai ser a última vez que entraremos em recesso."
"Na próxima vez que formos pra casa, não voltaremos mais pra cá."
"Essa é a última vez que estamos entrando na quadra de vôlei."
" Essa é a última vez que estamos tendo tal aula."....
Estamos assim desde que nos demos conta que a formatura se aproximava.
Mesmo os estudos aqui sendo extremamente puxados s cansativos...as experiências que todoa nós vivemos aqui são incríveis...e ninguém está preparado para deixar tudo isso...
Nenhum de nós está preparado para acabar o ensino médio...
No meu caso, então...

Saio de meus pensamentos quando escuto quem inicialmente achei que fosse uma inspetora fixa brigando com um grupinho que não respeitou o pedido de silêncio.
Entretanto, pela sua fala seguinte, percebi que, na verdade, se tratava se uma estagiária do Colégio.

- É por isso que falam que não podemos generalizar as pessoas...as duas são princesas, mas apenas Leonor age como uma, sempre simpática e comportada...

Não precisava ser um gênio para saber de quem ela falava...

- Desde que vocês entraram aqui, existe esse tipo de comparação...e, em todas, ela é sempre colocada como inferior perto de você...será que é esse o motivo da raiva que Alexia sente por você? - Olívia, que estava atrás de mim, sussurrava, com as mãos em meu ombro.

Logo depois, um inspetor chegou para chamar sua atenção.
Mesmo se não houvesse uma interrupção, eu não diria nada à Oli.
Eu preferia não falar sobre ela...pelo menos, não nesse ambiente onde alguém poderia facilmente nos escutar.
Não é como se eu fosse qualquer pessoa...
Além disso, Alexia já sentia raiva de mim, sem eu ao menos ter feito algo...eu não precisava dar mais motivos...
E eu sei bem o que uma fala minha pode causar...
Eu não quero ser mal interpretada, ou causar algo à ela.
Desde que entrei aqui, já tinha uma impressão negativa sobre ela... entretanto, nunca fui rude ou algo do tipo, nas vezes em que era necessária uma interação.
Mas, no que dizia respeito à ela...nas primeiras semanas de aula, ficava jogando piadinhas ou falando mal de mim.
Com suas ações, as pessoas começaram a julgá-la bastante, e até evitavam conversar com ela, dizendo que ela só queria chamar à atenção usando meu nome.
Desde então, ela simplesmente ignorava minha existência...e eu agradecia por isso.