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LEONOR
Eu sempre me considerei muito prestativa.
Não suporto ver as pessoas sendo excluídas, e sempre tento ajudar todos ao meu redor da forma que eu posso.
Já aconteceu de eu encontrar uma menina chorando no chão de um dos banheiros do Colégio.
Já tínhamos conversado algumas vezes, mas não éramos amigas.
Mesmo aasim, me abaixei em sua frente, e tentei acalmá-la. Depois disso, fui até um dos jardins com ela, e a mesma desabafou comigo....
Ou então quando ouvi uma menina chorando, trancada em uma das cabines do banheiro do 3° andar. Eu não sabia quem era, e, não poderia ser tão invasiva à ponto de questiinar o que estava acontecendo...
Por isso, informei à direção, que pedoram para uma das pedagogas irem até ela.
Ou seja...eu não consigo simplesmente ignorar, se vejo alguém chorando....
Mesmo que eu tenha falado poucas vezes.
Mesmo se eu só saiba quem é por ver o rosto todos os dias.
Mesmo se eu não goste da pessoa...
Eu simplesmente não consigo passar direito...
E, mesmo agora, com Alexia agindo como uma idiota, insinuando que sou manipuladora...
Eu não podia ignorar o desespero em seus olhos...
Eu não podia ser tão orgulhosa à ponto de deixá-la sozinha em um momento tão vulnerável, só porque ela...bom...é ela...
Afinal...não se paga o mal com o mal.

- Ela não quer nossa ajuda. O que a gente faz? - minhs irmã questiona.

- Nós não podenos ajudar, se ela não quer. Mas não significa que não vamos fazer nada. - respondo, antes de pedir para alguém chamar uma Psicopedagogq.

- ME DEIXA EM PAZ! QUAL O SEU PROBLEMA? VOCÊ SÓ TÁ FAZENDO ISSO PRA RECEBER APLAUSOS, NÃO É? Vocês são iguais...- Alexia começa gritando, mas sua voz termina em um sussurro.

- Só estamos tentando ajudar, Alexia. Sinto muito, se você não sabe o que é fazer isso...- minha irmã começa, irritada, quando eu a interrompo, apertando levemente seu braço.

- Vem. Vamos estudar em outra mesa. - falo, já a puxando.

Não precisávamos chamar mais a atenção para nós - o que aconteceria, se eu tivesse permitido que Sofia terminasse sua fala.
Além disso...por que ficaríamos ali, apenas a assistindo?
Ela não queria ajuda, e os funcionários responsáveis já haviam sido chamados.
Ficar alo, só daria mais motivos para Alexia dizer que era tudo intencional...
E não é como se eu estivesse com tempo - e paciência- para gastar com ela.

- Sofia...- Alexia chama, com a voz trêmula, fazendo com que minha irmã e eu nos vivêssemos - ternina de falar...Não deixa ela mandar em você. Quanto mais medo demonstrar, mais ela vai te controlar...Não cometa esse erro que...

- Alexia, para com isso! Por que não pensa em se acalmar, em vez de falar essas suas doideiras? - Calleb, que tinha acabado de chegar, junto com mais alguns amigos meus-e de Alexia-, fala, com un tom de repreensão, mas também de preocupação.

- Doideiras? Vocês sabem de TUDO, e ainda tem coragem de menosprezar o que eu sinto? - Alexia falou tão baixo, que ouvi-la foi algo quase impossível.

- Alexia, por favor...- Becca começa.

- NÃO! Eu quem tenho que pedir algo aqui! Pedir pra que vocês parem de fingir serem meus amigos! - Alexia fala, com seu choro se intensificando.

- Se eles não são seus amigos, o que são? Eles só querem tentar te ajudar. Por que ficar tão na defensiva? - minha irmã questiona, se aproximando alguns passos novamente.
Ela se irritou pela forma como o grupo estava sendo tratado, já que podia enxergar o sofrimento em seus rostos.

- Eu fico na defensiva, porque é a única forma que tenho de sobreviver. Acho que sabe bem disso. - Alexia fala, olhando minha irmã.

Sofia me encarou, confusa, e desconfio que meu semblante era igual ao seu.
Logo em seguida, funcionários chegaram, pedindo para todos se afastarem.
Como não tinha mais clima para ficar ali, Sofia e eu fomos para a biblioteca.

Inimizades Entre Reinos- Princesa Leonor e Infanta Sofia Onde histórias criam vida. Descubra agora