Inimizades Entre Reinos- Princesa Leonor e Infanta Sofia

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NARRADORA
Com essa altura, lives já estavam sendo feitas em inúmeros celulares, e todos partilhavam da mesma surpresa, incredulidade, e desapontamento. Ninguém conseguia digerir que, para ter a atenção da irmã mais nova, e ser vista pela família, Alexia havia se embebedado. O quão grande era seu sofrimento, para ela decidir se submeter à tal coisa? Isso era chocante e, ao mesmo tempo, muito triste.

- Você perguntou o que eu pretendia com isso, pai? Bom...foi só uma reação desesperada. Só minha tentativa de ser notada por essa família. - pela primeira vez, Alexia para de rir.

- E deu certo! Eu não acredito que você fez essa loucura só pra me impressionar! - Ariana fala, abraçando Alexia e rindo.

- Você é maluca! Por sua culpa, Ariana tá bêbada! - Amália fala, tentando ir para cima de Alexia, ao passo que é impedida pelo pai.

- Minha culpa? Ariana bebe desde os 13 anos, e todo mundo finge não ver! Engraçado que, quando sou eu, qualquer coisa é motivo pra me humilhar...quer dizer, vocês nem precisam de motivos, né? Tudo é culpa minha. Eu já entendi que sou um erro... - lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Alexia.

- Pare de falar besteira, Alexia! Isso é o álcool fazendo efeito! - o Rei diz, se voltando para os jornalistas.

- Eu tô mentindo? Você tá falando que eu não sou humilhada e desprezada em casa, e que não sou tratada como um lixo? - Alexia questiona, com ressentimento.

- Bom...todas nós somos desprezadas por nossos pais... - Ariana admite, em meio ao riso.

- Mas eles ainda se importam com vocês. E você tem Amália. Eu não. Sou o saco de pancadas de todos, principalmente dela...

- CALA A BOCA, ALEXIA! - Amália ordena, tomada pela raiva.

- Por que? Tá com medo dela dizer como você a trata? - Ariana questiona, ainda gargalhando.

Não se sabia ao certo o quão bêbadas elas estavam, ou quanto dr álcool digeriram. Entretanto, só pelo fato de Ariana não conseguir parar de rir, e Alexia estar tendo mudanças de humor, uma hora demonstrando alegria e gargalhando, e outra, chorando - como agora.

- Ariana, é melhor você ficar quieta. - Amália ameaça, quase gritando.

- Mas é o que ela sempre faz! Hoje, eu entendi que ela só me humilha, pra não ser humilhada. Ela fica do seu lado, pra não ficar contra você e nossos pais. - Alexia diz, novamente, começando a rir. - como se sente, Amália? Ela só te escolheu, porque você é a melhor opção!

- Alexia, eu acho melhor você calar a boca! - Amália ameaça, entredentes.

- Se não, o que? Vai brigar comigo? Vai me insultar? Vai me bater? - Alexia questiona, gargalhando. - mas não é o que você já faz, sem motivo algum?

- EU MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA! - Amália grita, se soltando de seu pai e dando um forte tapa no rosto de Alexia, que caiu na grama.

- AMÁLIA! - seus pais repreendem em unissom.

- Por que vocês me odeiam? O que eu fiz pra vocês me menosprezarem tanto? - Alexia questiona, com uma quantidade maior de lágrimas escorrendo em seu rosto.

- Você nasceu. - Amália respondeu, empurrando Alexia que, agora, estava deitada na grama do jardim.

- Você também nasceu. E eu também. Senão, como estaríamos aqui? - Ariana questiona, rindo.

- Não acho que Amália tenha nascido. Vai ver, ela foi criada em laboratório. Explicaria muito bem o grande monstro que ela é. - Alexia diz, mantendo contato visual com Alexia.