10 - Cara de virgem

1.1K 133 90
                                    

Point Of View Marília Mendonça 

Prazer. Paraíso. Foda. Gozada gostosa na boca de Maraisa... Maraisa deliciosa... Boca quente da Maraisa... 

Campainha da Maraisa tocando e me tirando da porra do meu mundo paralelo! 

Mas que porra era aquela? Quem ousava interromper um momento tão maravilhoso como aquele? Eu deveria ter trago uma etiqueta com as palavras "NÃO PERTUBE, ESTOU GOZANDO NA BOCA DA MARAISA", e colar na porta do apartamento dela, para que eu não fosse arrancado brutalmente do enorme prazer que eu estava sentindo. 

Eu ainda estava com essa indignação na porra da minha cabeça – leia: Cabeça de CIMA e não a de BAIXO – quando Maraisa me empurrou e se levantou, cantando sua blusa no chão e vestindo-a rapidamente, antes de jogar a minha na minha cara, junto com meu sutiã. 

— Rápido, Marília! Vista-se! Droga, merda, não posso acreditar nisso... 

Ela murmurava e murmurava e andava de um lado para o outro, até que parou em frente ao espelho que tinha na sala e arrumou o cabelo desgrenhado, o cabelo que eu tinha desgrenhado, enquanto ela chupava deliciosamente o meu pau. Será que ela ainda não tinha percebido que eu estava indignada? 

Por que uma mulher nunca é sensível quando o assunto se trata de um pênis? Porque isso, cara amiga – ou amigo – é uma dor! Eu fui arrancada do meu paraíso particular. Sem contar que a porra da campainha ainda estava tocando por algum filho da puta sem noção que não tinha entendido que estávamos ocupadas. 

— Maraisa! Ah, não diga que vai dar para trás agora. Por favor, você disse que iria me receber. 

E sim. Era um filho da puta. Um homem! 

— Eu já estou indo, Hugo! — ela gritou. 

E Hugo era o nome do desgraçado. 

— Marília! Pelo amor de Deus, você ainda nem se vestiu? Acorda, caramba! 

— Você disse que iria sair e não que iria receber visitas. Por que mentiu para mim, Maraisa? — perguntei, vendo-a ir até o DVD e tirar o disco da nossa foda depravada. 

— Porque eu queria que você fosse embora o mais rápido possível! — ela disse, colocando o disco na capa e vindo até mim. — Agora você vai ter que se vestir e se esconder, Marília. Por favor, coopere comigo apenas uma vez.   

— Me esconder? — eu queria rir e foi isso que fiz. Eu ri, enquanto abotoava meu sutiã, vestia a camisa logo em seguida e me levantava para colocar o meu membro (agora ignorado) dentro do short de compressão e minha calça. — Nem fodendo, Maraisa. Se você tem uma visita e não me avisou que estava esperando uma, vamos recebê-la juntas. Recebê-lo, melhor dizendo. Pode parar de ser mal-educada e abrir a porta para que sua visite entre, por favor? 

Ela me olhou de cima a baixo e a campainha foi tocada mais uma vez. O Hugo filho da puta estava impaciente. Se Maraisa tinha alguma objeção a fazer, a mesma foi descartada completamente, porque ela se virou e com passos hesitantes foi até a porta. Eu a segui e assim que fiquei atrás dela, ela abriu a porta, revelando o tal Hugo para mim. 

Primeira impressão: alto, moreno, olhos castanhos e cara de virgem. Com certeza, esse cara não sabia foder nem uma boneca inflável. 

— Oi, Hugo. — Maraisa murmurou, abrindo espaço para ele passar. — Entra. 

Ele olhou para ela e depois para mim. Depois para ela de novo e entrou me encarando, me analisando de cima a baixo e eu fiz o mesmo com ele. Não sabia quem ele era e nem o que significava para Maraisa, mas com aquela cara de virgem, duvido muito que conseguisse algo com Maraisa depois dela ter me conhecido. Agora ela sabia que transar com uma mulher era mil vezes melhor e tenho certeza que ela jamais me largaria para ficar com aquele idiota.  "Te largaria? Que porra de pensamento é esse, Mendonça?". Não sei, subconsciente, e esse não é o melhor momento para você fazer essa pergunta. 

— Hm... Marília, esse é o meu ex-noivo, Hugo Vezzani. 

Ah... O ex. Eu adoro conhecer os ex. 

— Olá, Hugo. Eu sou a atual, Marília Mendonça. — falei dando o meu melhor sorriso e estendendo a mão para ele. 

E, claro, ignorando completamente o olhar assustado que Maraisa dirigiu a mim. 

— Eu sou Hugo Vezzani, o ex e futuro novamente. — ele disse, apertando minha mão. 

Audacioso. Gostei. Porém, ele não sabia onde estava pisando. 

— Futuro? Acho que Maraisa não está disposta a repetir o cardápio, se é que me entende... — respondi, passando o braço pelos ombros de Maraisa e dando um beijo carinhoso em sua cabeça. — Ela já esta com alguém melhor, não é mesmo, baby? 

— É... Eu, é... 

— Calma aí! — Hugo, o virgem, a interrompeu. — Eu sei muito bem quem é você! 

— Sabe? — perguntei, arqueando uma sobrancelha. 

— Claro que sei! Maraisa, desde quando você está se relacionando com atrizes pornôs? Eu sei que você curtia mulheres nos tempos de faculdade, mas porra, você está ficando maluca? 

— Hugo, se acalme, não é nada disso que você está pensando. — Maraisa disse, saindo de meus braços e ficando entre nós dois. — Marília está apenas brincado, só isso. Ela é uma amiga. 

— Maraisa, não precisa ficar tão tímida assim. Baby, depois de tudo o que fizemos, não podemos ser consideradas apenas como amigas. — sorri — Hugo, eu sou sim atriz pornô e Maraisa está se relacionando comigo. Não há nada demais nisso. — dei de ombros, olhando para ele e esperando sua resposta. 

— Há sim, você tem um pau! — ele falou com o tom de voz mais elevado — Eu nem sei se é correto te chamar de mulher. 

Ok, isso foi longe demais. 

— Ah é? Não creio que isso foi um problema para Maraisa minutos atrás, quando nós estávamos... — coloquei meu dedo indicador nos lábios e fingi pensar — Você sabe, ou melhor, não sei se sabe bem, com essa cara de virgem... Mas voltando, quando nós estávamos fodendo loucamente antes de você aperta essa maldita campainha e interromper o nosso orgasmo. 

Faltou apenas um centímetro para a boca do virjão não encostar-se ao chão. Ele estava perplexo e confesso que estava me esforçando muito para não rir da cara dele. Seu olhar voltou a alternar entre Maraisa e eu, o clima no hall de entrada se tornou cômico demais para mim, enquanto Maraisa só sabia arregalar os olhos a cada segundo que se passava. 

— Maraisa... — ele começou. — Quando disse que eu poderia vir aqui, pensei que finalmente iriamos conversar e nos entender. Mas pelo visto, estava totalmente enganado. Eu nunca imaginei que você pudesse ir tão baixo. Uma atriz de filme pornô? Ainda mais com... — ele me analisou com uma cara de nojo — ... Ela! Porra, isso é nojento, eu nunca imaginaria isso!  "Nunca imaginaria que ela fosse encontrar alguém mil vezes melhor que você, seu virgem filho da puta?". 

Ah sim, meu subconsciente resolveu se juntar a mim nessa batalha, pelo menos uma vez na vida. 

Ele balançou a cabeça, parecendo decepcionada e passou por nós duas, abrindo a porta. 

— Espero que esteja satisfeita com essa escolha medíocre. Apenas pense em tudo o que eu poderia te dar, toda a estabilidade, conforto e esperança de uma vida segura, coisa que você jamais terá com uma mulher como essa. 

Olhando para Maraisa mais uma vez, ele se virou e saiu, batendo a porta atrás de si. 

Isso mesmo, seu cara de virgem! Caiu fora, porque a garota já é minha! 

Bem... Pelo menos era disse que eu estava convencida, até olhar para o lado e ver que Maraisa já não estava mais ali. Ela tinha ido até a sala e estava sentada no sofá, com o rosto enterrado nas mãos. 

Não sei o que havia acontecido entre ela e o tal Hugo. Não sei por qual motivo terminaram, ou se ainda tinha esperanças de ficar juntos. A única coisa que eu sabia, naquele exato momento, era que Maraisa ainda gostava dele e talvez... 

Talvez eu tenha realmente fodido com a possibilidade de um retorno daquele casal.

Pornstar - Malila g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora