Pornstar - Malila g!p

18 - Corações quebrados

Point Of View Carla Maraisa 

Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi o seu sorriso satisfeito, o que fez com que um ainda mais satisfeito se abrisse em meu rosto. Nos beijamos com carinho e eu saí de cima dela, começando a ajeitar minha roupa. Meu sutiã estava todo sujo de areia e rimos quando eu o peguei. Era impossível usá-lo agora, e, por sorte, meu vestido azul não era transparente. Resultado? Estava sem sutiã e sem calcinha, coisas que apenas ao lado de Marília era possível acontecer. 

Sentei-me ao lado dela e, assim que terminou de se arrumar, ela passou o braço pelo meu ombro convidando-me a me encostar-se a seu peito. Respirei fundo, sentindo o cheirinho gostoso do oceano à nossa frente. 

— As crianças gostaram de você. 

— E eu também as adorei. É incrível o modo como vocês se dão tão bem, Marília. Eu fiquei realmente impressionada. — falei, levantando meu rosto para observá-la. 

— Ficou? Por quê? — ela me olhou, um sorrisinho sacana aparecendo no final dos seus lábios. — Ah, deixe-me adivinhar: porque eu sou uma atriz pornô, e atrizes pornôs são outro tipo de seres e não temos que nos relacionar com os seres humanos em geral... — riu sem humor. — Não é isso que você está pensando, Maraisa? 

Olhei para ela, me perguntando sobre como aquela conversa tinha tomado um rumo tão sério de repente. 

— Não exatamente assim. Eu só nunca imaginei que você se desse tão bem com crianças, não tem muito a ver com sua profissão... — me olhou com uma sobrancelha arqueada. — Tudo bem, tem a ver sim, mas... Poxa, Marília, você não pode me julgar tanto assim. Quando eu iria imaginar que você pudesse ajudar um orfanato e fosse uma pessoa tão humanitária? Você trabalha com sexo, caramba! 

— Eu não estou te julgando, muito pelo contrário, Maraisa... Quem sempre me julgou foi você! — ela tirou o braço do meu ombro e se afastou um pouco de mim. — Como você nomeia o que nós temos? 

— Como assim? 

— Como você chama o nosso... Relacionamento? 

— Não pensei que nomes fossem importantes. — murmurei, dando de ombros.   

Sua risada sem humor tomou conta dos meus ouvidos. Quando voltei a olhar para ela, sua expressão era incrédula. 

— Pelo visto, eu não significo muita coisa, então. 

— Marília, eu não estou entendendo. Onde você quer chegar com tudo isso? Estávamos em um clima tão legal e de repente, você estoura dessa forma. 

Ela se levantou e passou as mãos pelos cabelos, parecendo atordoada. Me levantei também, querendo observá-la melhor e tendo apenas a lua como um ponto de luz sobre ela. 

— Marília, fala comigo! — gritei, querendo chamar a sua atenção de volta para mim. 

— Eu estou apaixonada por você, Maraisa! Porra, eu estou fodidamente apaixonada por você! — gritou, me olhando nos olhos. 

Oh, merda. 

Então, Maiara e a Sra. Mary estavam certas sobre isso e eu era a única que não queria acreditar. 

— Fala alguma coisa, Maraisa! 

— Marília... — o que eu poderia falar? — Acho que você está se precipitando, quer dizer... Você não pode estar apaixonada por mim, nós nos conhecemos há menos de um mês! 

— Então você não sente nada por mim? É isso? Não é possível que você seja tão insensível assim! Eu estou atrás de você durante todo esse tempo, eu escutei você se lamentando sobre seu ex-noivo, eu te animei, eu cuidei de você. Nós transamos durante todo esse maldito tempo, eu te dei inúmeros orgasmos e você não sente nada por mim? Que porra é essa?