Cinismos e cigarros

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Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2021

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Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2021

— Qual é o seu nome mesmo? — Sanzu perguntou, enquanto segurava o cabelo do homem sentado à sua frente. Porém, ele recebeu silêncio como resposta.

Suspirando, Sanzu deu outro soco no rosto do homem. E mais outro. E mais outro. E mais ou'tro.

O rosto daquele morimbundo estava ensanguentado e com machucados, sua pele estava vermelha e o uniforme de motorista estava sujo com o sangue dele, porém os olhos dele continuavam vazios e ele se recusava a responder a pergunta feita por Sanzu.

Aquilo já estava dando nos nervos.

Ele largou a cabeça do homem e caminhou em direção a mesa pequena que havia no canto da sala, observando os inúmeros instrumentos metálicos espalhados sobre ela.

— Eu não gosto de ser ignorado — Sanzu suspirou, pegando uma das pequenas facas e se virando para o homem sentado — Vamos ver se você vai ficar mais falan...

A fala de Sanzu foi interrompida quando ele ouviu o ranger da porta e ele amaldiçoava o bastardo que se atrevia a incomodá-lo enquanto desempenhava o seu trabalho.

Assim que a porta abriu por completo, Sanzu não conseguiu conter o arquear de suas sobrancelhas quando colocou os olhos no homem loiro de terno à sua frente. Ele tinha a postura ereta e olhos frios, enquanto parecia encarar tudo à sua volta com um nojo explícito no olhar, como o daquela maldita Barbie da Iekami.

— Com licença — o homem disse, dando um passo para dentro da sala e fechando a porta atrás de si.

— Quem é você e o que você quer? — Sanzu perguntou, não escondendo o mau humor em sua voz.

— Me disseram que eu poderia ser útil aqui — ele respondeu, erguendo seus olhos verdes para Sanzu — Eu sou Seishou Inui.

Sanzu reconheceu aquele nome, era um dos possíveis herdeiros da Iekami que estava à sua frente.

— O que um playboy como você está fazendo aqui?

Seishou encarou Sanzu por alguns segundos, analisou o rosto de Sanzu, observou as roupas e cabelo desgrenhado. Cada segundo ali foi guardado em sua memória, mas rapidamente descartado ao se lembrar de seu objetivo, observando então o homem morimbundo sentado na cadeira.

Foi necessário apenas alguns segundos

— Meu nome é Yuri. — ele disse baixo, mas o medo era perceptível em sua voz e em seus olhos enquanto encarava Inui — Yuri Tanaka.

Sanzu não conseguiu conter o sorriso ao constatar o que a mera presença de Inui havia causado em Yuri.

Sua noite havia acabado de ficar muito mais divertida.

[...]

O galpão estava frio, combinando com o clima do lado de fora. Mas o corpo de Himari ainda estava quente.

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