Um rei plebeu, uma princesa e um copo de uísque

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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2021

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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2021

Himari era silenciosa. A respiração dela era baixa e nenhum som além do choque dos saltos com o piso podia ser ouvido, sendo essa a única demonstração de que ela ainda acompanhava Mikey.

Ele continuou caminhando despreocupadamente, sentindo ainda a ardência e o sangue em sua bochecha, e o metal frio da adaga que carregava em sua mão esquerda.

Assim que chegou na antessala de seu escritório, Itsuki levantou a cabeça de seu computador e encarou Mikey e Himari, arregalando os olhos assim que os focou na bochecha cortada.

- Itsuki, cancele meus compromissos da tarde, todos eles - Mikey ordenou ao garoto, que logo assentiu - Se alguém me procurar, diga que eu estou ocupado.

- Sim, senhor - ele respondeu e Mikey quis rir. Ouvir Itsuki chamá-lo de senhor com aquele grau de seriedade sempre seria muito engraçado.

Manjiro seguiu o caminho, passando a mesa de Itsuki e aproximando-se da porta de seu escritório. Assim que colocou sua mão direita na maçaneta, ele virou a cabeça na direção de Himari. A Iekami estava parada atrás da mesa de Itsuki, na entrada da antessala. Os olhos frios vagavam pelo ambiente, analisando e absorvendo cada detalhe daquele lugar.

- Princesa, vamos - Mikey chamou, atraindo a atenção dela para si.

Himari encarou Mikey, cerrando os olhos na direção dele.

- Meu nome não é princesa - ela respondeu cortante, sem o som desdenhoso que usou durante a conversa com seus capitães.

A postura perfeita e os traços finos, tudo encaixado e bem apresentado. Ela parecia uma princesa, mesmo que a frieza em seu olhar fosse a lembrança constante de que ela era a princesa da máfia.

Ele deu um sorriso, encarando-a.

- Feche a porta depois de entrar.

Assim, ele abriu a porta do escritório e entrou. Era um cômodo que agradava Mikey. Fotos de família, um vídeo game no canto, bebidas e pequenas miniaturas de motos, aquele era um dos únicos cômodos que Emma não deu palpite quando mobiliaram o prédio.

Ele caminhou até a mesa ao lado da janela e sentou-se na sua cadeira. Assim que encarou a porta, viu Himari adentrando o lugar e fechando a porta em seguida. Novamente, ela vagou os olhos cinzentos por todo o cômodo, analisando-o minuciosamente como fez em cada ambiente que ela havia pisado desde que entrou naquele prédio.

- Sente-se - ele disse, firme, enquanto rodava a adaga em sua mão esquerda e apontava para a poltrona localizada à frente da mesa. Himari o encarou por breves segundos e com passos firmes, seguiu até o local indicado.

- Essa sala é bonita - ela disse, ainda vagando os olhos pelo ambiente.

Ela estava sentada na frente de Mikey, a postura perfeitamente alinhada e alerta, mesmo que as mãos estivessem descansando sobre seu colo. A feição da garota era séria, com os traços bem delimitados e firmes.

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