O peão

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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2021

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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2021

A cada segundo, Himari ficava mais apreensiva. De acordo com a informação transmitida por aqueles que estavam no galpão, nenhuma vítima havia sido feita. Aquilo pareceu tranquilizar a todos, menos Himari. Aquilo começava a desesperá-la.

Assim que souberam o que aconteceu, Manjiro quis sair em disparada até o galpão em que seus amigos estavam. Himari entendia, aquele havia sido o primeiro impulso dela também. Porém, no fim, ela convenceu a todos a ficarem onde estavam e pedir para aqueles que estavam nos galpões os encontrassem ali.

A cada dupla que cruzava a porta, o misto de alívio e inquietação dentro de si aumentava. A cada constatação de um machucado leve, o peito dela retumbava mais forte.

Quando a última dupla passou pela porta, Kokonoi e Taiju, que chegaram por último pela distância entre o galpão e a sede da Toman, a inquietação dentro dela se acalmou ao notar que os amigos estavam vivos e bem. Porém, ao colocar os olhos nos machucados de Kokonoi, que aparentava ser quem tomou a maior parte do impacto, o coração dela acelerou novamente.

— Que bom que estão todos bem — Takashi disse, enquanto suspirava de alívio.

— Contem o que exatamente aconteceu — Mikey ordenou, com os olhos fixos em Draken.

Draken estava usando um sobretudo preto empoeirado com um rasgo considerável em sua barra, possuia pequenos arranhões em uma das mãos e sujeira pelo rosto. Nada sério o suficiente que indicasse que ele estava próximo de uma explosão há alguns minutos.

— Nós fomos verificar o galpão, estava como havia descrito: seguranças mortos e a pintura na parede. A gente olhou tudo, enviamos as fotos e saímos depois para conversar perto dos carros — Draken disse, com a voz firme e limpa — Então o galpão simplesmente explodiu do nada.

Himari absorveu a informação enquanto desenhava a situação narrada em sua mente.

— Taiju, Koko — Seishu, que havia retornado a pouco tempo, chamou — contém o que aconteceu também.

— Foi quase a mesma coisa que aconteceu no deles — Taiju disse, soltando um suspiro se movia dentro do moletom criminoso que usava — Nós chegamos e entramos no galpão, olhamos rapidamente e saímos em seguida. Nós íamos pedir para o Satoru uma cópia do inventário do galpão, como ele não tinha sinal ali em volta, o Kokonoi se aproximou do prédio para tentar achar sinal e foi quando tudo explodiu.

— Você está bem? — Himari perguntou, desviando o olhar de Taiju e esquadrinhando a feição de Kokonoi.

Seu rosto possuía um corte na bochecha e suas mãos estavam raladas. O terno bege que usava estava sujo de fuligem, terra e poeira, sendo possível ver até mesmo alguns pequenos rasgos em pontos específicos. Ele segurava seu braço esquerdo com força contra o corpo.

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⏰ Última atualização: Feb 02 ⏰

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