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A vida dos humanos é muito filha da puta, estou percebendo isso nesses últimos 3 dias!

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A vida dos humanos é muito filha da puta, estou percebendo isso nesses últimos 3 dias!

Tem algo errado com Anna, não sei bem o que, mas algo não vai bem e isso está me remoendo por dentro.

Como diria os humanos: Mas que porra! 

Já tem 3 dias que ela nem chega perto de mim, nunca pensei que diria isso, mas a sua distância está me matando. Pelos deuses nem consigo dormir direito, me perguntando o que fiz de errado. Parece que voltamos à estaca zero. Ela me pediu para voltar a dormir na sala! Achei que já tínhamos passado desse ponto há muito tempo. Achei realmente que nosso relacionamento já tinha passado do ponto de volta.

Seguimos já a alguns dias com a mesma rotina: Acordamos, vamos ao trabalho na floricultura, voltamos para casa, jantamos e em seguida cada um vai para o seu lado dormir.

QUE MERDA!!! Nunca consegui me sentir assim com ninguém antes, e agora que finalmente consigo, acontece situações como essa, mas isso não vai ficar assim. Não vou deixar a Anna se afastar de mim de jeito nenhum. Isso não vai acontecer.

Chegamos em casa e Anna vai direto para a cozinha, sem falar nada comigo, enquanto eu decido esfriar a minha cabeça no chuveiro. 

Tenho que saber o que está acontecendo. Ela estava se comportando normalmente antes de eu sair da floricultura para encontrar com o fornecedor. Nesse meio tempo, alguma coisa mudou, só pode ser isso.

Tentei ser civilizado, tentei ser compreensível, ser a porra do humano que finjo ser, mas agora vou ser quem sou de verdade, Loki, um deus que consegue tudo o que quer. 

E eu quero a verdade da boca deliciosa dessa mulher que vem me deixando louco!

Saio do banheiro enquanto enrolo uma toalha na minha cintura, não ligando para o meu corpo todo molhado. Vou a passos rápidos e duros até a cozinha, paro vendo a Anna de costas para a porta cortando os vegetais para o nosso jantar.

— Anna... — A chamo, mas a mesma nem se dá ao trabalho de olhar na minha direção. — Anna... — Tento mais uma vez, respirando fundo.

— O que? — Diz indiferente. 

— Chega! — Chego por trás dela, tirando a maldita faca de uma das suas mãos e a arremessando na parede. A pego em meus braços e a coloco sentada em cima da pia da cozinha, que acaba espalhando os vegetais pelo chão quando tenta se apoiar.

— Que porra que está acontecendo Anna? Há três dias estava tudo bem. Estávamos felizes. — Fecho os olhos triste e respiro fundo, me acalmando.

Tentei fingir que não me importava, que sua indiferença não era nada para mim, só que cansei de mentir para mim mesmo, eu sinto algo por Anna, não sei bem o que mas sinto e dói demais ver ela se afastar de mim.

Quase suspiro de saudades ao sentir as suas mãos em meu peito. Contudo percebo que não estão como eu as conheço, estão tensas e apertadas.

Olho em seus olhos e lá encontro o tipo de lágrimas que nunca desejei ver nos olhos dessa mulher que tanto me cativou, vejo lágrimas de angústia. Não aguentando mais vê-la assim, a trago para os meus braços e a abraço, tentando tirar essa dor que emana dela.

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