Naquela noite, ela desceu ao pub para comer alguma coisa. Encontrando uma mesa perto do canto oposto de onde a multidão do Beco Diagonal entraria e sairia, ela se sentou de costas para a parede e seu corpo nas sombras. Ela queria ver se alguém, principalmente Ron, viria procurá-la. Ela, entretanto, não queria ser vista.
Viu que sim, embora não por alguém que ela esperava. A cabeça loira platinada de Draco Malfoy entrou em sua linha de visão assim que ela estava comendo uma torta de carne. Ele olhou para ela um tanto envergonhado quando pediu para se juntar a ela. Hermione gesticulou para o assento em frente a ela e, mais uma vez, os dois se sentaram quase em silêncio... só que desta vez, eles estavam comendo ao invés de revisar. Foi Draco quem quebrou o silêncio.
— O que aconteceu com a sua mão?
— Ronald Weasley.
— Oh. — Eles ficaram em silêncio por mais alguns minutos.
— Por que você não está em sua Mansão com sua mãe e seu pai?
— Mamãe está em prisão domiciliar e se recusa a ver ninguém, e papai ainda está...
Mais silêncio.
— Você manda uma coruja para ela?
— Todos os dias. Eu sei que ela está recebendo minhas corujas porque Tipsy tem me enviado guloseimas. Esse é o elfo da mamãe. Mas ele também diz que mamãe se recusa a escrever de volta para ninguém. Draco ficou em silêncio por um momento antes de continuar quase sussurrando. — Estou preocupado com ela, Granger.
O par não convencional terminou seu jantar sem dizer outra palavra e quando chegou à hora de se separarem, Draco fez o impensável e pediu a Hermione para se juntar a ele para tomar um sorvete no Beco Diagonal. Ela concordou com o sorvete, mas sugeriu que eles fossem para a Londres trouxa para encontrar um pouco. Ele surpreendentemente concordou com a ideia dela e os dois logo encontraram uma sala pitoresca não muito longe do Caldeirão Furado. Draco, o cavalheiro que seu pai o criou para ser, pagou pela sobremesa e os dois começaram uma caminhada lenta e tortuosa de volta ao mundo bruxo.
Eles conversaram sobre nada importante por cerca de meia hora, mas a curiosidade ardente dentro de Hermione eventualmente levou o melhor dela.
— Malfoy, q-
— Acho que ultrapassamos os sobrenomes, certo? Quer dizer, na minha mente tenho chamado você de Hermione desde aquele dia em que você me deixou ir com você na biblioteca. Você não acha que devemos deixar o passado para trás e começar de novo? Nomes e tudo?
Ela parou por meio segundo antes de sorrir e continuar:
— Tudo bem então... Draco...
— Não é mais legal, Hermione? Quase nos faz parecer os amigos que nos tornamos, e não os inimigos que já fomos! — Ele disse, rindo junto com ela.
— Draco, o que está acontecendo com seu pai? — Sentindo sua inquietação com a pergunta, ela seguiu em frente com seu raciocínio por querer saber. — Quero dizer, claro, ele fez algumas coisas ruins, mas ele não tinha uma varinha quando Harry, Ron e eu fomos capturados. E tenho certeza que ele não lutou durante a Batalha Final. Eu só estava... eu não sei...
O par notou mais do que alguns olhares estranhos com a menção dela sobre varinhas e batalhas, então eles decidiram levar a conversa de volta para territórios mais seguros. Nenhum dos dois realmente falou muito sobre qualquer coisa até que foram colocados em segurança dentro do Caldeirão Furado. Então, Draco fez algo que realmente a surpreendeu: ele a convidou para conversar em seu quarto.
— Mas só para conversar, Granger. — ele brincou ao ver a expressão escandalizada no rosto dela. — Não gostaríamos que Weasel pensasse que você estava realmente falando mal de mim, não é? Ele bateu no ombro dela e os dois riram alto da piada. Ela então o seguiu até o quarto 11.
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Time For Us - Tradução
Ficção AdolescenteQuando uma missão de resgate dentro do Departamento de Mistérios dá terrivelmente errado, Hermione Granger se encontra vinte e cinco anos no passado, cercada por aqueles que fariam mal a ela no futuro. Apesar de seus esforços para passar despercebid...