dor, felicidade e dor

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Dantinho e Arthur estão namorando (existe uma terceira pessoa nesse relacionamento)

Mudei o passado de alguns personagens. Essa fic contém ships estranhos. É tudo que eu direi. (Nesse capítulo)

Narrador on

Arthur e Dante estavam sentados no meio de um símbolo de ritual, ao lado da cama onde Gal estava deitado.

- Tá pronto? - Dante pergunta, acariciando a mão do menor.

- Não, mas...sinceramente, acho que eu nunca estive. - ele diz, fazendo ambos rirem.

- Eu também não...vamos? - Arthur acente.

O ritual começa a brilhar em vermelho carmesim, logo eles são teletransportados para um espaço vaziu e escuro. Eles se olham confusos, até o cenário em volta mudar.

Agora, eles estavam no orfanato, muito antes dele pegar fogo, em um dos quartos. O quarto era simples, apenas duas camas, uma escrivaninha e um guarda roupa. Em cima de uma das camas, havia um garoto alto, parecia ter 14 anos, com uma garotinha de aparentemente 5 anos, chorando em seus braços.

Dante reconheceu os dois como Gal e Nubi, Arthur não tinha total certeza se o garoto era realmente Gal e realmente não sabia quem era a garota, mas tentaria segurar as perguntas por enquanto.

- Shii, tá tudo bem...- ele tentava acalmar a garota, embora ele parecesse ser muito mais velho, sua voz entregava sua idade, ele deveria ter ums 10 anos ou menos.

- Dante...esse é o Gal? - Arthur pergunta.

- Sim.

- Quantos anos ele tinha nessa época? - parecia uma dúvida idiota, considerando o que eles planejaram fazer inicialmente, mas era uma dúvida genuína.

- Não sei exatamente, mas provavelmente entre 8 e 10 anos.

- Quem é a garota? - pergunta, apontando para as crianças.

- Nubi, ela é uma escripta hoje em dia - Arthur notou a tristeza na voz do parceiro ao dizer o que ela havia se tornado, então voltou a olhar a cena.

- Eu vou pegar seu coelho de volta, ok? - proponhe, fazendo a garota ficar mais calma.

- Promete? - ela pergunta, soluçando um pouco.

- Prometo. - ele faz cafuné na cabeça dela e se separa do abraço - eu já volto.

Essa memória trazia sentimentos de preocupação, com uma pitada de tristeza.

Gal se levanta, indo em direção a porta, rapidamente, o local volta a ficar escuro, mas logo os agentes são levados a outra memória.

Gal estava novamente no quarto, com um coelho de pelúcia na mão, mas dessa vez, seu corpo estava com vários ematomas aparentes, Nubi correu até ele, abraçando suas pernas.

- Aqui...- ele entrega o coelho para a mais nova.

- Desculpa! - ela diz, com lágrimas se formando no canto de seus olhos.

- Tudo bem...- ele diz se abaixando na altura dela, sorrindo de forma carinhosa - nem doeu tanto assim..

- Dante...- Arthur chama a atenção do parceiro - pode me explicar o por que ele tá assim...? - pergunta, prevendo uma resposta ruim.

- Os proprietários do orfanato puniam as crianças com agressão física - Arthur entrou em estado de choque, sabia que os escriptas do orfanato tinham um problema relacionado a dor, mas não imaginava que esse era o motivo ou um deles.

Gal pega Nubi em seu colo, a levando de volta para a cama, voltando a tentar acalmá-la, então a memória finalmente acaba. Logo em seguida, eles são teletransportados para outra.

Agora, Gal aparentava ser bem mais novo que na última memória, os dois chutariam que ele teria 4 anos por aí. O Sal estava sentado no chão de um quarto, cheio de brinquedos, mas parecia estar mais concentrado no desenho que estava fazendo. Ele usava roupas pretas e seu cabelo estava longo como sempre.

Derepente, uma mulher alta, com lindos cabelos negros, batendo em seu quadril, usando um vestido preto e elegante, sapatilhas da mesma cor e maquiagem em tons escuros, entra no quarto.

- Mamãe! - Gal se levanta, correndo até a mulher, levantando seus braços em sua direção.

- Mamãe? Wow, já sei de quem ele puxou a beleza - Arthur brinca, fazendo Dante revirar os olhos com um sorriso de canto.

A mulher o pega no colo, beijando seu rosto, fazendo-o rir, Arthur e Dante olham a cena, sorrindo sem perceber.

- Seu pai e a Atena chegaram! - ela diz, fazendo os olhos do mais novo brilharem.

A mulher sai do quarto e vai até uma sala de estar com Gal em seu colo. Ele parecia animado e ficou mais ainda quando viu um homem e uma garota sentados no sofá.

O homem era alto, vestia uma roupa social preta com detalhes brancos, seu cabelo era meio grisalho, assim como sua barba. A garota também era alta, cabelo curto e roupas pretas.

- Papai! Mana! - ele diz animadamente.

O homem vai até os dois e o pega no colo.

- E aí garotão! Sentiu minha falta? - ele pergunta sorrindo.

- Muita! - Gal o abraça.

- Ei! Não esqueça de mim! - a garota chama a atenção de todos - eu trouxe um presente pra você.

- Presente? - Gal pergunta, já fora do colo de seu pai.

- Aqui - ela entrega um ursinho de pelucia marrom claro para ele - você disse que queria um ursinho de aniversário, não é?

- Sim! - ele a abraça - obrigado!

Felicidade pura. Isso resumia essa memória.

O local fica escuro novamente, os agentes terminam a memória com um sorriso no rosto, mas com uma pergunta em suas cabeças, como aquela criança fofa virou aquele monstro sanguinário? Ou melhor...como o homem que jurou protegê-los naquela noite virou aquele monstro sanguinário.

Agora, Gal estavam observando seus pais conversando na cozinha, enquanto abraçava o ursinho dado por sua irmã. Seu pai parecia acabado e sua mãe estava sentada na cadeira da cozinha...chorando. O que havia acontecido? Era o que os agentes se perguntavam.

- Vamos achar ela...- o homem diz, tentando acalmar a esposa.

- Já tem três semanas! - ela exclama, sua voz falha um pouco.

- Não podemos perder as esperanças, ok? - ele se ajoelha na frente da mulher, segurando as mãos dela - eu não vou desistir.

Gal caminha em silêncio até seu quarto, deitando em sua cama, ficando em silêncio, enquanto abraçava seu ursinho com força.

Aquela memória transparência tristeza.

- Caralho...- foi tudo que Arthur conseguiu dizer depois de tudo ficar escuro novamente - então, provavelmente aconteceu algo com a irmã dele?

- Acho que sim..

A próxima memória começa muito pior que a anterior. Gal estava deitado de barriga para baixo no chão, coberto de sangue, em sua frente estavam seus pais, completamente desfigurados, ao lado de uma criatura paranormal.

Dante e Arthur estavam aterrorizados, já haviam visto cenas horríveis, mas saber que o antigo....amigo? Acho que pode se dizer assim, tinha experienciado aquilo tão novo, deixava tudo pior.

Aquela memória foi curta, mas o sentimento de agonia e sofrimento não vai sumir tão cedo.

Narrador off

Inicialmente, isso era pra ser uma one-shot, mas eu me empolguei, então vai ser uma short fic mesmo.

É isso.

Tchau 👋

memórias (short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora