anjo?

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??: -- Azuis? Hã... bom você não é a primeira a dizer isso, mas é a primeira a dizer cara a cara! -- Diz olhando para o buquê em minhas mãos.

Catarina: -- Aqui! – Entrego o buquê e ele me agradece se retirando em seguida. Ao me virar em sua direção o vejo entregando as flores para uma mulher loura, um pouco mais velha, sua mãe talvez? Droga, ela está conversando com minha avó, agora eles estão vindo até aqui.

Amélia: -- Graziela, Lorenzo, apresento a vocês minha neta Catarina! Ela veio da capital para passar uma temporada aqui comigo.

Catarina: -- Prazer em conhecê-los, me sito lisonjeada pelo convite!

Graziela: -- Ora imagine! um prazer tê-la aqui, sua avó me disse que você tem a mesma idade que Lorenzo, e que é muito boa no golfe! – Disse com um sorriso tão sincero e um olhar tão sereno.

Catarina: -- Bom, não sei se sou tão boa, mais gosto bastante do esporte – Fala sério, me sinto extremamente observada.

Lorenzo: -- Que maravilha! Temos um pequeno campo na propriedade, gostaria de jogar uma partida amanhã? – Perguntou me olhando fixamente.

Catarina: -- Não quero incomodar!

Lorenzo: -- Não seria incômodo, muito pelo contrário, seria um prazer!

Amélia: -- Que bom! Deixaremos vocês sozinhos para organizarem melhor! – Sai praticamente arrastando a pobre da Graziela.

Catarina: -- Isso foi um pouco desconcertante! Bom, aproveite a festa e me indique o local mais recluso.

Lorenzo: -- Perdão? Pensei que acertaríamos a partida de amanhã! – Disse um pouco confuso.

Catarina: -- Sério? Não precisa mais fingir cortesia, elas já se foram]! – Começo a andar à procura de um local para me sentar.

Lorenzo: -- Não estou fingindo cortesia, realmente estou intrigado com suas habilidades, mas confesso que estou um tanto surpreso com a senhorita! – Argumentou enquanto me seguia.

Avisto um balanço grande como um banco coberto de flores encostado em uma cerca branca, praticamente não havia pessoas ali, mas estava à frente de todos, isolado em seu esplendor. Me sento nele e ao meu lado, o jovem Lorenzo.

Catarina: -- Você gosta disso? Festas, jantares, eventos sociais...

Lorenzo: -- Bom, não acho que seja uma questão de gostar, é o mundo em que vivemos não?

Catarina: -- Talvez, o que ainda faz aqui? Não percebeu que elas simplesmente armaram para nos jogar em cima um do outro?

Lorenzo: -- Claro que percebi, mas não me importo! Se minha mãe a apresentou para mim, deve valer a pena!

Catarina: -- De fato meu sobrenome vale alguma coisa!

Lorenzo: -- Com toda certeza não me importo com isso... desde que você entrou ouso dizer que chamou atenção..., porém algo me incomodou... – Questionou ao segurar minha mão.

Catarina: -- E o que seria? – Digo sorrindo ironicamente.

Lorenzo: -- Esse seu olhar triste... uma jovem tão bela com um olhar tão melancólico, de fato não é justo. – Olha fixamente em meus olhos.

Catarina: -- Vejo que o que você tem de bonito tem de intrometido! – Retiro suas mãos das minhas.

Lorenzo: -- Então me acha bonito! – Diz sorrindo de maneira vitoriosa.

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