Soneto da Caridade

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Dar-se ao outro não é altruísmo

É essencial, pôr cor no negror

Voz no vão de vossa voraz mudez

Despir-se do ódio, sagaz nudez.


Acidez é alimentar a fome

Ser só mais um, só mais um nome

Ora, pois seja dois, três, quatro

E, se você puder, seja um quarto.


Dê a mão, não aponte o dedo

Deixe de ignorar, de ser tonto

Abrace, beije, não tenha medo.


Planeta piedoso, perfeito

Em meu sono, apenas sonho 

Devaneios deste soneto.

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