Parto da praia
De ondas oscilantes
Aprecio minha princesa
Respondo em riso vacilante
Sem jeito.
O amor do navegante
Não se vai como a água salgada
De sal já basta a lágrima.
O amor daquele que navega
É paixão cega, obstinada
Prende o espírito aventureiro
Independe de independência
Fragiliza o bravo guerreiro!
Calcanhar de Aquiles...
Foi embora porque quis
Lamenta a amada
Abandonada.
A vela iça
O vento assopra
O pano estala
O peito fala.
Minha sereia
Hei de mergulhar em águas misteriosas.
Posso até ancorar no fundo do mar
E cochilar com as algas
Mas o que contigo partilho
Jamais há de sumir.
Se eu hei de naufragar
O amor há de se eternar
Dentro do baú
De meu amargo âmago.
Se eu hei de me afogar
Meu encanto
Que seja em teus cabelos
Se eu hei de sufocar
Que não seja de espanto
Seja em teu beijos
Se eu hei de me perder
Meu anjo
Será em teus contornos.
A donzela aos prantos
A admirar o sol nascente
E o homem a partir do cais
Não se sabia o que brilhava mais
Se era a estrela dourada
Ou os olhos dela na alvorada
E os pingos cristalinos
Dos rios lacrimosos
O vento levava
Como carregava
A areia
As dunas
A praia
O tempo...
E a muito contento
No arrastar de dias lentos
Eis que o oceano o trouxe de volta
O navegante aos braços da amada retorna!
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Poesias para amar!
Poesía"Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar..." Já dizia Vinicius de Moraes. Quem jamais sentiu aquele comichão no coração, quem nunca se tremeu de amor ao se aproximar da amada na paixão? Ora, o que seria do homem sem o amar? Nada...