Diário de um Submisso

Chácara do Vini

Aquela ultima mensagem...

Ainda...

O que ele estava planejando? Para quem pretendia mostrar aquilo e seria só aquilo? Não era primeira foto que tinha tirado...

Mas apesar daquela mensagem, tentei não pensar muito, por mais difícil que fosse, saber o que ele pretendia, lembrar tudo que passei na mão dele, toda surra, algumas vezes sentia raiva, outras humilhação, mas independente do sentimento, tesão estava sempre presente.

Será que sou gay? Não era possível, até um tempo atrás eu era hétero, mas agora com uma ordem do Felipe, tirava toda a minha roupa, apanhava na bunda e ainda pedia mais. Dei para ele várias vezes, dei para o irmão dele, dei para ele no meio do parque.

Mesmo com tudo isso, ainda custava acreditar, que o cara que brincava comigo na rua, que conversa sobre as meninas, que era menor do que eu, pau menor que o meu, sem barba, me fazia de putinha, não quero admitir isso, mas só passava isso pela minha cabeça.

Foda-se, preciso seguir com a minha vida!

Após aquele domingo, aquela mensagem, voltei a vida "normal", trabalho, sair com amigos no final de semana, conviver com a família, tentar sair com a Carol.

Umas duas semanas se passaram desde aquela experiência, quando recebo a seguinte mensagem.

"É esse final de semana, já tem lista do que é para comprar?"

Era uma mensagem do Marcel, quando li, tive um estalo, puta que pariu, tínhamos combinado de fazer um final de semana dos brothers, na chácara do pai do Vini.

Ele já tinha conversado com o pai e estava tudo certo, com todo o role do Felipe tinha acontecido, acabei apagando da minha memória.

Já fui responder:

"Bora, tem que comprar carne, poque quero churrasco, muita bebida. Se alguém quiser levar "chá", não vou me importar hehe"

"Fazer a lista comprar as coisas mais fáceis na quarta e na sexta pegar as carnes"

Logo o grupo começou a se agitar, ali estávamos em seis, tinha o Vini, Marcel, Cadu, Fábio, Lipe e eu.

Tínhamos combinado que teríamos um final de semana dos brothers, já que agora cada um tinha um trampo, ficava mais difícil de sair e curtir, não era mais como na época do ensino médio que era escola de manhã, tarde pelada e noite no barzinho bebendo.

Fiquei animado com o role.

Chegou sexta, já arrumei a mala, avisei a minha mãe que ia sair e só ia voltar no domingo de noite, contei quem ia e ela ficou de boa.

Estávamos indo em dois carros, Vini, Marcel e Fábio estavam no HB20 do Vini e no segundo carro estava o Cadu, Felipe e eu no Mobi.

Cadu chegou umas 20h em casa, eu era o primeiro, logo entrei no carro, coloquei a mala, travesseiro, coberta e seguimos para a casa do Felipe, ele já entrou brincando, provocando, daquele jeitão dele.

Fomos até a casa do Vini, íamos seguir ele, melhor que GPS, a chance da gente se perder na área rural era alta. Saímos da casa do Vini 21h30 e ainda tinha pelo menos 1h de viagem, até chegar na chácara.

Fomos apostando corrida até a entrada do bairro, depois disso seguimos atrás do Vini. Após um tempo finalmente chegamos, já era quase 23h, descemos do carro, colocamos as coisas na geladeira e fomos ver os quartos.

Tinha quatro quartos, uma suite, que ficou para o Vini, o dono da chácara, dois quartos com beliche e um quarto com cama de casal. Fábio e Cadu decidiram ficar num dos quartos com beliche, Marcel e eu fomos para o outro quarto com beliche e Felipe foi para o quarto com a cama de casal.