Diário de um Submisso

A verdade!

Semanas se passaram desde a última mensagem que mandei para o Felipe, nem imaginava que teria resposta...

Não acredito que perdi a pessoa mais incrível que conheci...

Eu não sei mais o que fazer, não tenho ânimo para nada, não quero comer, sair de casa, por que isso foi acontecer com a gente?

Acho que minha mãe percebeu, porque constantemente vinha no meu quarto me perguntar se eu estava bem, o que estava acontecendo.

Apesar da sua preocupação, não queria contar. Heitor ligou os pontos, já que ele sabia da nossa história, veio conversar, dizer que é assim mesmo o termino, mas nós nunca namoramos nem nada, eram apenas brincadeiras.

Apenas brincadeiras...

Já tinha perdido as esperanças quando recebo uma mensagem no meu celular.

"Na minha casa às 15h

Hoje"

Meu coração acelerou...

Ele estava me chamando para ir na casa dele, será que queria conversar?

Mal recebi a mensagem e já respondi com "OK". Era sábado de manhã, ainda tinha que esperar algumas horas, mas já fiquei ansioso.

Me levantei da cama, fui tomar um banho, me arrumar e ficar esperando pelas 15h, não conseguia conter a minha ansiedade, fiquei andando de um lado para o outro, olhando no relógio, não conseguia me concentrar e mais nada!

E foram as piores horas da minha vida, elas não passavam. E depois de longa espera, muita ansiedade e nervosismo, chegou às 14:30. Mesmo a casa dele sendo a menos de 10 minutos da minha, eu já fui direto, ficaria esperando no portão, não me importo, mas preciso chegar lá no horário, ou melhor, antes dele, vai que ele desiste né?

Cheguei em sua casa e vi seus pais saindo de carro, eles me cumprimentaram e já me falaram para ficar na sala, o Felipe estava tomando banho.

Acabei entrando para não dar qualquer sinal de problema, mas fiquei na porta esperando ele descer.

Minhas mãos tremiam, estava suando, meu coração estava acelerado, era pior que entrevista de emprego, nem no dia da nossa primeira briga fiquei assim. Tinha que fazer tudo certo, quem sabe poderia ter ele de volta de alguma forma...

Enquanto esperava mandei mensagem para ele.

"Estou na porta esperando

Vim mais cedo e encontrei seus pais

Eles me deixaram entrar, mas como não queria atrapalhar o que você planejou, resolvi ficar aqui na porta esperando"

Após uns minutos recebo a resposta curta e direta

"OK"

Fiquei esperando por mais um minutos, sofrendo com a demora, com palpitações, suando feito um porco, mas tudo isso valeu. Quando ele abriu a porta, estava apenas de short preto de academia, pude admirar aquele corpo malhado que tanto gosto.

Ele me encarou e me disse:

- Entra, pode esperar na sala!

- Sim, senhor!

Eu entrei e fiquei sentado esperando, ele foi até o quarto dele e vestiu uma camiseta branca, trouxe também o videogame que ficava no seu quarto. Estranhei aquilo, mas não questionei.

Ele ligou na TV da sala, colocou um jogo de futebol e me entregou um controle, não questionei, apenas peguei o controle, logo começamos a jogar, no começo foi difícil, estávamos e silêncio jogando, única coisa que dava para escutar era o som do jogo. Ficamos assim por duas partidas, ele puxou papo comigo, como antigamente.