three

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Catherine Zeta-Jones

Naomi tinha saído com o carro, estava sentada no armazém vendo qual dos vinhos iria levar já que não sabia o que iria ter lá. Antes de terminar a taça ouvi um barulho de motor e logo depois a voz soou;
—Rinny! —levantei abrindo a porta colocando somente a cabeça para fora.
—Aqui, meu bem — ela praticamente pulou em cima de mim que estava com os braços abertos para lhe receber
— Te amo! — sussurrou sem mais nem menos o que me fez sorri baixo, comecei espalhando beijos pela sua cabeça.
—Eu também te amo, meu amor - rodeei sua cintura a puxando para cima começando a rodar, logo ouvi sua gargalhada. Sempre fazia isso com Naomi e nunca perderia a graça de ver-la bambeando depois, não que eu não ficasse tonta.

— Sabe o que devemos levar? — perguntei assim que a coloquei no chão.
-— Talvez um do porto, estão fazendo churrasco! Inclusive, percebeu os olhares da Emma? Quero ver até onde ela vai — sorrir com o comentário, que era ciumenta não tinha dúvidas, mas a Myers era jovem demais para me olhar do jeito que ela está insinuando.
— Veremos até onde vai, mas vá se arrumar eu já estou subindo —ela assentiu subindo, separei o vinho do porto que ela escolheu e um tinto específico, já que terá carne vermelha e fui tomar banho.

Eram 11:25 e queria chegar lá antes das 12:00, então adiantei e como já sabia que roupa iria usar seria mais fácil; uma blusa branca de gola baixa, calça e é claro o cinto com fivela.
  Não demorou muito para ouvir Naomi me chamar, os cinco minutos que levam para chegar lá foi reduzido a três, parecia estar cheio então nem entrei, apenas estacionei na frente do portão saindo logo depois. Dava pra ouvir o som da música, não estava alta e nem estava baixa, como estava aberto Naomi entrou primeiro levando as duas garrafas em mãos, fui logo atrás encontrando Eduardo em pé na frente da porta, parecia me esperar

—Zeta! —abriu os braços e lhe retribui o abraço.
—Pode ser apenas Catherine para você, Eduardo — ele assentiu ainda com um sorriso no rosto, entramos conversando o que pareceu normal até encontrar todos no quintal que simplesmente pararam de conversar quando apareci na porta. Parece que não esperavam me ver ali e não faziam questão de esconder, talvez porque eu fosse fechada a amizade tão rápido e com alguns deles nem tinha ainda, mas com os Myers é completamente diferente parece que algo me puxou para eles eu não iria contra o universo, não é mesmo?

— Agora sim podemos começar, a convidada especial já está aqui — Evelyn comentou me deixando sem graça, já que além disso abriu um grande sorriso em minha direção. Rodei o quintal com o olhar e tirando o parte que estava em um sol de meio dia só tinha dois lugares perto de Emma, já que eu me recusava a me sentar perto do Marcelo e de sua família. Já tive uma briga com aqueles dois antes e não iria me submeter a tal ponto. Então fui sentar diretamente ao lado da garota que parecia nervosa ao me ver.

— Vem aqui sempre ou é a primeira vez? — puxei um assunto para o clima não ficar pesado.
—Todas as férias, mas não gosto daqui! — franzi o cenho, como pode não gostar de uma paz como essa?
— E por que não? — indaguei prestando mais atenção na loira.
— -Um, não tenho amigos aqui. Dois, tenho minha faculdade para terminar e três, não tem um shopping aqui…— enquanto ela falava fiquei meros dois segundos analisando o conjunto que escolheu antes de ficar indignada com o que ouvi.

— Já entendi — voltei a olhar para ela — Você é do tipo "garotinha mimada do papai"— disse fazendo aspas com as mãos. A vi levantar um das sobrancelhas assim que ouviu minhas palavras como se estivesse ofendida, senti uma onda de invadir meu corpo pela cara de raiva formada em seu rosto, era divertido ver as mudanças em sua expressão.
— A senhora nem me conhece, como pode insinuar algo sobre mim? — Um sorriso se formou em meu rosto, não iria perder a chance.

—Não preciso conhecer muito — levantei uma sobrancelha quando a vi semicerrar os olhos — Já conheço o tipo de longe —passei uma das mãos em meu cabelo o jogando de lado. Ela estava prestes a retrucar algo, quando ouviu a voz de seu pai.
— Catherine, querida, me desculpe pela demora. Estava conversando com Marcos, vamos? — ainda a observava com a expressão fechada.
— Imagina, Eduardo! — vi a loira levantar — Podemos continuar?— perguntei a pai dela e desviei o olhar para Marcos, que a observava.

A Dona da Fazenda ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora