— Pai? — Me agarrei ao ferro da escada olhando com uma expressão um pouco assustada.
— Faz uma pose aí, quero mandar no grupo da família — fiz uma pose qualquer antes de subir, olhei para Catherine que ainda estava mais branca que seu normal, olhei novamente para meu pai e ele já estava sumindo do meu campo de visão. Saí da água e fui atrás dele.
— Pai... — puxei assunto vendo-o largar o peixe em cima da pia e virar para mim — Nós precisamos conversar... — saiu quase em um suspiro.
— Conversaremos em casa, filha — assenti já com um pouco de medo do que viria, eu sou assumidamente bi para minha família, mas não é uma colega da faculdade ou alguém que conheci em uma festa, É a renomada Catherine Zeta-Jones.
— Será que ela dá vinho pro sogrão? Se sim eu pago todos os seus presentes para ela — acho que ele percebeu o quanto estava tensa e essa brincadeira tirou um peso enorme das minhas costas, mesmo sabendo que eu iria enfrentar Evilyn Myers.
— Tenta a sorte, vai que cola — respondi com um sorrisinho
— O que ainda estava fazendo aqui? Vá garantir meus vinhos e minha parceira de pescaria, xó xó — rir um pouco com sua expressão exagerada e sair da cozinha indo para onde nós estávamos minutos antes dele nos ver.
Ela ainda estava na escada faltando três degraus para subir totalmente, me aproximei um passei meus braços pelos seus ombros recostando minha cabeça ali por cima, ouvir sua respiração pesada e logo após sua voz;
— Emma, pare com isso. Como terei coragem de olhar na cara do seu pai agora? — disse tentando se soltar.
— Se você me soltar eu me afogo — avisei com um sorrisinho que a fez parar de tentar se livrar dos meus braços. — Fica tranquila, ele está todo sorridente. — seus olhos focaram nos meus
— Sério? O que ele disse? — pensei se realmente iria falar o que ele disse e resolvi não o fazer.
— Nada — revirou os olhos e subiu os degraus ainda comigo enlaçada em seu pescoço.
— Solte-me— assim o fiz, dessa vez querendo rir por sua carranca.
— Um beijo e eu conto — tentei, afinal quem não arrisca não petisca.
— Não caio nessas chantagens de criança, Emma — e saiu assim sem mais nem menos me deixando paralisada, quase um minuto depois voltou com a minha toalha em seu belo corpo se enxugando.
— Temos que parar com isso — Instantaneamente puxei minha toalha da sua mão — Emma, não seja mimada ao ponto de não aceitar um não como resposta! — revirei os olhos e me virei para sentar na escada, mas senti sua mão em meu braço.
— Dá pra me soltar, por favor? — falei sem olhar para ela que logo soltou. Caminhei para o outro lado e ela veio atras ainda por cima teve a coragem de perguntar:
— E a toalha?
— Seca no sol — respondi antes de ir para onde os homens estavam pegar o pratinho que com certeza meu pai já fez pra mim.
Quase uma hora depois e só quem pegou outro peixe grande foi Catherine, estávamos nos preparando para ir embora e eu ainda não tinha olhado para ela. Fui para a parte de trás para vestir minha blusa e o short e ela veio atrás de mim ficando encostada na borda com um leve sorriso nos lábios.
Tinha vontade de perguntar o que ela quis dizer com " temos que parar com isso" será que queria parar com o que tínhamos? Certo que ainda não tínhamos nada, mas aquilo de hoje foi um começo, não? E como se lesse minha mente sua voz ecoou:
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A Dona da Fazenda ao Lado
Fiksi PenggemarEmma é uma jovem atraente que sempre teve tudo que queria, alguns diziam que era mimada pelos seus pais, ao auge dos seus 25 anos cursava fisioterapia em uma das universidades mais caras e populares da região. Em dezembro, sua familia decide ir pro...