Gloss de pêssego

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A manhã do dia seguinte foi quieta, pássaros cantando e um cheiro delicioso de terra molhada. Havia chovido. 

Os olhos oceânicos se abriam lentamente, se acostumando com a claridade local. Esfregou seu rosto por alguns instantes, fazendo impulso para levantar-se da cama. Antes que chegasse até a porta para a abrir, olhou no pequeno espelho da cômoda. Seu cabelo estava levemente bagunçado, mas poderia ser vista daquele jeito.

Ao abrir a porta, a primeira coisa que sentiu foi o cheiro de café e de panquecas fresquinhas. Acelerou seus passos ainda que estivesse sonolenta, panquecas era o seu prato predileto. Sua boca se encheu d'água quando avistou ali, poucos metros a sua frente, panquecas apetitosas cobertas por mel.

Próximo do prato com as panquecas, leite de gado quentinho cujo acabará de ser fervido, e café. Estava no paraíso.

— Bom dia, querida! Acordou cedo, acabei de fever o leite, caso queira tomar com o café.

— Bom dia, Lydia! Com certeza eu vou, acordei morrendo de fome. Parece que não como nada a séculos.

— Percebo, passo por isso sempre. É exatamente por causa disso que sempre de manhãzinha estou preparando um ótimo café da manhã, fique a vontade, flor! Irei apenas deixar estas cartas no vizinho, volto logo. Não irei demorar.

— Uh-hum! - acenou de despedida, correndo apressadamente para sentar-se na mesa.

Abriu um largo sorriso travesso, estava parecendo, literalmente, uma criança.

Pegou uma das panquecas e pôs um pouco de café na xícara já separada ali em cima, preenchendo o resto com o leite.

Ouviu o barulho de uma porta se abrindo, e logo se fechando. Deduziu de primeira ser Maksim, mas descartou a idéia logo em seguida, se Lydia já estava acordada, e aparentemente o homem trabalha bastante, ele provavelmente acordou bem mais cedo do que ela.

Wednesday veio a sua mente. Por um lado, gostaria muito que fosse ela ali. Mas por outro, não. O clima não ficaria um dos melhores, não teríamos assunto algum. Já que nós não estamos mais como antes da briga.

Já estava começando a perder as contas de quantas vezes desejou que uma boa oportunidade chegasse para conversarem.

Para um suspiro aliviado da Sinclair, a figura do Hoffmann apareceu, bocejando e se espreguiçando. Havia ficado um pouco apreensiva sobre seu cabelo, mas depois de ver o de Zacker, com certeza a apreensão foi embora.

— Bom dia, flor do dia. Dormiu bem?

— Ugh... Fazia tanto tempo que eu não dormia tão bem assim. Parecia até que eu tava dormindo nas nuvens.

— Realmente. É tão confortável.

— Esse lugar é ótimo, longe de energias negativas e pensamentos ruins. Quero nunca mais ir embora, essa é a minha casa.

— .... - a loira apenas riu baixo, voltando a comer.

— Uuuuh, panquecas!?

— Come aí!

...)

Se sentia tonta, sua cabeça doía de uma forma que nunca havia doído antes. Caminhava se apoiando nas paredes, ou caso contrário, cairia no chão.

A primogênita dos Addams fechou seus olhos  com força após mais uma grande quantidade de luz invadir suas retinas.

Acabou cambaleando para frente com o movimento rápido de retirar as mãos das paredes e cobrir os olhos.

Terminando com uma quase queda se não fosse pelas mãos firmes de Enid que agarraram minha cintura, me fazendo cair sobre seu peitoral.

— Wednesday, tá tudo bem?! Você tá pegando fogo...

Amar você não dói mais. W-EOnde histórias criam vida. Descubra agora