Era ela, afinal. Doce Elisa, que tinha um corpo macio e delicado, com sorrisos inseguros mas que o iluminavam. Doce Elisa, com a voz baixa e firme, com a confiança que ganhou nos anos sendo Lady Baratheon; doce Elisa, que quando estavam apenas os do...
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make sure nobody sees you leave hood over your head, keep your eyes down
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NENHUMA ALMA EM WESTEROS ACREDITARIA QUE DAEMON DESEJAVA UMA FAMÍLIA. O Príncipe Rebelde, o Lorde da Baixada das Pulgas e Comandante da Patrulha da Cidade sempre desejou uma família – como não poderia, quando as únicas lembranças restantes de seus pais são eles adorando um ao outro, voando com ele e Viserys pelos céus, fazendo piqueniques em ilhas escondidas pelo mar, os quatro rindo e se divertindo com a intimidade que apenas uma família poderia ter.
Isso foi arrancado dele cedo demais, e as lembranças de amor foram substituídas por luto, por Rhaenys e Alysanne tentando suprir a falta que ele sentia de sua mãe e Viserys assumindo as responsabilidades do pai. Com o tempo, Daemon foi descobrindo sua habilidade com a espada, entendendo melhor o mundo e seu papel nele além das expectativas e inocência infantil e esquecendo tais trivialidades para focar em sua vontade de glória.
Aquele desejo de ter uma família e ser igual seus pais foi esquecido, adormecido, mas quando olhava para os olhos daquela menina de dois anos que se parecia loucamente com a mulher que ele era obcecado, não conseguia evitar os "e se?".
Baelor, o segundo filho de Elisa, chamava Viserys de pai – e Viserra também.
Daemon não se considerava um hipócrita que enganava o próprio coração com mentiras bonitas para esconder a feiura do seu eu. Suas escolhas e ações levaram a conjuntura que ele prendia-se, a culpa não pertencia a ninguém mais. Apesar disso, a dúvida e o sentimento de injustiça e desesperança o corroía quando permitia-se pensar no seu mundo ideal; Daemon não era um sonhador, um homem que deixava-se levar por devaneios irreais e tampouco era o menino inocente que sabia que tudo que um dia foi. Daemon é um homem prático – empírico, até –, ele sabia o que fazer, sabia como se comportar, sabia o que falar.
