Era ela, afinal. Doce Elisa, que tinha um corpo macio e delicado, com sorrisos inseguros mas que o iluminavam. Doce Elisa, com a voz baixa e firme, com a confiança que ganhou nos anos sendo Lady Baratheon; doce Elisa, que quando estavam apenas os do...
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and all i can taste is this moment and all i can breathe is your life
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99 D.C ❦ Castelo Correrrio ❦
QUANDO A LUZ DELICADA DA MANHÃ ATINGIU O ROSTO DE ELISA, ela, agora feita mulher, apenas resmungou, afundando-se ainda mais no calor confortável que estava em sua volta, abraçando sua cintura e aquecendo na noite fria que eram tão raras nas Terras Fluviais, não deixando de sentir seu coração palpitar ao sentir que Daemon ficou. Conforme Elisa foi recuperando totalmente sua consciência, repassou em sua mente todos eventos impudicos da noite passada – se qualquer um soubesse, ela estaria arruinada, mas não conseguia nem fingir que se importava, a noite que ela passou nos braços de Daemon era dela e para ela, sem nenhum dever a ser executado ou expectativas que a enleavam de réu.
Então lembrou-se do porque a noite aconteceu. Daemon estava prometido à herdeira Royce – um capricho de seu avô para tentar controlá-lo e, até o fim do mês, ela mesma seria prometida em casamento para o Lorde Baratheon, recente viúvo que tinha apenas um herdeiro. Duas decisões que ditaram suas vidas e duas decisões que eles não participaram da tomada.
Elisa queria Daemon; queria mais do que deixava-se querer.
Elisa, tolamente e como a mais estúpida das damas, se apaixonou pelo príncipe rebelde – o libertino e selvagem príncipe. As manhãs tomando desjejum juntos e debochando de outras damas e cavalheiros que estavam em Correrrio para o Torneio em homenagem ao dia do nome de Grover Tully; as tardes apresentando o castelo e se entranhando pela vasta biblioteca, falando sobre livros e sobre lugares que ele tinha visitado que Elisa apenas poderia imaginar. As conversas eternas nos jantares, quase inapropriadas de tão concentrados um no outro – Daemon parecia interessado no que ela tinha a dizer verdadeiramente tanto quanto ela estava nele; Elisa até ousou, por alguns momentos, acreditar que ela tinha nele um amigo.
