Kageyama!!//
A nova escola era bonita e bem arrumada - mas não percebi muito isso. Logo que eu e Tsukishima chegamos, reparamos na quantidade de alunos que olharam para nós e todos abriram espaço para passarmos; me senti uma joia rara, oque acho bom.
Mas aí meus olhos se encontraram com aquele garoto ruivo, e não sei oque aconteceu, mas eu só conseguia sorrir.
Essa sensação boa acabou rápido, no instante em que eu olhei para os lados vi Atsumu.
No oitavo e nono ano, estudamos na mesma escola, e ele era simplesmente um SACO de ser humano.
Chato, insuportável, lixo humanóide, sem cérebro, sem vida, sem namorada, sem mãe, sem pai, todos os xingamentos possíveis.
Se eu pudesse, eu quebraria a cara dele mesmo que fosse por 1 dólar. Não, até menos que isso.
Quando ele começou a se aproximar de mim, tinha um olhar perverso em seu rosto; aquele tipo de que bateria em uma criança órfã. Eu senti uma raiva dentro de mim, por que além de tudo ele zoava os outros e achava que tava tudo bem.
Sinceramente, ele não faria falta nenhuma no mundo. Fui em direção a ele também, mas o sinal tocou e todos que estavam em volta começaram a recuar para suas salas; Tsukishima puxou minha mochila e me arrastou pelos corredores até a sala.
- Ei!! - protestei para aquele loiro oxigenado. - Me solta, sua barbie descabelada!
- Já tá arranjando briga, seu papagaio da Amazônia?! - ele disse.
- Não tô!
- Ata, não está, então eu sou cristão agora.
Quase rosno de raiva pra ele, que me xinga de cachorro e me arrasta de volta pra sala. Lá, ele finalmente me solta e escolhemos nossos lugares.
Somos apresentados a turma, e o garoto ruivo não está lá. É uma pena.
Conheci os melhores e piores professores que eu já vi: a professora de Ciências é boa, mas o de cálculo é um demônio na terra. A de inglês é até que bem simpática.
As aulas passam incrivelmente devagares.O sinal finalmente tocou após o terceiro horário;
- Eu vou dar uma volta. Vai ficar aí? - Tsukishima perguntou.
- Sim, vou ficar aqui - eu disse, pegando um pequeno walkman pra ouvir música e o meu sanduíche.
Ele não fala nada e saí da sala, coloco os fones no ouvido e "Boys Dont Cry" começa a tocar. Devoro meu sanduíche, e antes que eu perceba, tem um ser na minha frente. Olho para seu rosto e é o garoto ruivo, segurando meu guarda chuva e com as bochechas tão vermelhas que parecia até um tomate.
Tiro um dos fones e olho pra ele.
- Oi - ele diz.
- Oi - eu digo, ficamos num silêncio por alguns segundos, apenas encarando um ao outro.
- Aqui - ele me entrega o guarda chuva, e percebo o porquê de ele está aqui. - Obrigado por me emprestar ele, achei que não conseguiria devolvê-lo.
- Tudo bem. Ah! E obrigado. - Pego o guarda-chuva e guardo dentro da mochila.
Ele dá um sorriso envergonhado.
- Tchau - ele diz, saindo da sala. Mas acabo de perceber TAMBÉM que não sei o nome dele.
- Ei, qual o seu nome?
Ele olha pra mim, com os olhos brilhantes de expectativa.
- É Shoyo. Shoyo Hinata. - ele diz, sorrindo para mim, e não evito em sorrir de volta.
- É um bom nome. Eu sou Kageyama.
- Tobio Kageyama - ele diz, rindo um pouco - É, eu sei.
E ficamos parados só olhando um para o outro, até que ele se vira e vai embora.
// Hinata!!
MEUDEUSDOCEUEUSOUTAOFELIZ
A sensação de ansiedade passou bem rápido, e o resto das aulas também. Meus amigos me convidaram pra ir no McDonald's, então lá fomos nós depois da aula, envés do treino.
Conversamos sobre notas, escola e falamos mal de professores. Até que Nishinoya começou a falar sobre a página de fofocas da escola, que o cara que fazia era um garoto chamado Suna.
- Aí, a Anne estava grávida e a mãe dela a expulsou de casa. - ele disse, olhando para a página do jornal escolar. - que bobagem. A Anne não é, tipo, a mais crente da escola? Não é ela que queria virar freira?
- Não, essa é a Mary Anne - comentou Yachi, olhando a página também. - Não duvido nada dessa página, mas quem sou eu pra julgar a Anne. Coitadinha...
Yamaguchi parecia meio perdido atrás de nós, então me juntei a ele e enrolei meus braços no seu.
- que foi, iogurte? - perguntei, sorrindo para ele. Ele sorriu de volta.
- Tá tudo bem, só tô meio pensativo.
- Pensativo com oque? - cutuco ele com meu cotovelo.
- Hehe. - ele apenas riu e suas bochechas sardentas ficaram rosadas, e eu sabia que deveria parar ali, se não eu mataria o menino de vergonha.
Andamos até o estabelecimento, e você não vai acreditar;
Quando estávamos pra entrar, a banda inteira da Karasuno tava acabando de sair.
Kageyama me olha novamente, e MEUDEUSDOCEUQUEHOMEMBONITO
- Oi, Shoyo, né? - ele disse, dando um sorriso quase imperceptível.
Eu tava tão desesperado que Yachi respondeu que sim.
- Olá - eu disse, quase tentando não me enfiar num buraco ou me jogar nos braços dele.
- Olá. - ele disse, e tudo ficou num climão. Eu comecei a dar Oi pra todo mundo na banda e meus amigos também: e senti que havia alguma coisa entre Asahi e Nishinoya.
Logo eles foram embora e entramos. Enquanto nossos pedidos, questionei Nishinoya.
- Aiai, Shoyo... - ele riu. - nem sei como não tinha percebido.
- OQUE?! - eu quase chamo a atenção da lanchonete inteira, então me aproximo dele. - Oque?
- é. Eu tive um caso com ele depois do show.. - ele disse, orgulhoso. - Beijo, tals.
Eu começo a surtar como um louco. NOPRIMEIRODIAMANO
- Vocês nem se conhecem...
- Ele é gostoso, é suficiente pra mim.
- Meu Deus do céu... - eu lamento.
- meu Deus do céu, mesmo - Yachi o olha, julgando. - Nishinoya mal.
- Ah, gente, para né. A gente se protegeu...
- Não queremos detalhes - Yamaguchi diz. - Poupe nos...
O assunto logo vira uma normalidade e conversamos e comemos, oque é muito bom (adoro as batatas do McDonald's e a coca, oque eles colocam pra ela ficar tão boa?!) , mas logo volto para casa.
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1980s Haikyuu!!
FanfictionNos anos 1989, em uma movimentada cidade da Califórnia, conheça Hinata Shoyo, um garoto carismático e talentoso que adora patinar pelas ruas ao som da banda de rock "Karasuno". Enquanto dança ao som de suas músicas favoritas, ele nutre uma admiração...