1980s Haikyuu!!

Capítulo XVI

time skip. 3 anos depois.

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Os anos tinham se passado em um piscar de olhos... Eu mal podia acreditar na vida após o ensino médio. Mas agora que ela chegou, é tudo diferente e meio estranho. Agora eu era praticamente um adulto, mas, não me sentia exatamente como um adulto. É como se eu fosse ainda aquele garoto do ensino médio – animado, feliz, querendo beijar e abraçar – só que agora com responsabilidades a serem cumpridas, se não, era basicamente "imaturidade".

Estava pensando sobre isso faz algum tempo.

A formatura foi a algumas semanas. Yamaguchi já estava entrando em uma faculdade, com os vários projetos que fez durante o ensino médio, eu não esperava menos dele. Já Yachi, está tentando ir para Michigan para trabalhar e tentar conseguir uma bolsa pra Paris, onde quer fazer faculdade moda... Já Nishinoya, foi pra Nova Iorque tentar a vida "American way of life"...

Agora a banda de Kageyama tinha bombado totalmente. Estavam em turnê quase sempre. Ele tinha planos de fazer uma faculdade de música, mas, estava meio distante pelo tanto de afazeres e pressão da nova Agência que tinham conseguido.

E eu?

Eu não sei.

Não estou pensando em nenhuma carta de recomendação, faculdade, nada.

Eu só estava meio atordoado, com todas essas mudanças. De repente, eu estava totalmente sozinho. Natsu estava totalmente imersa na faculdade de medicina, já que está pra virar residente. Mamãe? Sempre ocupada demais, mas eu sei que ela dá seu melhor todo dia.

Já faz dois anos que comecei a praticar patinação no gelo... E eu realmente sou bom. Mas na escola que eu tava não tinha nenhum clube para eu conseguir uma bolsa, ou algo do tipo, pra entrar em uma Universidade. Então, eu ia fazer 19 anos e não fazia nada da minha vida além de arrumar a casa, me exercitar e jogar.

Meu relacionamento com Kageyama não está exatamente difícil, mas estamos em um momento muito complicado da vida; a parte dos quase vinte anos, a sensação que tem que começar logo, para que aos 40 você já tenha a casa quitada, um carro e uma vida estável.

Ele estava construindo isso, e eu não.

A imprensa nem sabia que ele tinha um relacionamento. Principalmente com outro cara...

Eu de alguma forma sentia que eu era um peso na vida dele. Só ia dificultar as coisas para ele. Para o mundo, ele é um dos solteiros mais cobiçados e bonitos, uma estrela do rock em ascensão. Oque eu era perto dele?

Eu sei que não deveria sentir isso sobre ele, ele é meu namorado, não alguém para eu ter inveja.

Mas, quando ele entrou pela porta da minha casa, eu soube que não estava mais dando certo.

Ele me abraçou forte e me beijou, mas eu só sentia vontade de chorar. Estava ansioso, sozinho e sem objetivos. Eu era um peso para ele.

– Eu preciso falar com você. – Digo, tentando não olhar para seus olhos tão azuis e que agora pareciam confusos. – Eu quero terminar.