Capítulo 10: Cygnus

1.5K 90 94
                                    

Notas da autora: Oi! :) Segue alguns avisos. 

Primeiro, alcançamos exatamente a metade desta história longa de longas conversas e reflexões. Chegaremos a uma culminância, eu prometo. Obrigada, de coração, a todos que acompanham. 

Segundo, as atualizações serão semanais, provavelmente às segundas-feiras, devido ao estreitamento da minha rotina e à necessidade de uma semana para finalização de cada capítulo - que estão ficando ridiculamente longos, porque eu, simplesmente, não consigo parar de falar (sempre há tanto a se falar sobre Helô e Stenio, não é mesmo?).

É isso. Boa leitura. <3

"Você finalmente teve a oportunidade de dançar sob a luz do dia?"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Você finalmente teve a oportunidade de dançar sob a luz do dia?"

Verão de 2011.

Há algo excepcional em colecionar cada momento, tendo a sábia certeza de que as coisas, embora findas, ficarão para sempre no lugar em que tudo se pode guardar.

Nos confins da mente, não há reprimir.

Viver uma fase da vida é como desenhar memórias sob o visor de um caleidoscópio. Helô, no auge de seus dezoito anos, tinha toda a intenção de construir cada uma de suas lembranças para que, mesmo quando estivesse distante daquilo que a fazia sentir viva, pudesse sempre olhar para dentro de si e encontrar tudo que necessitava.

O verão de Adele, com Rolling In The Deep, de Born This Way, por Lady Gaga, Do Lado de Cá, do Chimarruts, e de Long Live, por Taylor Swift, trazia mudanças não só na diversidade do gosto musical da morena.

Muito do que se via em sua forma de vestir e de se maquiar era novo, afinal, muita coisa havia mudado. Haviam passado pelo final de uma década.

Era o início de uma era.

Entretanto, aquele verão não era outra coisa senão a junção de muitos outros. Helô poderia listar todos os acontecimentos que a fizeram chegar ali, mas seria pontual em abranger apenas os eventos mais importantes - há uma necessidade constante de sermos objetivos, ela diria, caso tomasse as rédeas da narração.

O início de março trouxe consigo o seu primeiro período na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em seus dezoito anos, ela organizava sua mudança para o Flamengo, num lugar compartilhado com mais duas amigas que a ajudaria a viver a experiência universitária da forma como desejava. Ela havia considerado uma boa escolha, embora seus pais tivessem suas resistências em deixar a filha caçula ir para longe ainda tão nova. Helô era nova, mas o bairro não era tão longe assim, e ela sentia que precisava disso.

Além de que, sentir-se livre era parte de sua natureza, do que a fazia sentir-se bem. Culpe os astros, culpe sua lua em aquário. Ela queria, então faria isso.

E, nos últimos tempos, 'liberdade' era a palavra de ordem de todos os seus mundos e relacionamentos.

Sim, se sentia livre por poder escolher o curso que quis, na faculdade que quis, e ainda poder decidir onde e com quem viver. Livre porque havia escolhido dizer sim para coisas das quais ela tinha medo, como encarar as aulas para tirar a carteira de habilitação - diferente do que ela pensava que seria, sua primeira aula foi um desastre, e ela quase desistiu de dirigir para todo o sempre.

Drops of JupiterOnde histórias criam vida. Descubra agora