Conto de Natal: Supernova

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Notas da autora: Oi! :)

Esse conto de Natal consiste num tributo a personagens que me são muito importantes. Além disso, é um capítulo longo – tão longo – e cheio de cenas que são puramente amor: Helô e Stenio de Drops em sua mais pura e sentimentalista essência. Mas, o capítulo se resume em si, então não esperem uma continuação proveniente daqui. 

Muito obrigada a quem desejou essa adição à história, me deu ideias e me motivou a escrever.  Aos que são viciados em calendários, como eu, aqui temos um recorte de um Natal que se posiciona dois anos após a última cena do epílogo. 

Espero que aproveitem a leitura. Boas festas a todos. <3


"Com a respiração falhando,

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"Com a respiração falhando,

Eu explicarei ao infinito

Como é realmente raro e belo o fato de existirmos."

(Saturn, Sleeping At Last)


Heloísa.

Eu poderia contar a história de muitos Natais que eu e Stenio protagonizamos até então.

Poderia falar da vez em que ele deixou que meu cabelo, longo e sedoso, ficasse preso na árvore de Natal da casa dos seus pais quando éramos crianças, ou sobre como eu joguei a bicicleta dele na piscina, quando não éramos mais tão crianças assim. Poderia, ainda, contar sobre como voltar para casa no Natal, já na época da faculdade, se tornou meu refúgio, porque o verão sempre foi a maldita estação para nós, mas eu sabia que ele seria o meu amor pelo tempo que eu quisesse.

Nossas histórias sempre foram contadas no verão.

Escolhi mais uma delas. Essa é a história do nosso presente – em todos os sentidos.

Gosto da sensação que temos ao fim de um ano, como se todos os males do mundo não fossem capazes de nos atingir. É a sensação de descansar em quem você ama, ganhar presentes e se reconectar consigo.

Você sempre é feliz no Natal.

Certo?

Bem, há controvérsias.

O desse ano trazia um sentimento agridoce. Stenio me observou, sentado em sua poltrona no avião, como quem sente dor. Seu rosto tinha uma expressão tão caricata e sofrida que chegava a ser engraçada, se eu não soubesse exatamente o que o permeava naquele momento.

Obviamente, ele estava se sentindo culpado.

Neste fim de ano, brigamos um pouco mais do que o esperado para um casal com apenas três anos de matrimônio, quase quatro. Existia uma crise nessa idade? Não sei. Se bem que, essa conta não é tão válida para nós dois: são apenas três anos de casados, mas temos uma vida inteira juntos.

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