capítulo 1

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🔱 Jimin 🔱

Acordo com seu corpo sobre o meu, Rosé como sempre é espaçosa e não tem senso, devagar coloco seu corpo ao meu lado e sigo para o banheiro, assim que volto vejo meu pai Ícaro na porta sorrindo

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Acordo com seu corpo sobre o meu, Rosé como sempre é espaçosa e não tem senso, devagar coloco seu corpo ao meu lado e sigo
para o banheiro, assim que volto vejo meu pai Ícaro na porta sorrindo.

— Como consegue? Ela é muito espaçosa. — Sorrio de sua fala.

— E tem como expulsar? Sabe bem como ela é persuasiva, mal conseguiu dormir por saber que vamos morar em Roma juntos.

— Ainda acho que poderiam ficar na nossa casa.

— Pai, vocês nem ficam por lá, eu sou treinado, teremos uma equipe de segurança que valem por mil homens, estaremos bem. — Caminho até ele abraçando-o.

— Quando for pai vai entender meus medos.

— Será que teremos um pequeno eu?

— Não agora, garoto! Começa sua faculdade semana que vem, tem seis anos pela frente, acho bom criar juízo, ainda estou novo demais para ser avô.

— Eu não acho. — Meu pai Damian chega envolvendo seu amor num abraço. — Pelo visto ela veio se enfiar por aqui esta noite — fala nos fazendo sorrir.

— Estou ouvindo vocês daqui, podem parar.

— Vamos, bebezinho, o papai fez café e está tudo lá embaixo esperando vocês — nosso pai Damian fala fazendo com que ela sorria e
resmungue ao mesmo tempo.

— Paaaai! — Ela se espreguiça e nosso pai Damian vai lá pegá-la nos braços enquanto descemos para o café.

Eu tenho 1,85 de altura sou um pouco maior que meu pai Ícaro, meu corpo já está definido mesmo aos 18 anos, treino desde os quinze e minha genética é igual ao do meu pai Damian.

— Por isso que ela tem tudo que quer, é só fazer drama — rebato enquanto nos aproximamos da mesa.

— Inveja por não ser você o privilegiado a me carregar? — Pisca para mim com aqueles grandes olhos verdes e o sorriso mais lindo do mundo.

— Garota, você tem vinte e um anos, precisa crescer.

— Parem os dois, jimin, você sabe que Rosé é e sempre será o bebê do papai — meu Pai Damian fala e o seu sorriso fica ainda maior.

— Dos papais — ela informa ganhando um abraço do pai Ícaro.

— Pai, preciso repensar, acho que vou ficar na casa de vocês, essa garota vai acabar com minha sanidade e eu não vou mimá-la dessa forma.

— Você não é nem louco! Já arrumei seu quarto e todo nosso itinerário. — Aponta uma faca em minha direção

— Rosé, abaixe a faca, pelos céus, vocês nunca param de brigar e ficar de rusgas.

— Ela que é mimada demais.

— jimin, você é homem, sua irmã precisa de proteção — meu pai Damian rebate.

— Proteção é diferente de mimar, que é o que fazem com ela.

— Bom dia família. — Tio Darko atravessa a porta e ela corre louca pulando em seus braços.

— Agora sim minha manhã está completa. Estava com saudades, meu gigante, faltava só você para me despedir. — Reviro meus olhos quando Tio Darko gargalha de suas palavras.

— Acredita mesmo que não viria me despedir da minha preciosa?

— São vocês que a estragam — rebato e todos riem.

— Você precisa namorar, arrumar alguém para cuidar, um gato seria uma ótima pedida. — Ela me mostra a língua de forma muito adulta.

De alguma forma essas suas palavras me atingem, não sei o motivo de não gostar de ouvi-las, ainda mais vindo dela.

Três anos depois...

Olho as horas e são quase sete da manhã, pulo da cama e longos cabelos loiros se desenroscam de mim, começo a juntar minhas coisas, e descobrir onde é que eu realmente estou. Vou me vestindo pegando minhas coisas e saindo pelas escadas da casa da fraternidade, aos poucos minha memória começa a funcionar e me recordo da festa de final de semestre e quando fiquei aos beijos com a garota que não me lembro o nome.

Entro no meu carro e sigo até em casa, mas não sem antes passar na cafeteria e comprar o café de Rosé, que a esta hora deve estar acordando.

Compro tudo e sigo para casa, no momento em que estaciono vejo a minha escolta fazer o mesmo, aceno para eles e entro em meu prédio, abro a porta e caminho até a cozinha deixando as chaves e minha carteira sobre o
balcão.

— Onde esteve? — pergunta com cara de poucos amigos.

— Festa da fraternidade.

— Estudantes e suas coisas idiotas — resmunga, sentando-se na banqueta começando a comer as coisas que trouxe.

— O que disse?

— Que são idiotas.

— Qual o seu problema? Nosso convívio tem ficado insuportável no último ano, Rosé.

— Como não, você não dorme mais em casa, vivi em festas, éramos uma dupla e você simplesmente decidiu que não.

— Garota, depois que acabou seu namoro com aquele babaca aspirante a fotógrafo está insuportável conviver com você.

— Miguel não era babaca — defende-o.

— Não? Por que não estão mais juntos? — Viro-me para ela.

— Porque não deu certo — responde sem me olhar nos olhos.

Decido não falar mais nada, há dois anos vivo no inferno, desde que me vi sentindo coisas estranhas todas as vezes que a tocava, ou que se aproximava, seu olhar me queimava e, maldição, eu queria queimar.

Ser apaixonado pela minha irmã é como pisar em solo sagrado e profaná-lo, então são festas e mais festas que me mantém são, sem que eu cometa a porra de uma loucura. Todas as vezes que a vi com Miguel quase o assassinei, queria sentir o cheiro do seu sangue escorrendo após cortar sua garganta.

Eu e Rosé sempre fomos uma dupla inseparável e só escolhi medicina porque lhe fiz uma promessa de que salvaria todas as crianças que tivessem câncer como ela.

Tomo um banho e não tenho coragem de ir até a cozinha pegar meu café, jogo-me na cama com o travesseiro cobrindo meu rosto, quando ouço batidas na porta.

— Jimin-si. — Sua voz me chama.

— Oi — respondo.

— Posso entrar?

— Sim.

Assim que a porta se abre ela me olha com o copo de café na mão.

— Trouxe seu café.

— Desde quando pede licença para entrar no meu quarto?

— Desde quando parece que deixamos de ser tão próximos, você não me deixa mais dormir aqui e eu me sinto excluída.

— Rosé...

— Tudo bem, Jimin-si, vamos esquecer isso, você cresceu tem outras prioridades, jamais deixaremos de ser família. — Engulo seco.

— Vem aqui — chamo-a me sentando na cama abrindo meus braços como sei que ela gosta.

Mesmo que essa proximidade me enlouqueça eu permito, se existe algo que me destrói é imaginar que de alguma forma ela sente dor ou mágoa, ou até mesmo se decepciona.


Jirose - LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora