•Memories•

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—Capítulo Único: Memories—

—Capítulo Único: Memories—

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Eu não devia ter feito isso... quero tanto pedir desculpas a ele...

Eu estava no banheiro do colégio, chorando, arrependida. Tentava afastar da mente o que havia acabado de ocorrer, mas parecia que quanto mais eu insistisse, com mais intensidade as memórias viriam. Parei, respirei fundo, buscando um pouco de ar, e fechei os olhos. Percebi minhas mãos tremendo um pouco.

Há pouco estive em uma situação constrangedora, e deu tudo errado. Estou me sentindo culpada. Douma e eu estávamos na escola, e ele me chamou para conversar, um pouco mais isolado do resto das pessoas lá. Enquanto se aproximava, ele dizia o quanto gostava de mim, e que se eu lhe desse uma chance ele podia me fazer feliz e tal... sabe, as conversinhas fiadas dele. O desgraçado ficou tão perto de mim que acabei ficando contra a parede. Eu fiquei muito envergonhada, dei mais um fora nele e saí dali o mais rápido possível, porém, Giyu nos pegou no flagra e interpretou errado a situação. Até aí tudo bem (não tão bem assim). O problema real chegou quando a aula acabou. Estávamos no pátio, indo em direção à saída. Meu namorado não queria mais conversar comigo. Lhe perguntei diversas vezes o que estava o incomodando, mas ele não me respondia, até que houve uma hora em que eu já havia o perguntado tantas vezes, que ele me falou.

– Shinobu. Eu vi aquilo. E você sabe bem disso.
– Mas... eu posso explicar.
– Não. Eu... não quero falar sobre isso. Não agora. Eu sei o que vi.
– Quer saber? Então interprete do jeito que quiser. Eu estou com a verdade. Se quiser ir e me deixar, pode ir. Faça o que quiser, idiota!

Eu esperava tudo, menos o que aconteceria a seguir. Ele se simplesmente saiu pelo portão e foi embora. Tentei ir atrás dele, porém, Giyu apenas me disse.

– Shinobu, eu estou decepcionado. Me dá um tempo pra pensar. Eu... vou embora. Não vá atrás de mim e não me ligue. Por favor.

Ele me lançou um olhar triste, antes de sair e depois de alguns segundos, desaparecer em meio a chuva. Foi nesse momento em que meu mundo desabou.

Abri os olhos, ainda um pouco desnorteada. O que eu faria agora? Quando ele voltaria? Será que ele vai voltar? Me perguntava isso repetidas vezes. As memórias ainda atormentavam minha mente e era bem difícil silenciá-las naquele momento. Acabei decidindo dar uma olhada em como estava. Saí da cabine e observei meu reflexo no espelho, estava um pouco vermelha e com os olhos inchados. Respirei fundo mais uma vez, pensando em fazer uma coisa. Saí dali, iniciando minha ideia completamente maluca. Passei pelo portão do colégio, colocando meu plano em prática. Giyu não poderia ter ido tão longe, poderia? Sinto algumas gotas de água caírem em mim, mas não estava chovendo forte o suficiente para eu me dar o trabalho de tirar minha mochila das costas e pegar um guarda-chuva. Pego meu celular dentro do bolso do moletom que meu namorado havia me emprestado. Eu nunca o devolvi. Aquele moletom tinha seu cheiro, e eu adorava usá-lo. Disco seu número no telefone e aperto no botão para ligar. Sei que ele disse que não era para fazer isso mas... não tinha muitas opções. Ainda estava andando sem rumo pelas ruas, enquanto esperava que me atendesse. Caiu na caixa postal uma vez. Duas vezes. Três. Na quarta tentativa, enfim ouvi uma voz do outro lado da linha.

– Giyu!
Shinobu. Eu disse para não me ligar. Onde você tá?
– E-eu não sei! Estou te procurando há mais de meia hora!
Ah, cacete. Me manda sua localização e fica aí. Eu estou indo.
– Mas... você disse que não queria mais falar comigo.
Isso não vem ao caso agora. Depois nós conversamos.
– Me manda a sua localização também. Nos encontramos no caminho.

Ele desliga a chamada. Fiquei confusa, já que ele não parecia mais tão bravo. Como ele pediu, mandei minha localização, e ele mandou a sua. Realmente não estava tão longe. A chuva começou a ficar mais forte naquele fim de tarde escuro. Fui caminhando para o local onde ele estava, ainda pensando em como iria me desculpar. Pratiquei um milhão de discursos diferentes na minha cabeça, mas nenhum deles parecia funcionar bem. Nós passamos por tanta coisa... rimos juntos... choramos juntos... eu não poderia deixar nosso relacionamento acabar por causa de uma briga. Conforme chegava mais perto, ficava mais nervosa com o que estava por vir. Virei a rua e lá estava ele. Meu coração acelerou quando nossos olhares se cruzaram em meio a toda aquela chuva. Tomando uma decisão precipitada, corri na direção de Giyu, o abraçando desesperadamente. 

– Giyu... – Digo, em meio às lágrimas que insistiam em cair pelo meu rosto. - Não queria ter dito aquelas palavras para você.
– Me explique o que aconteceu. – Fala, calmo, algo que eu não esperava neste momento.

Me afastei dele e olhei em seus olhos. Não pareciam demonstrar raiva. Ok, isso já era bom. Suspirei, reunindo todas as minhas forças para falar.

– Bem... Douma se declarou para mim hoje. Ele foi se aproximando e eu fui recuando. Estava com um pouco de medo do que podia acontecer. Ele me deixou contra a parede e... bem, na verdade você sabe o resto. Me desculpa, por favor... eu não devia ter deixado chegar naquilo.
– Ok. Só... queria saber o que tinha acontecido.

Ele corta nosso contato visual, desviando o olhar para baixo, e depois se aproxima um pouco. Ficamos num silêncio ensurdecedor por alguns instantes, se ouvia apenas o som da chuva, as gotas de água batendo no chão. Giyu me abraça, me confortando em seus braços. Respirei fundo, era tão bom senti-lo alí comigo novamente...

– Me perdoa...
– Shh, calma, está tudo bem. Você não teve culpa. Na verdade... eu quem devia te pedir desculpas. Acabei tirando conclusões precipitadas e... falei aquelas coisas para você. Me desculpa.

O que? Ele estava pedindo desculpas para mim? Não achava que isso era necessário. Acho que estava me culpando um pouco demais, porém, agora havia notado que culpa não era apenas minha. Aquelas palavras foram muito importantes para que eu percebesse isso.

– Tá bem... obrigada.
– Pelo que?
– Por me desculpar. E por assumir parte da culpa. Estava muito chateada comigo mesma, mas percebi que não foi tudo por minha causa. Obrigada por me fazer enxergar isso. Giyu... eu amo você.

Dou um sorrisinho em meio às lágrimas, e percebo que por um único momento, ele sorriu de volta. Fico aliviada por ele ter me perdoado, achei que não seria tão fácil, porque embora pareça ser frio e até um pouco antipático com os outros, conheço ele suficientemente para saber que é gentil e sensível por dentro.

– Eu também amo você. Muito mesmo. E então... vamos pra casa?
– Vamos.

Fim!

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Notas:

• Oi galerinha! Tudo bom com vocês? Eu meio que tirei a ideia pra essa fic de uma música chamada "Still With You" do Jungkook (sim, eu gosto de kpop). O que acharam? Espero que tenham gostado.

• Sim, vou tentar trazer fics de outros casais, me dêem sugestões do que vocês querem que eu escreva. Com certeza vou usar.

• Bem, é só isso por hoje, deixem um voto aqui, por favorzinho. Tchauzinho, beijos da autora💜.

Memories - GiyuShino [One-Shot]Onde histórias criam vida. Descubra agora