XEQUE-MATE - malila

•Castigo•

Narrator's point of view

Ao lado de fora do tribunal Thurgood Marsh, havia uma multidão sedenta por informações sobre a sentença dada ao caso Gentilli. Maraisa foi alvejada por flashes assim que colocou os pés para fora, recebendo atenção de todos os jornalistas e repórteres presentes.

"O que vai acontecer agora que seu marido foi condenado? Você assumirá os negócios?"

" Gentilli, é verdade que seu casamento acabou? "

" Seu marido a culpa pelo que aconteceu? "

- Saiam todos! – Exclamou um dos seguranças. – A deixem passar!

A latina foi conduzida entre o aglomerado de pessoas que disputavam pelo melhor ângulo. Queriam registrar cada detalhe do assunto que tomava conta dos telejornais Nova Iorquinos. Com certa dificuldade, a morena conseguiu se juntar a Maiara, que seguiu caminho em direção ao rolls-royce estacionado mais à frente.

" Sra. Gentilli, você será a presidente da Gentilli Enterprise? "

- Ela não tem nada a declarar no momento, respeitem isso! – Maiara retrucou com firmeza.

Ambas as mulheres adentraram o carro luxuoso, deixando para fora a selvageria dos fotógrafos.

- Céus! Está famosa, e eu não sabia?! – Exclamou ofegante.

Maraisa riu um tanto nervosa.

- Famosa por ser mulher de um criminoso! Mas, enfim, vamos embora daqui. Carlos, por favor.

O homem assentiu rapidamente e logo iniciou nosso trajeto para longe do tribunal.

- Eu não consegui ver Marília depois que saí da sala. Estou preocupada.

Maiara, que encarava a paisagem ao lado de fora, apenas sorriu. A loira havia aceitado que a policial não era de todo mal na vida de Maraisa, muito pelo contrário, já havia tido provas da fidelidade de Marília para com seus sentimentos em relação a latina e fazia muito gosto disso.

- Sua policial foi na frente. Não quer que vejam vocês juntas, certo? – Maiara sussurrou.

- Não, ainda não. – Respondeu de forma pensativa.

- O que houve? – Indagou a loira com um olhar curioso.

- Não consigo acreditar que isso aconteceu mesmo. Você tem ideia?

- Deu tudo certo, Mila. – Respondeu a mais nova, entrelaçando os dedos aos de Maraisa. – Nós conseguimos.

Depois de um trajeto tranquilo, ambas chegaram à mansão Gentilli. Carlos estacionou em frente à entrada principal, adiantando-se para abrir a porta para as mulheres, que logo saíram do veículo.

- Você está liberado pelo resto da semana, Carlos.

- Mas, senhora... – Relutou o homem sem entender.

- Aproveite! Todos estão de folga. Eu pretendo fazer uma viagem, então não vou precisar de funcionários aqui.

O homem assentiu e sorriu brevemente.

- Sinto muito pelo que aconteceu, senhora. Espero que fique tudo bem. – Disse ele em um tom gentil.

- Não se preocupe, estou ótima.

- Certo, com licença.

Assim que o homem se afastou, Maiara e Maraisa seguiram para o interior da mansão. Aquela casa agora parecia grande demais, talvez fosse a ausência dos funcionários que circulavam por todos os lugares, ou até mesmo a de Danilo, que não voltaria mais ali.