capítulo 1

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Como falei na sinopse, alguns detalhes na história vão ser mudados, vou manter a personalidade dos personagens, e usufruir de algumas situações que acontecem na novela e modificar se necessário para o contexto da história. Espero que goste, comenta o que achou.

O capítulo pode conter gatilhos, é a primeira história "gay" (fugiu a expressão correta, perdão 😭) que eu publico. Peço perdão se algum ponto trouxer desconforto e me coloco a disposição de mudar algo que fugir da realidade de forma drástica.

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Nova Primavera amanheceu tranquila, a cidade pacata teria uma surpresa inesperada em forma de uma doce idosa.

Dona Sophia, o cabelo cacheado preto salpicado por fios grisalhos, olhos castanho escuro e pele bronzeada, nitidamente pelo tempo excessivo no sol, eram características de uma senhora alta e de expressão fechada, mas com um sorriso doce e olhos brilhantes. Ela chega a cidade de forma contida, não sabia até onde as histórias que chegaram aos seus ouvidos era verdade, mas ela tiraria tudo a limpo e faria o certo.

O Naitandei estava tranquilo, o bar passava por um dia de faxina, como Nice, a atual dona, gostou de chamar. Kelvin se encontrava limpando os banheiros do fundo com a ajuda de Berê, os dois nitidamente não foram feitos para faxina pesada.

Berê: aí sinceramente, o que aquela maluca tem na cabeça pra inventar faxina nesse calor, vontade de pagar seu Rams pra matar aquela ali. - o cansaço e desânimo era nítido na cara e na voz da mesma.

Kelvin: o Berenice, pode parar de chamar o Rams assim que quem pode sou eu tá!? E não vai pedir nada não, eu lá vou deixar meu Rams sujar as mãos com aquela ali, não tchutchu. - se olhar matasse Berê estaria esfriando no momento, a fala do loiro foi finalizada com ele balançando o dedo junto.

Berê: aí Kelvin, que ciúmes. Vou roubar o Ramiro de você não, o homi já tá com os pneus arriados por você, só ele que não vê isso. - o tom inconformado de Berê foi espelhado na expressão fácil de Kelvin, como ele queria que o peão demonstrasse mais por ele.

Kelvin: aí bora beber uma água, que eu vou derreter e eu sou bonito demais pra isso.
Berê estava mais perto da porta e saiu primeiro sendo seguida a alguns passos atrás pelo loiro, quando estavam chegando na parte principal do bar escutaram uma voz diferente de uma mulher e pararam se olhando.

Dona Sophia foi direto ao bar, ela já sabia onde seu primeiro alvo trabalhava e morava, ela só esperava ter dele uma versão melhor de tudo que ouviu. Assim que chegou foi parada por uma mulher alta, de traços marcados e cabelo comprido.

Desconhecida: oi, boa tarde. Precisa de alguma coisa benzinho? Eu sou Luana.

Sophia: Luana, você trabalha aqui? - Luana confirmou com a cabeça - você sabe me dizer onde está o rapaz que trabalha aqui, Keven se eu não me engano?

Luana: Kelvin, sei sim. Ele tá lá dentro limpando o banheiro, vou chamar só um minutinho. - Luana estranhou a mulher pedir pra falar diretamente com Kelvin, ela sabia que o loiro não tinha parentes que mantiam contato.

O dito loiro estava escutando a conversa, ele esperava que não fosse nada sobre seu pai, ele não via o homem a anos mas não desejava nada de ruim.

Kelvin: o Berê, vai lá e pergunta quem é ela. - ele se lembrou de Ramiro falando para ele nunca dar a cara logo de início, pra ninguém fazer mal pra ele.

Berê iria contrariar o amigo, mas ao virar para o mesmo e ver seu olhar preocupado ela repensou, era raro ver Kelvin preocupado com algo que não envolvesse Ramiro, e aquela mulher não era conhecida nem por Luana.

Berê: o minha senhora, espera um pouquinho, a senhora quer falar com o Kelvin e tudo, mas não se apresentou, quem é você em?

Sophia: Ah que cabeça a minha, eu sou Sophia, mãe do Ramiro.

Surpresa em Nova Primavera - HiatosOnde histórias criam vida. Descubra agora