Oii, eu sei demorou. Desculpa pela demora mas tava sem cabeça para escrever.
Quero destacar algumas coisas antes do capítulo, nessa fanfic a Agatha não volta dos mortos, então algumas coisas vão ser um pouco diferentes da novela. Espero que isso não cause nenhum incomodo e que você goste mesmo assim.
Capítulo sem revisão, qualquer erro me avisa e me conta o que está achando ao longo do capítulo.
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Antônio refletiu durante os dois últimos dias, a visita de Sophia trouxe lembranças que o homem se quer se lembrava de ter. Ele se lembrou de Kate, ela era uma garota de programa no bar de Cândida, ele conheceu a mulher alguns anos antes de conhecer Agatha, sua amada falecida esposa, ele gosta de Irene sente uma espécie de amor por ela, mas nada seria comparado a Agatha.
Mas Kate foi importante, do seu modo mas foi, uns dois meses depois de se conhecerem ela ficou grávida. Kate era 'gatota fixa' de um velho quase morto da região, o único outro cara que ela se relacionou foi ele. No início ele não aceitou bem, era muito novo e não queria responsabilidade, isso trouxe uma gestação complicada. Marcos nasceu de oito meses, ele tinha a mesma manchinha que Antônio no ombro direito, foi uma mancha herdada da mãe que ele não esperava passar para nenhum filho, tanto que Caio e Petra não tem a manchinha em forma de gota. Algumas horas depois de Marcos nascer Kate começou a sangrar, o pajé e a esposa do mesmo fizeram o parto, a mulher era curandeira e deixou claro que Kate não iria sobreviver, a garota pediu que ele cuidasse de Marcos, que fosse um bom pai. Antônio não sabia como fazer isso, ele nunca teve a melhor e mais bonita relação com o próprio pai, mas prometeu da boca pra fora cuidar do menino, ele não se importava com nenhum dos dois de qualquer forma. Dois meses depois Marcos morreu, uma gripe muito forte levou o menino para perto da mãe, Antônio sentiu afeto pelo menino naquele momento, ele pagou uma senhora para cuidar do menino e o visitava todas as noites, mas parece que a velha não era a pessoa mais confiável do mundo.
Antônio tinha olhos marejados, lembrar do filho a mais de 30 anos morto abriu uma ferida que ele não era capaz de mensurar a dor que trouxe. O discurso de Sophia, sobre ele maltratar o filho dela tocou o homem de alguma forma. Não era medo por quem Sophia era agora, ou pelo que Ramiro seria, ele sabe que Samuel nunca teve filhos e provavelmente deixaria para o peão a fortuna que tinha. Mas uma sombra de dor manchou seu coração, ele tratou Ramiro como seu filho poderia ter sido tratado se Kate tivesse cumprido a ameaça de ir embora. Alguém poderia ter sido um carrasco para Marcos, como ele é para Ramiro.
Ele deixaria o peão ir, não iria prender o homem que já fez tantas coisas erradas e sujou suas mãos e memórias por ele. Ele finalmente viu que Ramiro merecia mais. E ele menso faria o peão entender isso.
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- Oh patrão, Angelina falou que o sinhô quer falar mais eu. Só falar patrão, despacha quem? - a frase saiu de forma tão automática que Antônio sentiu o estômago embrulhar, o que ele fez com esse garoto?
- Não Ramiro, preciso ter uma conversa com você, consertar meus erros, ou parte deles - o final da frase foi murmurrado tornando impossível para Ramiro entender o que o patrão disse, mas o peão não gostou da cara do patrão - vem, vamos dar uma volta.
- Vamô patrão, onde o sinhô quiser ir.
Antônio não deixou Ramiro dirigir, ele precisava dessa distração para sua mente arrumar o que precisava ser dito e a forma de falar. Ele levou o peão até o rio da cidade, seria um lugar calmo.
- Ramiro, eu preciso que você me escute - Antônio vê o olhar preocupado e receoso, ele tem a sensação que é a primeira vez que ele presta atenção no comportamento de Ramiro quando ele pede atenção - eu não vou te xingar não rapaz. Mas eu preciso pedir desculpas...
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Surpresa em Nova Primavera - Hiatos
FanfictionA chegada de uma senhora em Nova Primavera muda tudo entre Kelvin e Ramiro, talvez o peão não deveria ter tanto medo de assumir o que sente como pensa. Alguns detalhes não serão como os da novela, vou tentar manter a personalidade dos dois ao máximo.