The Kiss

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Marília Mendonça point of view

Na escuridão de meus olhos, eu deslizei as mãos por seu rosto delicado que agora estava desprovido da máscara negra que a minutos atrás a cobria. A dançarina tinha traços delicados e sensuais, seu rosto era fino, e bem desenhado. Arrastei o polegar pela maçã de seu rosto até chegar sobre seus carnudos lábios. Ela permanecia imóvel com meus toques, desenhei seu rosto com a ponta dos dedos.

- Você é linda, Carla...

Ela abriu um sorriso, estávamos tão próximas que eu podia sentir seu hálito quente em meu rosto. Ela se aproximou de mim, eu já sabia o que aconteceria.

Senti os lábios dela em contato com os meus, eram quentes, macios. Eu não tinha como explicar a sensação de que ela me proporcionava com um simples gesto, suguei seu lábio inferior e então pedi passagem para aprofundar nosso beijo. Carla entreabriu a boca, me dando total passagem, serpenteei a língua sobre a sua lentamente, e com um solavanco, eu puxei seu corpo para meu de forma possessiva, enquanto minha língua sugava a dela com maestria. Seu beijo tinha gosto de cereja e bebida alcoólica, era inebriante e alucinador. Suas mãos correram para minha nuca puxando-me para mais junto, enquanto com as unhas ela arranhava devagar.

Tudo ali exalava desejo e luxúria: o lugar, a música, seu beijo. Contornei seus lábios com a ponta da língua, e logo depois suguei a mesma novamente empurrando seu corpo contra a parede com o meu. Eu estava perdida em uma escuridão prazerosa com um simples beijo. À medida que o beijo foi terminando, Carla puxou meu lábio entre os dentes de forma tão gostosa me arrancando um baixo gemido, para depois tomar minha boca em um beijo mais intenso e selvagem. Agora eu apertava sua cintura com força, para que ela se unisse mais a mim, meu corpo estava em chamas, um instinto animalesco de fazê-la minha era enorme. Abri seu terno, e toquei em sua pele quente, e macia. Descendo os beijos pelo seu pescoço, enquanto minha língua se movia sobre seu ponto de pulso com pressa, eu podia sentir ela estremecer com meu toque, e comigo não era diferente, meu corpo reagia a cada toque dela em meu corpo.

- Marília...- ouvi ela sussurrar roucamente em meu ouvido.

Eu não parei, desenhei com os dedos pela linha da sua coluna, até descer sobre sua volumosa bunda, cravando as unhas com vontade, enquanto subia com os beijos do seu pescoço até o lóbulo da sua orelha, onde rapidamente chupei fazendo a mulher gemer. Seus dedos apertaram entre os fios do meu cabelo com força, causando uma dor prazerosa. Mas então ela puxou, fazendo-me parar, eu podia sentir seu peito subir e descer em uma respiração pesada, ofegante.

Levei a mão até meu rosto para tirar o lenço, e quando a fitei Carla já estava com sua máscara. Vi um sorriso cafajeste em sua boca.

- Eu tenho que ir... – ela falou ainda ofegante.

Olhávamo-nos de forma intensa, sem perder o campo de visão.

- O que? Mas já? Fique comigo...

- Não posso...

- Pode sim, Carla, um beijo é pouco demais, meu Deus! – falei levando minhas mãos até a nuca dela.

- Está indo com muita sede ao pote!

- Podemos sair daqui se quiser, te levo para outro lugar...

Ela sorriu e pegou o lenço colocando em volta de seu pescoço.

- Venha amanhã, estarei lhe esperando aqui – ela falou saindo de meus braços, mas eu a segurei pelo braço, fazendo seus olhos encontrarem os meus. Puxei-a para meu corpo beijando novamente sua boca, não demoramos muitos e ela novamente se afastou.

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