Você estava me esperando | DIA1

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Desde que marcamos de jantar juntos, parece que a semana se arrastava e nunca chegava a sexta-feira. Quando o dia finalmente chegou, o passar das horas aumentava a expectativas para o tão aguardado reencontro. Organizei a agenda para conseguir pegar o ônibus a tempo de chegar próximo ao final do seu expediente. E mesmo nas três horas de viagem não houve espaço pro sono tamanha ansiedade.

A medida que o ônibus se aproximava da rodoviária, o coração saia do trilho e se perdia no "turuturu" aqui dentro, literalmente com a sensação de que sairia pela boca. Ao chegar, estava tão aérea e desnorteada com a explosão de sentimentos que até o básico como sair do ônibus e pegar a mala precisaram de muito esforço. Isso porque estava tão apavorada com a situação que o estômago embrulhava de tanto nervoso.

O corredor até a catraca de desembarque pareceu longo e eterno, tempo suficiente para uma infinidade de pensamentos e medos me atormentarem.

"Será que ele estará ai te esperando como combinado?", "e se ele tiver mudado de ideia enquanto você estava viajando?", "e se tiver acontecido alguma emergência?", "o que caralho você está fazendo aqui Yue Ri?", ....

Quanto mais eu andava o peito ficava ainda mais apertado, a ponto de achar que desmaiaria a qualquer momento. Mas ai eu te vi. E o mundo parou.

A cabeça silenciou, o coração entrou no compasso, os ombros relaxaram e percebi que estava segurando a respiração durante todo o caminho. Num suspiro aliviado, abri um sorriso de orelha a orelha enquanto te via sorri pra mim. Aquele sorriso, que acompanhava meus sonhos nos últimos 8 anos. Estava ali na minha frente, ao vivo e a cores.

Andamos na direção um do outro sem desviar o olhar e só paramos quando minha testa encostou seu peito.

- Te odeio. - você disse e me abraçou pelos ombros.

Eu sorri, ainda sem acreditar que finalmente estava te sentindo de novo.

Talvez tenhamos ficado alguns minutos assim, abraçados, sentindo aquele cheiro tão familiar, que fazia parecer que o tempo não tinha passado.

Você havia se encarregado de cuidar do jantar, então fomos direto pra sua casa, e grata a surpresa que de fato estava tudo pronto me esperando.

No centro da sala uma mesinha com dois lugares e a mesa pronta, me policiei em afastar pensamentos como: "como ele fez isso?" e "quem acendeu as velas?", para não estragar o momento.

A luz baixa, os últimos raios de sol entrando pela varanda deixaram tudo ainda mais especial.

- Seja bem vinda. É o meu jeito de dizer "Oi".

- Uau! Estou literalmente sem palavras.

Tínhamos macarronada e vinho, e durante todo o jantar ainda estávamos receosos e extasiados. Afinal, quando foi a última vez que estivemos assim, cara a cara?

A conversa começou de forma trivial e tímida, os dois tateando o espaço. E a cada vez que nossos olhos se encontravam havia lembranças que nunca se perderam voltando a tona.

O lado bom é que nós dois não nos intimidamos facilmente, assim, o olho no olho serviu de conforto pro outro. Aos poucos conforme contamos sobre a vida e a rotina, o vinho também ajudou, o ar foi ficando cada vez mais leve. Não demorou muito para deixarmos as formalidades de lado e quando menos percebemos a tensão deu espaço para as gargalhadas, e voltamos a ser a Yue e o Rin de uma década atrás.

Já a vontade, depois de fuçar toda a sua casa fui pra varanda olhar a vizinhança. Você prontamente colocou uma playlist, muito sugestiva. Sorri baixinho, já prevendo seus próximos passos.

- Me concede essa dança? - sussurrou no meu ouvido, envolvendo minha cintura por trás.

Todo o meu corpo se arrepiou com o seu toque.

- Tão previsível.

- É que eu lembrei que não dançamos no seu baile de formatura.

Dançamos juntos ali na varanda mesmo, nos perdendo no olhar do outro enquanto a lua cheia nos fazia companhia. Era evidente que nós dois nos queríamos.

Inevitavelmente, segurou meu rosto com as duas mãos e tocou seus lábios nos meus. Não o repreendi, tão pouco rejeitei. Ao contrário, fechei os olhos e suspirei. Foi o bastante para te confirmar que poderia avançar o sinal.

Uma das mãos desceu para minha cintura, puxando para mais perto de você, e me beijou novamente. Dessa vez cheio de vontade, firmeza e saudade que rasgava nossos peitos. Me deixei levar e me entreguei aquele momento.

O beijo é exatamente como nos lembrávamos. Sempre formamos uma ótima dupla, afinal foram 4 anos de experiência. Nos beijávamos como uma dança cheia de paixão e amor.

Entretanto, só o beijo não seria suficiente para nos saciar. Nós sabíamos disso. Aliás nossos corpos sempre souberam. Seus lábios me queriam por completo. Assim, seus toques foram ficando cada vez mais intensos e ousados. Logo tocava meus seios com a mesma curiosidade da época de namoro.

Entre beijos foi desabotoando minha blusa. Mordiscou meu lábio inferior, segurou meu cabelo forte de lado e desceu beijando meu pescoço, você sabia que era meu ponto fraco ali então deu uma atenção especial, antes de continuar descendo até abocanhar meu mamilo ainda por cima do sutiã, me fazendo arrepiar e dar um gemido baixinho. Você ousou mais, afastou o sutiã para o lado e sugou com vontade, me fazendo agarrar sua cabeça para apertá-lo ainda mais contra meu corpo sequioso daquele carinho.

Você se livrou rápido de sua camisa e eu protestei, porque também queria ter o prazer de te despir. Você sorriu e pediu desculpas pela afobação, logo te perdoei com o primeiro contato de seu peito nu com o meu. Aliás, aquele primeiro contato, por si só, me arrepiou inteira e senti meus mamilos intumescerem.

Nossos beijos confessavam cada vez mais nosso desejo. Beijei sua orelha, mordiscando de leve no final e arrancando um suspiro seu - bem como eu lembrava. Passei a percorrer todo o seu torso até chegar ao cinto que prendia a calça. O abri com certa facilidade, assim como o botão da calça também, puxando ambos para baixo até deixá-lo apenas com a cueca. Esta denunciava o tamanho do seu tesão por mim, pois não conseguia esconder o membro ereto como uma barra de aço. Eu o toquei, apertando por cima do tecido e, dessa vez, você gemeu jogando a cabeça para trás.

Puxei sua cueca e um pau atrevido saltou, ereto como eu esperava. Olhei por um instante maravilhada com a visão e tomei posse dele pra mim. O beijei com sofreguidão, lambi como se fosse o último sorvete da face da terra e quando o beijei, esqueci de meus limites e o enfiei o quanto pode na boca.

A experiência havia me ensinado como abocanhar bem, te fiz gemer em minha mão e boca, e você gemeu alto, até o momento em que implorou que parasse ou acabaria gozando.

Não parei! Pelo contrário, acelerei os movimentos e em pouco tempo você explodiu na minha boca. Não consegui engolir tudo e boa parte acabou vazando por entre meus lábios sobre o meu corpo, mas fiz questão de colher cada gota da minha primeira colheita e engolir olhando nos seus olhos.

Você ainda arfava quando eu, subi por seu corpo, arrepiando-o com o toque da renda do sutiã. Me encarava no trajeto que fiz e me pegou com vontade, puxando pra si, cheio de tesão.

- Preciso tomar banho. - eu disse

- Agora? - você sorriu incrédulo, balançando a cabeça.

Saí em direção ao banheiro. Parei na porta, ainda de costas e abaixei a saia me curvando para frente. Olhei por cima do ombro, pra você parado no meio da sala, com as duas mãos na cintura mordendo o lábio inferior me olhando maravilhado, com o pau de fora da calça:

- Você não vem? - eu disse com aquele sorriso sapeca e cheio de malícia que você conhecia bem.

Déjá-vu | Uma história da saga PRA ELE LEROnde histórias criam vida. Descubra agora