Emily's "POV":
Acordei. Olhei pela janela e vi que estava a chover torrencialmente.
Levantei-me e dirigi-me à casa-de-banho. Tomei um duche e em seguida sequei o cabelo.
Como não queria ir à escola vesti umas calças de pijama e uma t-shirt e voltei deitar-me na cama.
Uns minutos depois a minha mãe entrou no meu quarto.
" Emily! O que estás a fazer? Vais chegar tarde à escola!"
"Não quero ir."
"Não me interessa. Não podes faltar às aulas. Vá, levanta-te."
"Não quero. Estou doente."
"Deixa-te de fitas. Vai para a escola."
"Mãe! Não consigo!"
A minha mãe suspirou e disse "Diz-me lá como é que te sentes."
"Mal. Dói-me muito a barriga."
"Que disciplinas vais ter hoje?"
"Educação física, Inglês e Filosofia."
"Ok, proto. Não tens de ir à escola."
"Obrigada."
"Mas amanhã vais. Estamos entendidas?"
"Sim."
"Tenho de ir trabalhar. Vá, as melhoras. Até logo."
"Até logo."
Assim que a minha mãe saiu de casa, levantei-me e fui buscar o meu telemóvel que tinha ficado em cima da secretária.
Liguei-o e vi que tinha duas SMSs.
Calum:
Tou a tua espera ao pe do teu cacifo.
Ainda demoras?
Não respondi.
Desliguei o telemóvel e voltei a pousá-lo na secretária.
Deitei-me e voltei a adormecer.
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Acordei com alguém a bater à porta do meu quarto.
Levantei-me devagar e fiquei sentada na cama ainda com os cobertores por cima de mim.
"Quem é?" perguntei.
Em vez de ouvir uma resposta, a porta do quarto abriu-se e Calum entrou.
"O que é que fazes aqui?" perguntei.
"Vim ver como estás." disse Calum sentando-se ao fundo da cama.
"Não quero falar sobre isso."
"Ok, eu não insisto."
"Como é que entraste?" perguntei, curiosa.
"Toquei à campainha mas nínguem abriu a porta, por isso tentei entrar de outra maneira. Como portão para a parte de trás da casa estava aberto, entrei para o jardim."
"Sim mas como entraste em minha casa?"
"Oh...uhm...a janela do escritório estava aberta e eu....uhm...entrei por aí."
"Entraste pela janela? O que é que te deu?"
"Eu sabia que estavas aqui e como não me abriste a porta tive de entrar dessa maneira."
"És mesmo idiota! E se alguém te visse?"
"O que tem?"
"Chamavam a polícia, o que é que achas?"
"E depois?"
"Ok, já percebi que não queres saber disso."
"Vá, já chega de falarmos de mim. Como é que estás?"
"Eu já disse q-"
"Não. Como é que estás? Desde que acabámos que nunca mais falámos como deve de ser."
"Uhm...eu estou bem....uhm....voltei a falar com o Luke." disse, e com isto, Calum desviou o olhar e ficou a para o chão.
"Ainda bem que voltaram a falar. Vocês eram amigos. Não fazia muito sentido não se falarem por uma coisa estúpida que aconteceu."
"Dizes bem, estúpida."
"Uhm...bom, é melhor ir andando."
"Sim. É melhor, os meus pais devem estar a chegar."
Calum levantou-se e aproximou-se de mim.
"Até amanhã." disse e beijou-me a bochecha.
"Até amanhã." disse.
Calum saiu e fechou a porta do quarto.
Levantei-me e fui até à janela.
Vi Calum sair de minha casa e entrar no seu carro. Pouco tempo depois foi-se embora.
Nesse momento, um carro estacionou à porta da garagem de minha casa.
Estranhei, pois nem os meus pais nem o meu irmão conduziam aquele carro.
Logo a seguir vi Luke sair do carro e dirigir-se à porta de entrada.
Tocou à campainha e fui logo abrir a porta.
"Olá. O que fazes aqui?" perguntei.
"Olá. Vim só saber porque não foste à escola."
"Não me estava a sentir muito bem de manhã."
"E já estás melhor agora?"
"Sim." disse e sorri. "Aquele carro é teu?"
"Sim. Foram os meus pais que mo deram."
"Waw, que sorte."
"Verdade. Queres ir dar uma volta nele?"
"É melhor não. Os meus pais devem estar a chegar."
"Ok. Quando quiseres ir dar uma volta de carro é só dizeres."
"Ok, obrigada. Vá, até amanhã."
"Até amanhã."
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