Capítulo 17

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Emily's "POV":

Acordei. Olhei pela janela e vi que estava a chover torrencialmente.

Levantei-me e dirigi-me à casa-de-banho. Tomei um duche e em seguida sequei o cabelo.

Como não queria ir à escola vesti umas calças de pijama e uma t-shirt e voltei deitar-me na cama.

Uns minutos depois a minha mãe entrou no meu quarto.

" Emily! O que estás a fazer? Vais chegar tarde à escola!"

"Não quero ir."

"Não me interessa. Não podes faltar às aulas. Vá, levanta-te."

"Não quero. Estou doente."

"Deixa-te de fitas. Vai para a escola."

"Mãe! Não consigo!"

A minha mãe suspirou e disse "Diz-me lá como é que te sentes."

"Mal. Dói-me muito a barriga."

"Que disciplinas vais ter hoje?"

"Educação física, Inglês e Filosofia."

"Ok, proto. Não tens de ir à escola."

"Obrigada."

"Mas amanhã vais. Estamos entendidas?"

"Sim."

"Tenho de ir trabalhar. Vá, as melhoras. Até logo."

"Até logo."

Assim que a minha mãe saiu de casa, levantei-me e fui buscar o meu telemóvel que tinha ficado em cima da secretária.

Liguei-o e vi que tinha duas SMSs.

Calum:

Tou a tua espera ao pe do teu cacifo.

Ainda demoras?

Não respondi.

Desliguei o telemóvel e voltei a pousá-lo na secretária.

Deitei-me e voltei a adormecer.

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Acordei com alguém a bater à porta do meu quarto.

Levantei-me devagar e fiquei sentada na cama ainda com os cobertores por cima de mim.

"Quem é?" perguntei.

Em vez de ouvir uma resposta, a porta do quarto abriu-se e Calum entrou.

"O que é que fazes aqui?" perguntei.

"Vim ver como estás." disse Calum sentando-se ao fundo da cama.

"Não quero falar sobre isso."

"Ok, eu não insisto."

"Como é que entraste?" perguntei, curiosa.

"Toquei à campainha mas nínguem abriu a porta, por isso tentei entrar de outra maneira. Como portão para a parte de trás da casa estava aberto, entrei para o jardim."

"Sim mas como entraste em minha casa?"

"Oh...uhm...a janela do escritório estava aberta e eu....uhm...entrei por aí."

"Entraste pela janela? O que é que te deu?"

"Eu sabia que estavas aqui e como não me abriste a porta tive de entrar dessa maneira."

"És mesmo idiota! E se alguém te visse?"

"O que tem?"

"Chamavam a polícia, o que é que achas?"

"E depois?"

"Ok, já percebi que não queres saber disso."

"Vá, já chega de falarmos de mim. Como é que estás?"

"Eu já disse q-"

"Não. Como é que estás? Desde que acabámos que nunca mais falámos como deve de ser."

"Uhm...eu estou bem....uhm....voltei a falar com o Luke." disse, e com isto, Calum desviou o olhar e ficou a para o chão.

"Ainda bem que voltaram a falar. Vocês eram amigos. Não fazia muito sentido não se falarem por uma coisa estúpida que aconteceu."

"Dizes bem, estúpida."

"Uhm...bom, é melhor ir andando."

"Sim. É melhor, os meus pais devem estar a chegar."

Calum levantou-se e aproximou-se de mim.

"Até amanhã." disse e beijou-me a bochecha.

"Até amanhã." disse.

Calum saiu e fechou a porta do quarto.

Levantei-me e fui até à janela.

Vi Calum sair de minha casa e entrar no seu carro. Pouco tempo depois foi-se embora.

Nesse momento, um carro estacionou à porta da garagem de minha casa.

Estranhei, pois nem os meus pais nem o meu irmão conduziam aquele carro.

Logo a seguir vi Luke sair do carro e dirigir-se à porta de entrada.

Tocou à campainha e fui logo abrir a porta.

"Olá. O que fazes aqui?" perguntei.

"Olá. Vim só saber porque não foste à escola."

"Não me estava a sentir muito bem de manhã."

"E já estás melhor agora?"

"Sim." disse e sorri. "Aquele carro é teu?"

"Sim. Foram os meus pais que mo deram."

"Waw, que sorte."

"Verdade. Queres ir dar uma volta nele?"

"É melhor não. Os meus pais devem estar a chegar."

"Ok. Quando quiseres ir dar uma volta de carro é só dizeres."

"Ok, obrigada. Vá, até amanhã."

"Até amanhã."

Bullied by Calum HoodOnde histórias criam vida. Descubra agora