O Começo da Vida

Capítulo 2: O Dia de Los Muertos

"Catalina! Catalina!" Maria choramingou. 

Catarina dormia na cama ao lado da irmã até ser acordada. Ela gemeu quando sentiu uma sensação de afundamento em sua cama e um par de mãos em seus ombros. 

"Caty, acorde. Hoje é um grande dia e vamos nos divertir muito!" 

"Ugh. O que você quer dizer com hoje é o grande dia, Maria? Estou com tanto sono." Catalina choramingou.

Maria levantou uma sobrancelha com a resposta de sua irmã. Como ela poderia não saber? "Sabe, vamos comer churros gostosos e brincar com Manolo e Joaquin?" 

Manolo e Joaquin. Pouco antes de Maria continuar a dizer o resto, ela saiu da cama e começou a se vestir. 

"Ah, sim, certo! Hoje é o Dia de Los Muertos! Oh, mal posso esperar para vê-los!" 

Maria deu uma risadinha. "Parece que você só acorda quando chega esse dia em particular junto com sua pessoa especial." 

"Sim, Maria. Agora não é hora de começar a falar sobre isso", disse ela, corando levemente. 

"Ok, eu não vou. Só estou dizendo que você e Joaquin são perfeitos juntos."

Catalina gemeu enquanto calçava os sapatos Mary Jane. Maria vasculhou sua caixa de brinquedos e tirou duas espadas de madeira. 

"Pronto para nenhuma retirada, nenhuma rendição?" ela perguntou com um sorriso. 

Catalina ia responder até que o general Posada entrou no quarto. "Maria e Catalina. Vocês duas têm tarefas a fazer." Elas gemeram. 

"Mas por que, papai? Hoje é o Dia de Los Muertos, não o Dia das Tarefas." Catalina disse, e sua irmã riu. 

"É? Porque vocês duas não lavaram nada em casa." O General Posada respondeu com um olhar severo no rosto. 

"Tudo bem, papai. Eu e Catalina vamos limpar a casa e depois iremos se estiver tudo bem para você." Maria disse com um sorriso inocente. 

O general Posada assentiu com a cabeça e deu meia-volta para sair. "Ok, então. Certifique-se de que eu não veja nada bagunçado. Caso contrário, vocês duas nunca sairão." Ele alertou. 

Depois de ouvirem os passos ficando cada vez mais fracos, elas gemeram mais uma vez. 

"Sim, dios mio, Maria. O que vamos fazer agora? Estamos presas aqui até que este lugar seja limpo. E não só isso, nem sabemos como limpar!" 

"Eu conheço alguns, mas... Eh..." 

"O que?" 

"Nós sabemos varrer, tirar o pó e lavar a louça, ele precisa que as galinhas sejam limpas já que ele queria que alguma coisa ficasse limpa?" 

"Hmm..." Os lábios de Catalina se curvaram em um sorriso malicioso. "Talvez possamos limpar as galinhas junto com as duas tarefas. Aposto que fazer isso será o suficiente para sairmos para brincar." 

"Sim..." 

As duas irmãs riram da ideia e desceram para a cozinha. Maria começou a lavar a louça enquanto Catarina varria o chão. As duas irmãs ajudaram uma a uma a tirar o pó de cada decoração e mobília da casa, deixando uma última coisa para fazer: dar banho nas galinhas. 

Maria e Catalina foram pé ante pé até o quintal onde se instalou uma gaiola cheia de galinhas. Eles trouxeram um balde de metal cheio de água e sabão; as duas irmãs não puderam deixar de rir enquanto colocavam o balde no chão. 

"Ok, Catalina. Tente pegar uma das galinhas." Maria exigiu. 

Catalina abriu a gaiola e antes que ela percebesse, um bando deles escapou. Ela os perseguiu, tentando pegá-los. "Agh, Maria! Isso faz parte do plano?!"