013: Convite

183 20 1
                                    

Gabriel Barbosa

A Mariah engraçada e diferente de outras mulheres que conheci durante a minha vida. Enquanto as outras amavam ser ligadas ao meu nome, ela simplesmente ficou super preocupada e então meu empresário negou um affair nosso.

Ela continuava morando em meu apartamento, e agora Malu a fazia companhia pois pegou alta do hospital, felizmente estava bem. Juliana continuava sendo cuidadora, já que Mariah precisava sair para trabalhar todos os dias.

Era sábado, e Mariah recebeu a permissão para adentrarno apartamento após o incêndio. Malu não poderia acompanhá-la, então eu me ofereci pra ajudá-la a ver se tinha alguma coisa que elas poderiam aproveitar ainda.

— Caramba... — Mariah disse assim que vimos como estava o apartamento. — Não imaginava que estava assim.

— Nem eu... — respirei fundo e peguei em seu ombro. — Por onde vamos começar?

— Bom, não é um apartamento grande então eu fico com o quarto e você pela sala.

— Ah, tudo bem. — sorri. — Temos que olhar bem, eles vão demolir o prédio. Era uma construção irregular.

— Rapaz, como que pode né? — ela disse passando pelos escombros e achou ali um porta-retrato dela e de Malu que continua cinzas do incêndio. — Nossa foto favorita.

— Ah, típico. O pão de açucar. — rimos juntos.

— E por consequência: o meu lugar favorito do Rio.

— Você não deve ter conhecido muitos lugares no Rio, então. — dei uma risada e ela colocou as mãos na cintura estreitando os olhos.

— Acertou. — ela riu sem graça. — Mas eu ainda tenho tempo para conhecer muitos lugares.

— Próximo jogo o Flamengo vai jogar sábado pela tarde... estou querendo ir para Angra. O que acha? — falei e mordi o lábio inferior logo em seguida.

— Ué, vai! — falei disse simplesmente e dei uma risada.

— Não, Mariah... eu estou chamando você e Malu para irem comigo. — ri sem graça. — Nós vamos sábado a noite e voltamos segunda de manhã, o que acha?

— E-eu não sei... — ela riu nervosa. — Tenho que conversar com a Malu, se ela concordar, nós vamos.

— Então já está confirmado. — rimos juntos.

— Vamos começar logo o trabalho por aqui pra terminarmos logo. — ela disse rindo.

Ela passou nos escombros e entrou no quarto. Eu fiquei ali pela sala e consegui recuperar poucas coisas, e uma delas um caderno que continha algumas letras de música de Mariah. Ele havia queimado poucas coisas, apenas as pontas.
Tomei a liberdade de ler algumas coisas, e ela tinha um talento incrível! As letras eram profundas e bonitas, conseguia até imaginar a voz de Malu cantando-as.

Ao folhear mais algumas páginas encontrei uma foto, na estava Mariah criança e estava vestindo uma roupa indígena azul, olhei o verso e havia uma dedicatória.

"Você sempre será a cunhã do papai. Te amo, minha princesinha."

Abri um sorriso ao ler aquilo.

night changes • gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora