Primeiro dia de aula

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HARRY POTTER

Como eu odeio  primeiro dia de aula!!!!

Já tive muito desses dias na minha vida, mais que o convencional para o meu gosto, com certeza eu odiei todos e continuarei odiando. 

Por meu pai fazer parte de um empresa grande de tecnologia, nossa família vive se mudando por conta de seu trabalho, já que ele recebe promoções e ofertas de trabalho o tempo inteiro. E como meu pai acha que devo ter experiência em novos  lugares, ter novos amigos, ele aceita, porquê em sua perspectiva "Para que ficar preso em um bolha, sendo que você tem o  mundo inteiro para explorar?" 

Por mais que eu ame o meu pai, eu odeio essa frase. Eu não quero explorar o mundo, deixa isso para os exploradores de história, não quero deixar eles sem trabalho; eu quero ficar confortável e bem quentinho nessa minha bolha, aqui é melhor do que o mundo real.

Falando em mundo real, infelizmente terei que o enfrentar cara-a-cara hoje. Eu já disse como eu odeio primeiro dia de aula? Porque eu odeio! 

- Filho, se acalme, vai dar tudo certo. - Minha mão tenta me confortar enquanto prepara o café da manhã.

- Mãe, você sabe que não consigo, eu odeio primeiro dia de aula. - Choramingo para ela.

- É claro que você consegue. - Minha mãe, sempre tentando fazer tudo ficar bem, não é atoa que se tornou psicóloga - Agora vá chamar o seu pai e seus padrinhos para comer.

Meus pais e meus padrinhos são amigos desde sempre, o que faz a relação dos quatros ser bem forte, quase de irmãos. E com o final do colegial, eles teriam que se separar, mas ninguém queria abrir mão daquela amizade, então meu padrinho Sírius tacou um fodasse e comprou uma casa, quase uma mansão, para todos morarem juntos, como ele sempre foi de uma família bem rica, isso não foi um problema, mas claramente meus pais e meu padrinho Remus surtaram quando ficaram sabendo. Porém, obviamente todos ficaram felizes em saber que não precisariam se separar. 

Então toda vez que vamos mudar de cidade ou até de país, meus padrinhos sempre vão com a gente. O que causa sempre uma discussão entre os quatros, porquê meus pais não gostam de fazer eles deixarem tudo para atrás para recomeçar do zero, mas meus padrinhos, principalmente Sírius, não se importam de fazer isso pelos amigos, e no fundo, sei que os pais meus gostam e ficam felizes com isso, eles não suportariam uma vida sem aqueles dois.

- Com licença, com licença, estou entrando. - Abro a porta do quarto dos meus padrinhos batendo sem cessar na porta, Deus me livre ver algo que com certeza eu não quero ver.

- Harry, para com isso. - Diz meu padrinho, risonho.

- Nunca, ainda prezo pela minha saúde mental. - Digo sentando na ponta da cama.

- Idiota.

- SÍRIUS. - Remus o repreendo por ter jogado o travesseiro em mim.

- Moony, foi ele que começou. - Ele aponta o dedo para mim, fazendo um cara chorosa. As vezes eu acho que meu padrinho é uma criança de barba e tatuada.

- Foi ele, eu sou totalmente inocente. - Ponho minhas mãos sobre o peito, tentado parecer ofendido.

- Meu Deus, parecem duas crianças. 

- Só se for o Pads.

- Ele disse duas, não uma. - Ele mostra a língua para mim.

- Que maturidade. - Devolvo o travesseiro. 

- Dá para os dois pararem? -  Remus nos repreende - O que o senhorito quer? 

- Minha mãe disse para vocês descerem para comer. 

- Tá bom, já vamos. - Remus se levanta da cama e vai em direção do banheiro.

- Ok, vou ir chamar meu pai. - Ao fechar a porta pude escutar a risada de Sírius e Remus dizendo que aquilo não foi engraçado, irônico da parte dele, pois também dá para escutar sua risada.

Deixo o quarto dos meus padrinhos com um sorriso estampado em  meu rosto, eles conseguem me divertir até quando estou preste a ter um colapso nervoso, gosto disso na minha família, como cada um consegue deixar a vida um do outro mais leve e feliz. Podemos não ser uma família muito tradicional, mas eu gosto disso, isso que faz ela se tornar única e mais especial.

- Pai? Posso entrar? - Bato na porta do quarto e espero uma resposta, recebendo um "entre" abafado por trás da porta. 

- Como está se sentindo por hoje ser o seu primeiro dia de aula? - Eles sabiam que eu odiava esse dia.

- Estou como sempre. - Abro o jogo, não tinha o porquê fingir que estava tudo bem.

- Eu prometo filho, essa vai ser a última vez que vamos nos mudar até você completar o colegial. - Meu pai odiava essas mudanças mais que eu, mas era preciso e ele achava que novos ares trariam muitas oportunidades para mim, porém ele se sentia muito culpado por me fazer me mudar muitas vezes no ano, mas não o culpo, ele só está tentando dar o melhor para nossa família, e é isso que admiro nele.

- Não se preocupe pai, está tudo bem. - O abraço - Acho melhor a gente descer antes que minha mãe venha aqui nos puxar pelo cabelo.

- Ela faria isso, não faria? - Pergunta o meu pai, rindo com sua própria imaginação.

- Pode apostar que sim. - Eu e meu pai saímos rindo.

- Olha quem decidiu dar o ar da graça, pensei que teria que ir atrás de vocês. - Minha mãe estava terminando de por a mesa - Venham, antes que se atrasem  para o trabalho e escola.

- SIM SENHORA. - Nós quatro fazemos uma saudação militar a ela.

- Parem de graça e venham comer logo. - Manda.

Posso dizer que o café da manhã foi um desastre? Porque foi, mas foi um desastre divertido, tivemos cabo de guerra com um pote de geleia, uma fatia de pão voando - não faço a mínima ideia de onde veio aquela fatia -, mas apesar de tudo, foi mais uma manhã normal na casa da nossa família. Pena que acabou muito rápido e logo tive que sair de casa.

Agora estou a caminho da minha nova escola, com a minha família toda dentro do carro. Era meio que um tradição em todo meu primeiro dia de aula todos me levarem para escola, e eu gosto disse, faz a situação ficar mais leve.

- Ansioso para conhecer a nova escola? - Meu padrinho Sírius parecia mais ansioso do que eu.

- Você não imagina o quanto. - Falo irônico.

- Não se preocupe filho, tudo vai ocorrer bem. - Minha mãe tenta me tranquilizar, como todas as vezes. - E caso tudo saia do controle, você pode ligar para um de nós e viremos o mais rápido que pudemos. 

- Chegamos. - Diz meu pai estacionando na porta da escola. 

- Você vai conseguir Hazz! - Moony sempre tentando me fazer ter autoconfiança, porém autoconfiança é algo que não tenho e muito provável nunca terei.

- Tchau, até mais tarde. - Me despeço de todos do carro e saio, vendo o meu pai partir pela rua, até ele virar em uma esquina e eu o perder de vista.

Vamos lá, Harry! Você já passou por esse momento diversas vezes, você já sabe isso de cor, tudo vai acontecer normalmente. 

Mal eu sabia que quando eu adentrasse naquela sala tudo iria mudar...

Strangers AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora