Situação complicada

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Draco Malfoy

Após o agradável jantar com a minha mãe, eu e Potter vamos para garagem.

- Sua mãe é muito legal, amei conhecer ela. - Potter sorria de uma forma encantadora.

- Ela tem esse efeito nas pessoas, todos que a conhecem gostam da companhia dela, a não ser que você tenha a conhecido em um tribunal. - Digo enquanto pego a chave do carro no suporte pendurado na parede da garagem.

- Que carro lindo! - Seus olhos brilham ao ver o carro.

- Eu sei, eu tenho bom gosto. - Me gabo e vou em direção ao carro. 

- Nem se acha. - Vejo o moreno revirar os olhos.

Continuo andando até chegar ao lado do passageiro do carro, Potter me olha confuso, dou de ombros para sua reação e abro a porta do carro para ele.

- Por essa eu não esperava, Draco Malfoy sendo cavaleiro. - ele diz surpreso.

- Nossa, eu passo uma aparência de mal educado? Me senti ofendido agora.

- Não é isso, é só que... Eu só não esperava que tivesse pessoas que ainda fizessem isso, só isso. - Sua fala sai embolada pelo nervosismo, o que faz ele corar, o deixando fofo pela sua timidez.

- Então pelo visto minha mãe soube me educar corretamente para ser um dos últimos cavaleiros ainda existentes na terra. -  Faço um movimento de saudação para ele, o fazendo rir enquanto entra no carro.

- É, parece que sim. - Fecho a porta e vou para o lado do motorista.

Ao entrar no carro ainda consigo ver resquícios da risada do moreno em  seus lábios, o que me faz abrir um sorriso enquanto dou partida no carro e saio da garagem. Vou dirigindo calmamente pelas ruas de Los Angeles, aproveitando a brisa que entrava pelas janelas abertas. O silêncio dentro do carro estava confortável, não senti necessidade de puxar algum assunto, escutar o som urbano da cidade e a respiração calma de Potter era o suficiente naquele momento. 

Ao parar no semáforo, lembro de nossa conversa sobre Black, penso se deveria perguntar mais sobre ou deixar isso para outro momento, porém o semáforo abriu antes de conseguir dizer algo, então decido deixar aquele assunto para depois. 

- O que você acha de terminarmos o trabalho sexta depois da aula? Pode ser na minha casa novamente. - Sugiro enquanto olhava atentamente  para rua.

- Se não for incomodo pode ser, ou se quiser pode ser na minha casa também. - Pelo canto do olho o vejo se virar para me olhar.

- Por mim tanto faz, o que você achar melhor. 

- Então sexta depois da escola na minha casa? - Pergunta incerto.

- Tudo bem. Chegamos. - Desligo o carro e viro para o olhar.

- Obrigado, não precisava ter se incomodado de me trazer. 

- Não foi incomodo algum, prefiro saber que chegou bem em casa do que me incomodar com um ato simples. - Digo  enquanto olho em seus olhos fazendo ele desviar o olhar, envergonhado.

Ficou um silêncio razoavelmente desconfortável, portanto tiro o meu cinto e abro a porta. saindo e caminhando até o outro do carro. Ao chegar do lado do passageiro,  abro a porta para o moreno, que me olha novamente surpreso pelo meu ato.

- Hum... Obrigado. - Diz baixinho.

- Não precisa agradecer. - Lhe dou um sorriso gentil e ele retribui.

- Bem, acho melhor eu ir antes que minha família fique preocupada.

- Sim, claro. Tchau gatinho raivoso. - Pisco para ele, vendo-o revirar os olhos.

- Tchau, último cavaleiro do universo. - Diz debochando.

Me encosto no carro enquanto rio de sua falha tentativa de me ofender com o apelido, percebo que o mesmo também ria de si. Ao chegar na porta de sua casa, Potter se vira para mim com um sorriso em seus lábios e acena, retribuo o sorriso e aceno de volta, o vendo entrar em sua casa e fechar a porta. Vendo que o garoto havia chegado bem em casa, vou novamente para o lado do motorista e volto para minha casa.

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- Gostei de Harry, garoto educado. - Minha mãe diz ao me ouvir abrir a porta da biblioteca, porém não tira os olhos do livro que estava lendo. - Você deveria começar a andar com ele, não gosto daqueles seus colegas de time, eles são mal educados, não  são boa influência.

- Eu sei, eles são um bando de babacas. - Me jogo no sofá em frente a poltrona de minha mãe, a fazendo olhar para mim.

- Por mais que não goste de suas palavras, tenho que concordar. 

- Você tem  falado com meu padrinho?

- Sim, ele está fazendo um viagem para Holanda e disse que vai vir passar o natal com a gente. 

- Ele vai vir para cá? - Me levanto em um sobressalto, não sei se foi de surpresa, alegria ou por outro motivo.

- Sim. - Minha mãe me olha carinhosa e abre um sorriso.

- Mal posso esperar para o natal chegar, estou com tanta saudade de Reg. - Me deito novamente ao pensar que em breve iria ver meu padrinho.

- Ele também disse que está com saudade de você e pediu para que quando você tiver tempo era para manda mensagem. - Ela me olha uma última vez e volta sua atenção ao livro antes  de voltar a falar. - E o seu pai também volta para o natal.

A minha alegria pela notícia anterior some tão rápido como apareceu, ter meu pai no natal significa que ele vai dar algum jeito de estragar a noite como sempre faz quando está presente. 

- Ah, tá bom. - Respondo e minha mãe não fala mais nada, só levanta levemente a cabeça para me olhar e depois voltar a ler, deixando um silêncio cair sobre a sala.  

Strangers AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora