Tarde de uma sexta

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Harry Potter 

- Vamos? - Me viro para ver o loiro encostado na parede ao lado da porta da sala, parecia me esperar.

- Vamos. - Em silêncio vou o seguindo até o estacionamento da escola. Somos seguidos pelos olhares curiosos e cochichos dos alunos, o que me faz ficar desconfortável, e  Malfoy parece perceber pois ele passa seu braço esquerdo por cima de meus ombros, me trazendo mais para perto.

- Povo fofoqueiro, não sabem cuidar da própria vida e querem cuidar a dos outros. Liga para eles não, só estão com inveja de você. - Malfoy sussurra em meu ouvido, o que por algum motivo me faz arrepiar.

- E por que eles teriam inveja de mim? - Sussurro de volta.

- Por que você está comigo, poucos tem esse privilégio.

Absorvo suas palavras em silêncio e viro um pouco minha cabeça para olhar as pessoas. E posso notar que Malfoy estava certo, eles me olhavam com inveja, como se quisessem estar em meu lugar. Pude ver algumas meninas chorando, meu deus, elas estavam assim só porquê não era elas? Nunca havia notado que Malfoy era tão popular até esse momento, onde todos me olhavam como se eu fosse alguém privilegiado, alguém sortudo.

Como da última vez, Malfoy vai até o lado do passageiro e abre a porta para que eu possa entrar, ele espera eu entrar e fecha a porta.

- Hoje a noite vai ter uma festa, quer ir comigo? - O garoto me pergunta ao entrar no carro.

- Não sei se é uma boa ideia. - Falo apreensivo.

- Vamos, vai ser legal. Caso você não se sinta confortável eu te levo para casa. - Ele se vira para me olhar, o que me quebra pois como eu digo não para esses olhinhos?

- Tá bom, mas se em trinta minutos eu não me sentir bem lá, você me promete que irá me levar embora?

- Prometo, você vai ver que será legal, e essa vai ser uma ótima forma de você se enturmar mais com as pessoas da escola. - Seu sorriso aparece enquanto ele liga o carro, o que me faz sorrir com ele.

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- Eu não estou entendendo. - Encosto na cadeira frustrado. Eu e Malfoy estamos na sala de jantar terminando o trabalho, porém eu não compreendo o que eu tenho que escrever.

- O que você não está entendendo? - O loiro se levanta de sua cadeira e vem para trás da minha, fazendo que eu consiga sentir sua respiração em meu pescoço, já que ele se inclinou para ver a minha pesquisa no notebook.

- O que causa as reações inorgânicas.

- As reações inorgânica são causadas quando duas substâncias químicas se interagem. - Ele explica com uma facilidade que me faz achar que sou  burro.

- Falando assim até parece fácil. - Fecho a cara, o que faz o mais alto rir.

- Quando você entende de fato, as coisas começam a se tornar mais fácies de compreender.

- Tá bom sabichão, se você diz. - Ele ri e eu me viro para continuar a escrever a minha parte.

- Falta muito para você terminar? - Ele volta ao seu lugar em minha frente.

- Não, só falta mais um parágrafo.

- Ok, como eu já terminei, vou indo para casa me arrumar e as oito eu passo aqui para te pegar, tudo bem? - Ele levanta a cabeça para me olhar, o que faz a gente se encarar.

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