Caos

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"Quando a noite estava cheia de terrores
E seus olhos cheios de lágrimas
Quando você ainda não tinha me tocado
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos"
the night we met - lord huron

"Quando a noite estava cheia de terroresE seus olhos cheios de lágrimasQuando você ainda não tinha me tocadoMe leve de volta para a noite em que nos conhecemos"the night we met - lord huron

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𝐀𝐎 𝐂𝐀𝐈𝐑 𝐃𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄, depois de Naksu passar todo o dia em companhia de seu irmão, as notícias sobre o ocorrido já haviam se espalhado por Alexandria. Foi então que Glenn a conduziu até o quarto que seria dela e apresentou as possibilidades de auxílio para Alexandria.

Naksu finalizou sua rotina noturna, realizando cuidados pessoais como escovar os dentes, pentear o cabelo e trocar para uma roupa confortável.

Enquanto se preparava para dormir, ouviu algumas batidas na porta. Ao abri-la, deparou-se com Enid, que lhe dirigiu um pequeno sorriso, prontamente retribuído por Naksu. Convidando Enid a entrar no quarto, ela se aproximou da cama e sentou-se.

- Está gostando daqui? - indagou Enid, apoiando o braço na cama.

Naksu assentiu ao sentar-se ao lado dela.

- Sim, acredito que sim. - Naksu fez uma breve pausa. - É um refúgio confortável para viver, considerando as circunstâncias.

Enid assentiu, seus olhos percorreram o quarto antes de voltar-se para Naksu.

- Você já conheceu todos aqui? Especialmente os adolescentes. - Enid fez outra pergunta.

- Apenas o Carl. Existem outros adolescentes aqui? - Naksu questionou.

- Sim, têm o Ron. Você o conhecerá amanhã, ele já sabe quem você é, mas você ainda não o conhece. - Enid confirmou, levantando-se e acenando para Naksu. - Bem... vou indo, boa noite!

A jovem retribui o aceno e Enid deixa o quarto. Naksu retorna à cama, deita-se e fecha os olhos, pronta para adormecer. Ela permanece naquela posição por algum tempo até finalmente sucumbir ao sono.

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Naksu caminhava pelas ruas de Alexandria, seus olhos atentos ao ambiente ao redor. O sol forte a fazia colocar suas mãos acima do rosto para enxergar. Vestindo uma roupa confortável e justa, ela avistou algumas pessoas desconhecidas. Ao finalmente olhar para o lado, percebeu que Carl estava acompanhando-a.

- Está me seguindo faz muito tempo? - ela perguntou, cheia de sarcasmo.

- Acho que estamos indo para o mesmo lugar - ele respondeu.

- Mas eu não tenho intenção de ir a lugar nenhum - ela retrucou, enquanto Carl apenas deu de ombros.

Naksu direcionou seu olhar para alguns pontos de Alexandria e avistou Enid conversando com um garoto. Ela deu uma cotovelada em Carl para que ele também visse.

- Quem é aquele? - Naksu perguntou ao garoto.

Carl olhou e fechou a expressão imediatamente, mas Naksu parecia não se importar com sua reação.

- É o Ron - ele respondeu.

- Sério? Eles namoram? - Naksu perguntou, no mesmo momento em que Enid abraçou Ron. - Ah, eles namoram!

Carl permaneceu em silêncio, apenas observando e continuando a andar.

- Ela havia me falado desse Ron, enfim. O que fez hoje? - Naksu notando a reação de Carl, mudou de assunto para aliviar a tensão.

- Eu cuidei de Judith para garantir que ela estivesse segura. Ela é a minha irmã mais nova. - Ele respondeu finalmente olhando para a garota.

- Você tem irmã? Achei que era filho único.

Enquanto Naksu e Carl conversavam tranquilamente, foram surpreendidos por um barulho ensurdecedor de gritos desesperados que ecoaram pelo ar. Instintivamente, eles se entreolharam e direcionaram seus olhares para a origem dos gritos, avistando um homem em chamas despencando do imponente muro de Alexandria. O pânico tomou conta do ambiente.

Com uma expressão determinada, Carl segurou firmemente a mão de Naksu e a levou para um local seguro, empurrando-a delicadamente para um canto protegido. Preocupado com sua segurança, ele foi direto ao ponto:

- Fique aqui, não saia até que tudo se acalme! - disse Carl, puxando sua arma da cintura enquanto se preparava para enfrentar a situação. Sem esperar por uma resposta de Naksu, ele partiu rapidamente em direção ao caos.

Embora instruída a permanecer imóvel em meio ao tumulto, era evidente que Naksu não ficaria ali só vendo.

Ela examinou o ambiente em busca de uma arma, encontrando um pedaço de ferro que segurou enquanto deixava o local designado.

Ao sair e deparar-se com o caos em Alexandria, seus olhos se arregalaram brevemente antes de começar a procurar freneticamente por seu irmão.

- Maldição... - ela murmurou ao ver a multidão caída no chão, clamando por ajuda.

Ela olhou para trás e avistou um homem com algo desenhado na testa correndo em sua direção. Naksu ajustou sua postura e segurou firmemente o pedaço de ferro. À medida que o homem se aproximava, uma bala atravessou sua cabeça, fazendo-o cair.

A garota olhou ao redor em busca do atirador, mas desistiu de encontrá-lo e correu o mais rápido que pôde para outro local.

Enquanto Naksu corria desesperadamente, seus olhos avistaram a primeira casa próxima, e sem hesitar, ela adentrou o local em busca de proteção imediata.

Com cautela, ela se escondeu dentro de um armário no quarto, mantendo sua respiração abafada para evitar qualquer som indesejado.

Quando a porta da casa se abriu, Naksu sentiu seu coração acelerar, pois sabia que era um daqueles homens.

Observando pela fresta entreaberta do armário, seus olhos encontraram um homem forte, cuja testa exibia aquela mesma marca estranha. Era evidente que ele estava determinado a encontrá-la.

Aproveitando o fato de o homem estar de costas, Naksu decidiu agir. Com movimentos silenciosos e calculados, ela emergiu do armário, aproximando-se sorrateiramente do intruso.

O momento certo chegou e ela não hesitou: empunhando o ferro com firmeza, desferiu um golpe na cabeça do homem.

Apesar de não ser suficiente para fazê-lo desmaiar, antes que ele pudesse reagir, Naksu golpeou-o novamente com determinação, fazendo com que ele tombasse ao chão. Ela aproveitou e saiu da casa, indo para a casa ao lado.

Assim que entrou, deu de cara com Carl. Ele se assustou mas logo ficou aliviado.

- Oi... - Naksu falou o examinando com os olhos rapidamente.

- Por que não bateu na porta? - ele disse fechando a porta atrás de mim. - E por que está aqui?

- Bem, eu queria ajudar. - ela deu de ombros. - Vou procurar meu irmão, se eu morrer, saiba que você foi um grande amigo meu. - complementou com sarcasmo.

- Vigia a porta dos fundos e avise se estiverem vindo. - ele falou dando de ombros.

- Você não me ouviu? Eu vou procurar meu irmão.

- Não vai à lugar nenhum, senta aí e me ajuda a proteger a Judith. - ele fez uma pausa. - Eles não vão entrar nessa casa.

Naksu cedeu e suspirou, sentando no chão. Carl se sentou atrás dela se apoiando nas costas dela.

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𝐌𝐲 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐆𝐢𝐫𝐥 | Carl Grimes.Onde histórias criam vida. Descubra agora