Declaração de Guerra

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Os ecos das ameaças proferidas por Akashi ainda reverberavam no ar quando Lemúria enfrentou as consequências de sua visita. Não apenas suas palavras, mas também sua jogada calculada de enviar seu irmão, Edipo de Mileto, como um olheiro desafiador, deixando-o para trás em Lemúria como um aviso silencioso. A presença imponente de Edipo no cais de Lemúria agitou as águas já turvas da intriga e do suspense.

À medida que o navio Ventura Real atracava no cais, os generais Tanatos e Hipnos, juntamente com a conselheira Lyria e o remanescente do batalhão Inglórios, preparavam-se para desembarcar. Milo, o conselheiro de confiança de Hefesto, estava lá para recebê-los, e em seu diálogo habilmente elaborado, os generais deixaram dicas discretas de que haviam obtido sucesso em sua busca em Avalon. Uma comunicação velada entre aliados que apenas Milo era capaz de decifrar.

No entanto, a presença de Edipo, parado no cais alguns passos à frente do navio, lançava uma sombra de desconfiança sobre a situação. Os generais perceberam prontamente a estranheza da cena, lendo nas entrelinhas e suspeitando que algo maior estava acontecendo.

Conforme desciam do navio, mantinham um olhar cauteloso sobre Edipo, cuja figura imponente e olhar aguçado deixavam claro que ele aguardava algo. Um diálogo não amigável entre Hefesto e Edipo ocorria nas margens do cais, permeado por insinuações e indiretas, enquanto ambos tentavam manter a compostura.

"Você parece ansioso, Edipo", Hefesto observou, seu olhar penetrante travando no irmão do imperador de Savagi.

Edipo inclinou a cabeça, um sorriso enigmático pairando em seus lábios. "Você não acha, Hefesto, que o momento é propício para uma descoberta interessante?"

O tom das palavras de Edipo fez com que a tensão no ar aumentasse, e Hefesto sentiu uma sensação de inquietação se apoderar dele. Ele sabia que precisava agir rapidamente para evitar que Edipo descobrisse o segredo da arma divina que estava a bordo do navio.

Assim, com um gesto sutil, Hefesto convidou Edipo a entrar no navio para "verificar" se os generais haviam trazido consigo algo de grande importância. Contudo, enquanto Edipo adentrava a embarcação, algo extraordinário estava prestes a acontecer.

Milo, prevendo a possibilidade de tal situação, agiu rapidamente. Antes mesmo de Edipo colocar um pé no navio, Milo lançou um artefato mágico que criou um reflexo perfeito do casco do navio sobre a caixa que abrigava a arma divina. A ilusão era tão convincente que apenas um olhar com magia seria capaz de revelar o verdadeiro conteúdo da caixa.

Edipo, habilidoso em magia, não caiu na ilusão. Seus olhos perceberam a verdade e uma mudança assustadora aconteceu. O ar se tornou carregado com uma ameaça iminente quando Edipo avistou a arma divina, suas feições se distorcendo em uma mistura de surpresa e agressividade.

O caos irrompeu no navio, Edipo brandiu sua ameaça e a tensão atingiu o ápice. Em um movimento rápido e decisivo, Hefesto sacou sua espada e, com um golpe certeiro, cortou a cabeça de Edipo. O silêncio pesou sobre o cais, todos em choque diante do ato surpreendente.

Hefesto olhou ao redor, o sangue manchando sua espada, e ergueu sua voz com determinação. "A partir de hoje, iniciamos uma nova guerra."

As palavras ecoaram no ar, anunciando uma virada chocante na história. As sementes da batalha foram plantadas, as alianças foram testadas e o destino de Lemúria estava prestes a ser definido em um conflito que se avizinhava.

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