KILLIAM MUCCINO 7

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Estava preparado para matar meus inimigos quando vim para o Brasil, mas não para tor- turá-los, por isso que Stefano teve um pouco de dificuldade em encontrar um lugar... adequado para que pudéssemos ter uma conversa civili- zada com Joshua.

Meus sapatos ecoavam no galpão abandonado, entoando minha presença para os meus homens. Ratos corriam pelos escombros, gritando e chamando nossa atenção.

Como conseguiu? - perguntei, empurrando portas-duplas.

Stefano encolheu os ombros e fez um barulho de desdem com a garganta.

-Foi aqui que as drogas foram apreendidas, a policia não monitora o prédio, por isso foi tão fácil e rápido.

Era um bom local, ninguém ouviria Joshua caso ele fosse um idiota que chorasse pedindo por piedade enquanto removíamos seus mem bros. Ficava perto do porto, mas longe o suficiente para ser isolado e silencioso. E fedia a mofo e peixe.

Joshua estava amarrado a uma cadeira, meus homens faziam a ronda das aberturas, enquanto Teodoro o encarava com raiva fluindo pelos poros, estalando os dedos, animado com uma das coisas que mais amava fazer no mundo: torturar pessoas.

Meu irmão mais novo era um filho da mãe psicopata.

Ele falou alguma coisa? - perguntei, parando ao lado de Teodoro.

Joshua estava acordado, o rosto impassível, como se não estivesse se mijando de medo pelo que estava prestes a acontecer. Ele vestia as mesmas roupas de ontem à noite, quando havia sido pego saindo da boate logo após Raika desmaiar em meus braços.

Eu poderia ter vindo antes, mas uma parte minha se negava a deixar a garota sozinha, ainda mais com a quantidade de drogas que ela havia ingerido.

- Está calado - respondeu Teodoro, soltando um grunhido e pegando um alicate de cima de uma das cadeiras, é bom que ele se acostume, já que nunca mais vai falar depois que eu arrancar a língua dele.

Teodoro estava prestes a explodir. Deixava- o irritado o fato de que alguns homens não demonstravam medo, ele adorava infringir tais sentimentos nas pessoas.

Puxei a cadeira para a frente de Joshua e me

sentei, nivelando nossos rostos.

- Então, vai começar a falar ou já posso começar a me divertir? - demandei, mas não obtive resposta alguma. - Certo. O que você queria com Raika?

Esperei exatos três segundos, antes de arrancar o alicate da mão de Teodoro e esmagar o osso do joelho direito dele, arrancando um grito de dor.

- Pelo menos sabemos que ele não é mudo - zombou Stefano.

- Vamos tentar uma segunda vez... Raika trabalha para vocês? sondei, analisando sua fisionomia, procurando qualquer traço que contasse a verdade, mesmo que mantivesse a boca fechada. Não obtive nada. - Eu vou quebrar cada osso do seu corpo, então vou distender os seus músculos, até que se torne uma bola de carne inútil-sibilei, entredentes. Mas posso tornar a morte muito mais fácil, se começar a falar o que eu quero.

O maldito manteve o silêncio outra vez.

Ele estava mesmo me irritando, e eu odiava o sentimento. Espalmei as mãos aos lados da camisa e puxei com força, fazendo os botões voarem para todos os lados. Levei o alicate até o ma- milo e o apertei, girando-o e puxando-o até a pele romper e o mamilo pender na ponta do alicate, separado do corpo. Sangue começou a jorrar do buraco em seu peito, criando um rastro pela barriga plana em direção ao cós das calças. Con- seguia ver as cavidades de gordura que ficavam abaixo da pele. Não era a coisa mais nojenta que já tinha visto, mas ainda assim era desagradável o que me fez franzir o nariz em nojo. Lágrimas saltaram pelos cantos dos olhos dele, enquanto grunhia e se debatia, o joelho quebrado e deslocado pendia de um lado para o outro.

sob a mira do mafioso ( NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora